segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Faturamento cai 70% e comerciantes da Veneza culpam governo Fábio Gentil


por Ricardo Marques 


Continua pesado o clima entre comerciantes do Complexo Turístico de Veneza e a Prefeitura de Caxias. Donos de bares e restaurantes do maior e mais importante centro de lazer da região leste maranhense jogam na conta do governo municipal a queda do faturamento - da ordem de 70%, segundo eles. Os comerciantes reclamam que a proibição de som automotivo por meio de um decreto do prefeito Fábio Gentil e a instalação de portões nas entradas do Balneário estariam afugentando a freguesia. Eles contam que o Dia das Crianças foi de muita gente e pouco consumo. O público vindo de outras cidades era de farofeiros - na avaliação deles.

Poucos são os comerciantes da Veneza que falam abertamente no assunto. A maioria se esquiva. Teme sofrer algum tipo de represália. Mas avalia que falta maturidade ao governo Fábio Gentil para sentar e discutir com a comunidade. Acusam a falta de diálogo da gestão municipal como o principal empecilho para um entendimento entre as partes. Tem até quem classifique o prefeito de ditador.

E os comerciantes da Veneza podem ter razão. A ideia de colocar portões não é de todo ruim. O complexo turístico está dentro de uma área de preservação ambiental - precisa mesmo de cuidados. Ideal seria, inclusive, que a prefeitura implantasse uma taxa de acesso ao balneário - no que os comerciantes são contra. Mas é assim em toda parte do mundo. Em Caxias não deveria ser diferente. Basta ver, por exemplo, como estão os banheiros. Completamente destruídos pela ação de vândalos e falta de conservação. Quanto à proibição de som automotivo, a medida é salutar, porém excessiva. Que se proíba a barulheira na área dos bares e restaurantes. Mas junto às arenas esportivas não faz sentido. Em síntese, o pecado parece mesmo falta de comunicação. Uma reunião da coordenação do Balneário com os comerciantes estava marcada para acontecer na sexta-feira (13), mas foi adiada para não se sabe quando.