terça-feira, 22 de novembro de 2016

Eleição do presidente da Câmara de Caxias pode custar caro para Fábio Gentil 

por Mano Santos 

O prefeito eleito de Caxias, Fábio Gentil (PRB), está enfrentando uma barreira para emplacar seu candidato à Presidência da Câmara Municipal, para o biênio 2017/2018. Vários nomes já foram cogitados, mas, publicamente, só Durval Júnior (PSB) e Catulé (PRB), são declarados pretensos candidatos, este último, com o aval do Cabeludo.

No entanto o nome do decano (Catulé) não foi recebido de forma amigável pela maioria dos parlamentares.O grupo formado pelos novos edis eleitos por exemplo, está disposto a votar pela renovação na composição da Mesa Diretora e não escolher como presidente quem já comandou a Casa do Povo.

Por outro lado, o deputado Humberto Coutinho, não indicou (ainda) nenhum candidato, mas, espera-se que isso possa ocorrer de forma indireta, afinal, HC ainda dispõe de muito prestigio político entre os vereadores, muitos deles, eleitos com apoio do presidente da Assembleia Legislativa, e sabem que uma mudança de postura (lado), neste momento, pode ofuscar ou não o futuro político de cada um deles.

Mas, voltando ao caso de Catulé, candidato indicado pelo prefeito eleito Fábio Gentil, este teria um trunfo na mão, na verdade um acordo, feito ainda durante a campanha, que seguramente garantia que caso ambos fossem eleitos, o vereador do PRB teria o ‘sim’ do Cabeludo, que não mediria esforços para fazer dele o presidente da Casa.

Seria Catulé, o escolhido para aguentar a pressão da oposição na Câmara, enquanto Fábio Gentil se estabilizaria na administração municipal.

É por isso que alguns sites e blogs dão como certa a eleição de Catulé. Mas, diante da recusa, Fabio Gentil teria confidenciado para os mais próximos, que por ele mesmo o candidato seria outro, mas, a insistência com o decano (Catulé) é para manter o pacto firmado na campanha eleitoral.  

Para reverter a situação incômoda, Gentil foi buscar na base de apoio de Humberto Coutinho, um nome de consenso, tudo para tentar fazer Catulé desistir da presidência, oferecendo-lhe uma boa proposta, incluindo secretarias, mas este, botou o pé na parede e disse ser “questão de honra” presidir o parlamento municipal, portanto não abrirá mão da candidatura.

Para que isso ocorra, Fábio vai ter queimar um pouco mais dos neurônios e quiçá, se ‘endividará’ com os vereadores, porque esta disputa vem ganhando contornos altamente valorosos, afinal, para votar em Catulé, nenhum vereador votará de mãos atadas. 

Mas, enquanto o Cabeludo tenta esta costura política, esquece que o candidato que tiver o aval de Humberto Coutinho, este ainda tem maioria na Câmara, pode correr por fora e ganhar a eleição para comandar o Poder Legislativo. 

Para que o leitor entenda melhor essa disputa; só dois candidatos poderão concorrer à presidência do Legislativo e para ganhar a eleição tem que receber no mínimo 11 votos.