Relacionado aos negócios de Alberto Youssef, Ricardo Murad pede exoneração da Secretária de Saúde 
Depois de 
seis desastrosos anos à frente da Secretaria de Saúde, o deputado 
estadual licenciado Ricardo Murad (PMDB) anunciou, na madrugada deste 
sábado, que deixará pasta na próxima terça-feira, com a renúncia da 
governadora Roseana Sarney (PMDB).
Comenta-se nos bastidores que a 
exoneração do cunhado de Roseana teria sido uma das exigências do 
presidente da Assembleia Legislativa, Arnaldo Melo (PMDB), para assumir o
 comando do Palácio dos Leões até a posse de Flávio Dino (PCdoB). Com a 
decisão, Ricardo reassume a cadeira no legislativo na tentativa de 
influenciar na votação orçamentária do primeiro ano do governo Flavio Dino.
No início da semana, o secretário foi 
surpreendido com uma reportagem da Carta Capital, relacionando a 
duplicação da adutora do Italuís aos interesses do doleiro Alberto 
Youssef. A obra é de responsabilidade da Caema, subordinada às decisões 
dele desde 2009, e executada por um consórcio de empresas umbilicalmente
 ligadas aos negócios da família Sarney (EIT e Edeconsil).
O secretário é investigado por 
irregularidades na aplicação de recursos federais e fortes indícios de 
fraude nas obras dos 72 hospitais do Saúde é Vida. Um relatório 
bombástico da Controladoria Geral do Estado (CGE) apontou, no ano 
passado, irregularidades gravíssimas na elaboração do projeto dos 
hospitais, direcionamento de contratos, dispensa de licitações e 
superfaturamento.
No meio político, é unanimidade que o 
atual titular da Secretaria de Saúde não escapará impune, caso estas e 
outras acusações sejam confirmadas. Entre os ainda aliados do clã 
Sarney, também sobram interessados em pedir uma Comissão Parlamentar de 
Inquérito (CPI) para abrir a caixa preta da gestão de Ricardo Murad.
blog do Marrapá  




