segunda-feira, 3 de março de 2014

Secretários deixarão suas pastas em caso de renúncia da governadora Roseana Sarney



Foto: O Estado
O secretário de Estado das Cidades e Desenvolvimento Urbano, Hildo Rocha (PMDB), que até o ano passado atuou na Articulação Política do governo do Estado, assegurou que em uma eventual renúncia da governadora Roseana Sarney (PMDB) para a disputa do Senado Federal, todos os secretários de Estado deverão também deixar as suas respectivas pastas. A medida, segundo ele, está garantida após acordo entre os secretários e a chefe do Executivo. Com isso, caberia ao governador eleito de forma indireta na Assembleia Legislativa a prerrogativa de montar a sua própria equipe de trabalho. Alguns nomes, neste caso, seriam mantidos e outros substituídos.
Na semana passada, a governadora Roseana Sarney afirmou a aliados que somente deixará o governo caso haja o consenso da base governista na Assembleia em torno da candidatura do secretário de Estado da Infraestrutura, Luis Fernando Silva (PMDB), na eleição indireta. Não havendo consenso, ela se manterá no Executivo até o dia 31 de dezembro deste ano, data em que se encerra o seu mandato.
E é justamente pelo fato de haver a possibilidade de renúncia, que os secretários - que já colocaram seus cargos à disposição -, chegaram ao acordo de sair junto da governadora.
"Já está tudo acertado. Se a governadora do Maranhão, Roseana Sarney, renunciar ao seu mandato para disputar a eleição de outubro, todos os secretários deixarão, de forma conjunta, o governo. Não havendo renúncia, os secretários pré-candidatos se manterão nos postos até abril", disse.
Ele afirmou que a saída de todos os auxiliares de Roseana de primeiro escalão, além de se concretizar como um gesto de unidade, tem por objetivo deixar o governador eleito de forma indireta, à vontade para escolher os seus próprios secretários.
"Com a nossa saída, o governador eleito de forma indireta na Assembleia terá a liberdade de montar a sua própria equipe de trabalho. Mas essa é uma questão que somente será definida com a saída da governadora", completou.
Decisão
Roseana Sarney já decidiu que somente deixará o governo caso haja total apoio da base governista na Assembleia a Luis Fernando, pré-candidato ao governo na eleição de outubro. O presidente da Casa, deputado Arnaldo Melo (PMDB), também figura como um dos cotados para a disputa do pleito.
Na avaliação da governadora, o melhor caminho do grupo político seria a eleição de Luis Fernando. Para que isso ocorra, sem que haja qualquer tipo de problema, a base teria de aprovar a Resolução Legislativa (que regulamenta a eleição), com a especificação de que apenas o partido pode indicar o seu candidato para a disputa. Alguns deputados, que ainda resistem ao projeto, querem inserir a inscrição de que os blocos parlamentares também têm essa prerrogativa. Se isso ocorresse, por exemplo, o PMDB poderia indicar Luis Fernando e os blocos poderiam indicar algum outro membro do mesmo partido, dividindo assim a base. E é exatamente isso que quer evitar a liderança do grupo governista.
"Se não houver consenso, Roseana tocará o seu governo normalmente, há muito trabalho em andamento. O plano rodoviário está prestes a ser concluído, os hospitais também. Não haverá problema algum em ela dar continuidade ao que começou", disse.
Cargos já estão à disposição
Na última quarta-feira, sob a orientação da governadora Roseana Sarney (PMDB), todos os secretários de Estado colocaram seus cargos à disposição do Executivo. Os atos ocorreram por meio de documento encaminhado individualmente ao secretário-chefe da Casa Civil, João Abreu. A relação será avaliada somente após o Carnaval pela governadora.
O objetivo, segundo já havia adiantado O Estado no início do mês, é relacionar todos os secretários pré-candidatos para que seja definida uma agenda de desincompatibilização e, consequentemente, uma análise mais aprofundada de nomes que podem substituir os titulares das pastas.
"É uma questão técnica e necessária do ponto de vista administrativo. A governadora poderá agora identificar os secretários que poderão ser candidatos e então preparar um cronograma para a saída de cada um. Particularmente, acredito que ninguém saia agora, no início de março, talvez no fim do mês ou em abril, mas essa será uma decisão da governadora", afirmou o secretário de Estado das Cidades, Hildo Rocha (PMDB), que tem conversado com a governadora sobre o assunto.
Além de Luis Fernando Silva (PMDB), secretário de Estado da Infraestrutura e pré-candidato ao Governo do Estado, pelo menos nove secretários de estado, de um total de 15 cotados, devem deixar o Governo para a disputa das eleições de outubro.
Os seus substitutos, segundo adiantou em janeiro Roseana Sarney, serão técnicos. Ela quer evitar que os próprios titulares das pastas indiquem políticos para os substituírem e provoquem desequilíbrio da base na disputa eleitoral.
fonte: Imirante.com