sexta-feira, 3 de março de 2017

Humberto Coutinho: candidaturas ao Senado e a vice-governador à revelia, derrota ao câncer e liderança politica intacta 

do Repórter Tempo  

Muito se tem especulado sobre o futuro político do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Humberto Coutinho (PDT). Primeiro ele foi lançado candidato a senador, projeto que não confirmou nem negou, mas que circulou com clara boa vontade do Palácio dos Leões. O projeto, no entanto, rascunhado à sua revelia, foi travado por causa da sua luta contra um câncer no intestino. Passadas as festas de final de ano, o recesso de janeiro e o carnaval, Humberto Coutinho foi colocado, também à sua revelia, no topo de uma lista de nomes com cacife para ser o companheiro de chapa do governador Flávio Dino na sua corrida à reeleição – a lista inclui também o prefeito de Tuntum e presidente da Famem, Cleomar Tema Cunha (PSB), maior aliado político do presidente do Poder Legislativo.
Nesse contexto, o presidente da Assembleia Legislativa retornará à animada rotina de sessões, articulações e conversas carregando  algumas verdades que devem ser registradas:
A primeira: é verdade que depois de muita luta e desgaste físico, o câncer que minava a vida de Humberto Coutinho foi dominado e mandado para o espaço. Mas o tratamento, feito à base de medicamentos pesados e que maltratam, imponha ao paciente efeitos colaterais cruéis. Além disso, o presidente sofreu forte abalo emocional causado pela morte do irmão mais velho, Antonio Augusto Coutinho, vitimado pela mesma doença. A Coluna ouviu de um especialista que de câncer Humberto Coutinho não morre, e como ele não tem outra ameaça desse naipe à saúde, sua recuperação plena é só uma questão de tempo.
A segunda: o desfecho desfavorável da disputa pela Prefeitura de Caxias, com a derrota do prefeito Leonardo Coutinho, causou danos consideráveis na sua base de apoio na Princesa do Sertão. Mas, passados cinco meses da eleição e dois da troca de comando no município, todas as avaliações têm concluído que a imagem pessoal e o cacife político de Humberto Coutinho permanecem praticamente intacta, respeitado como um cidadão e como um líder político forte na sua base.
A terceira: as limitações de saúde não impediram Humberto Coutinho de continuar como um dos políticos mais influentes do Maranhão atual, começando por ser o mais próximo e confiável interlocutor do governador Flávio Dino. Mantém sem rasuras sua liderança e influência na Assembleia Legislativa, onde atua como presidente, líder, conselheiro e ponte entre o parlamento e o Executivo, dispensando tratamento isonômico a todos os deputados, independente da cor política de cada um.
A quarta: político que tem os pés fincados no chão e se move pelo bom senso e pela lógica e sem malabarismo, Humberto Coutinho se move com a cautela e a segurança, avaliando com cuidado cada um dos seus passos. Se resolvesse, seria candidato ao Senado, mas o faria seguindo as regras da política. Se decidisse ser o companheiro de chapa de Flávio Dino, dificilmente teria adversário, mas sabe que vice é espaço de negociação e certamente não criará limitações ao governador.
A quinta: seja qual for o mandato que pleitear, Humberto Coutinho dificilmente sairá das urnas sem os votos necessários para exercê-lo.
Mesmo sendo vistas com restrições por alguns – e são poucos, diga-se -, essas verdades podem até ser discutidas na superfície, mas são absolutas em sua essência.