segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Preso o diretor da Casa de Detenção do Complexo Penitenciário de Pedrinhas  

O diretor da Casa de Detenção (Cadet) do Complexo Penitenciário de Pedrinhas Cláudio Barcelos foi preso preventivamente na manhã desta segunda-feira (15), suspeito de receber dinheiro para facilitar fugas e saídas de detentos da unidade prisional, segundo informações da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic) do Maranhão.

De acordo com a superintendência, os policiais cumpriram mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão no escritório e na residência do diretor. Barcelos foi preso no horário de trabalho, na sede da Cadet, em Pedrinhas, e encaminhado para a sede da Seic, onde prestará depoimento e permanecerá à disposição da Justiça.

Segundo a Seic, ele poderá responder por corrupção passiva, facilitação de fuga e prevaricação (crime praticado por funcionário público contra a administração pública).

Em uma declaração feita para a imprensa, o superintendente da Seic Luís Jorge informou que foram apreendidos vários documentos e notebooks. Até um cartão de crédito em nome de um ex-detento de Pedrinhas foi encontrado em posse do diretor.

"Tudo o que foi apreendido agora vai ser analisado. Surpreendeu o nível da casa, das coisas, dos móveis, tudo muito novo, caro. Encontramos também um cartão de crédito de um detento que já está até fora do sistema penitenciário. Ele tinha conhecimento do sistema de fugas e saídas, não combatia e, pior, ainda ajudava", revelou Jorge.
 
O delegado geral adjunto de Polícia Civil Augusto Barros lamentou o episódio e afirmou que a corrupção de servidores do sistema penitenciário dificulta o trabalho da polícia.

"O combate ao crime organizado é extremamente complexo e se torna mais difícil exatamente por conta da corrupção de servidores que tornam ineficazes as prisões realizadas. Servidores e diretores como esses que estão no sistema penitenciário nos levam à perda de todo um trabalho, em função da corrupção desses agentes, na própria Cadet", disse Barros.