sexta-feira, 11 de julho de 2014

Derrota da Seleção Brasileira não interferirá nas eleições, diz Gilberto Carvalho 


A derrota do Brasil na semifinal da Copa do Mundo, terça-feira passada (8), não terá nenhuma influência nas eleições de outubro próximo, de acordo com o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho. Em coletiva à imprensa, ontem (10), o ministro declarou que em caso de vitória da Seleção Brasileira também não teria impacto nas urnas.
Qualquer estudo da história do Brasil mostra que essa tese não se sustenta. Já houve Copa em que a seleção ganhou e a oposição venceu, e [em que] a seleção perdeu e a situação ganhou”, disse ele. “O único risco seria se houvéssemos passado vergonha perante o mundo, de não darmos conta de realizar este evento. Aí sim, teríamos passado atestado de incompetência, e isso poderia interferir na análise da capacidade de gestão desse ou daquele governante”, disse ele.
Para Carvalho, daqui a duas semanas, quando começar o debate eleitoral, outras questões estarão em pauta, como programa de governo e a história dos candidatos.
Ainda de acordo com o ministro, a derrota do Brasil foi um incidente futebolístico, e mesmo que a seleção tivesse obtido a vitória os problemas do futebol brasileiro - "como denúncias de corrupção, evasão dos craques, falência dos clubes” - são antigos e devem ser sanados.
“Somos um país marcado pela corrupção, que durante muito tempo ficou debaixo do tapete. Quando começamos a valorizar a Polícia Federal, a Controladoria-Geral da República, dar-lhes autonomia real, criar mecanismos como o Portal da Transparência e a Lei de Acesso à informação, tivemos uma implosão de corrupção que antes não tínhamos”, disse ele.
O ministro afirmou também que caso a oposição crie uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Copa, como foi anunciado na última quarta-feira (9), apenas ajudará a mostrar que os estádios têm padrão excelente, com preço por assento mais baixo do que em outros países. “Essa não é uma preocupação para nós. Pelo contrário, estamos muito abertos a qualquer dúvida quanto a isso”, disse ele.
Agência Brasil