sábado, 5 de agosto de 2017

Brasileiro é rejeitado na Itália por ser negro 


Um brasileiro que vive na Itália desde criança, identificado apenas como Paolo, de 29 anos, foi recusado em uma vaga de trabalho por ser negro, de acordo com a denúncia feita pela Confederação Geral Italiana do Trabalho (CGIL) em um post no Facebook, publicado na última quinta-feira.

A oportunidade seria para trabalhar na recepção de um hotel em Cervia, comuna italiana que integra a região da Emília-Romanha. 
"Sinto muito, Paolo, mas não posso colocar rapazes de cor no salão. Aqui na Romanha as pessoas têm a mentalidade muito atrasada. Me desculpe, mas não posso fazer você descer. Tchau", diz a mensagem do empregador, enviada no dia 18 de julho passado. 
A publicação da CGIL na rede social direciona para uma matéria com detalhes sobre o ocorrido, mas, antes, a organização também deixa seu parecer dizendo que um hoteleiro "despejou" um jovem morador de Milão por causa da sua cor e que "o fato é que, na Itália, entre gravidez, cor da pele e idade, a discriminação no trabalho resiste, o que é contestado pelo sindicato".
Antes de ser recusado por meio de uma mensagem de texto no celular, Paolo, que trabalha com turismo, já teria enviado seu currículo e passado por uma entrevista que lhe garantiria o posto. 
De acordo com as informações divulgadas, estava tudo encaminhado para que ele fechasse um contrato de traballho com validade até setembro, fim do verão europeu. O "não" teria vindo após o empregador receber uma cópia de sua identidade com foto, conforme pedido.
Ao considerar que o candidato sofreu discriminação racial, familiares de Paolo recorreram à organizaçao trabalhista para oficializar a denúncia. O caso tramita na Justiça italiana.
Fonte: Extra