segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Com cela aberta e reuniões diárias, a campanha de Lula é desenhada na prisão


A cela do prisioneiro mais famoso do Brasil costuma ficar aberta. Para os guardas é mais fácil deixá-la assim e trancá-la somente de noite e finais de semana para que, diariamente, flua a carreata de advogados, senadores, bispos, netos etc. que já é rotina no quarto andar da sede da polícia federal em Curitiba. Todas essas pessoas têm algo a falar com o preso, Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente e ainda o político mais popular da história recente do Brasil. Sentados na mesa retangular da cela que Lula transformou em seu novo escritório, cada um traz suas notícias. Uns, para contá-lo sobre os recursos da condenação de 12 anos por corrupção que o ex-presidente cumpre aí há quatro meses. Outros, das eleições presidenciais de outubro, em que Lula é, desde quarta-feira, candidato e também favorito com sobras nas pesquisas. E outros, sobre a batalha jurídica que significará fazer campanha da prisão em um país onde a lei jurídica não permite que um condenado em segunda instância como ele seja candidato.

“Não é a melhor maneira de se fazer uma campanha”, diz por telefone ao EL PAÍS Gleisi Hoffmann, presidenta do Partido dos Trabalhadores (PT), partido de Lula e uma das máquinas políticas mais potentes do maior país latino-americano, horas depois de visitar a cela. “O ideal seria que Lula estivesse agora se reunindo com os líderes regionais. Mas está fazendo a campanha. Tem visitas contínuas, manda cartas, manda recados, manda orientações. E se nota: é impossível falar dessas eleições sem falar de Lula”.

Em um primeiro olhar, a de Lula é uma candidatura rocambolesca. Enquanto seus rivais, os outros 12 candidatos, percorrem o país e os veículos de comunicação ganhando eleitores, ele é proibido de falar com a imprensa, participar dos debates na televisão e divulgar vídeos gravados por seu partido. Deve comandar suas tropas a partir dos 15 metros quadrados de sua cela, onde a duras penas pode se comunicar com o mundo exterior. Em seus atos, o PT começou a projetar imagens de arquivo e distribuir máscaras do rosto de Lula entre o público para tornar presente o candidato ausente. “Vamos insistir para que ele saia e faça campanha porque é seu direito político. Mas enquanto isso estamos trabalhando com a candidatura liderada por ele”, afirma por telefone Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras e coordenador da campanha. Não se reúne com Lula.

De fato, a rotina do ex-presidente é muito diferente da de um candidato. Ele se levanta às sete da manhã e toma café, suco e torradas com manteiga. Faz uma hora de exercícios por dia: seis quilômetros na esteira. Então abre a porta e começa a movimentação de visitas. Se são advogados, e geralmente são, Lula manda recados aos seus por eles: é o mais parecido que tem de comunicação em tempo real com o exterior. Nas manhãs de segunda é visitado por líderes religiosos —um bispo episcopal anglicano há um mês, por exemplo— e às quintas, seus filhos e seus netos. Nos finais de semana, visitas não são permitidas e, como milhões de brasileiros, mata o domingo diante da televisão —comprada por um de seus advogados—, vendo Domingão do Faustão. Quase não janta; os que o veem dizem que está perdendo os quilos extras. De noite, ouve música que recebe do exterior em pendrives, que conecta na televisão.

Mas com Lula costuma acontecer que a superfície é somente o começo e poucos em Brasília têm dúvidas de que sob todo esse circo se esconde uma estratégia. Que o ex-presidente não se inscreveu como candidato na quarta-feira somente para lutar uma batalha impossível de se vencer com o sistema legal. O mais provável é que ao fazê-lo, Lula permita que o combalido PT faça campanha em seu nome, o mais poderoso da antipática política brasileira. E se é questão de tempo até o Tribunal Eleitoral vetá-lo com candidato, esse tempo é essencial. Cada dia que passa são menos votos perdidos; votos que sem dúvida quem o substituir no último minuto precisará (quase com certeza seu número dois, Fernando Haddad).

Se o jogo de raposa velha de Lula já não é ganhar as eleições e sim atrasar o máximo possível o Tribunal Eleitoral, seus rivais já não são os demais candidatos e sim os juízes; suas armas não são as pesquisas e sim a burocracia e seus prazos. E a meta final, mais do que a data com as urnas em 7 de outubro, é o 17 de setembro, data limite para que o Tribunal avalie as candidaturas. Toda manobra que aproxime Lula desse dia será uma vitória. Assim que se anunciar o veto à candidatura, o PT terá uma semana para recorrer da decisão: a ideia é usá-la. E quando sair uma decisão desfavorável, terão outros três dias para recorrer novamente. Enquanto isso, do outro lado, os juízes fecham o cerco o quanto podem. Após a inscrição de Lula como candidato, a promotora geral tinha cinco dias para pedir ao Tribunal Eleitoral que o impugnasse: demorou cinco horas. Cada minuto é uma vitória para os dois lados.

“O fato de que Lula tenha chegado até aqui já é digno de nota”, diz Hoffmann, horas depois de se reunir com ele. “E vamos apresentar todos os processos necessários para que possa continuar. Essa é sua campanha, sua estratégia. Lula estará no programa eleitoral, de uma maneira ou de outra”. EL PAÍS

Flávio Dino faz a maior carreata da historia de Bacabal e reúne mais de 1.500 veículos 


O governador e candidato à reeleição Flávio Dino fez neste domingo (19) a maior carreata da história da região de Bacabal. Foram mais de 1.500 carros e motos acompanhando Flávio para demonstrar apoio à campanha rumo à vitória.
Durante o ato, houve muitos gritos de “Lula livre e Flávio governador”. Bandeiras com a inscrição “Lula livre” também marcaram presença.
Os moradores e motoristas compareceram logo cedo para aproveitar a carreata ao som do jingle Passinho do 65. Esse é o número de Flávio nas urnas.
“Aqui em Bacabal, essa acolhida popular, o povo reconhecendo tudo de bom que fizemos aqui na cidade, a exemplo do hospital, investimentos em asfalto, em infraestrutura. E é nesse clima 65 que a gente vai ganhar em 1º turno”, disse Flávio.
Apoios diversos
O governador recebeu apoios de vários líderes políticos e sociais de diversos partidos. O ex-prefeito Zé Vieira disse que Flávio “é o melhor governo que já passou em Bacabal. Está trabalhando muito pela cidade, trazendo asfalto e outras coisas”.

“O PT de Bacabal e a Fetaema (Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Estado do Maranhão) querem a reeleição do governador Flávio Dino. Tamo juntos!”, disse Raimundo Sousa, presidente do partido no município.
Obras em Bacabal
Além da carreata, Flávio conversou com os moradores e citou diversos investimentos feitos desde 2015 pelo Governo do Estado em Bacabal. Entre eles, está o Hospital Macrorregional, que atende casos complexos que antes só podiam ser feitos na capital ou fora do Estado.
Outros exemplos são o Bolsa Escola, fardamentos escolares, ambulância, Mais Asfalto, motoniveladora, reforma completa do Ciretran e do aeródromo, nova delegacia, mais viaturas e policiais, sementes para pequenos agricultores, novo Viva/Procon e CRAS.

domingo, 19 de agosto de 2018

Segundo a Folha de São Paulo, dinastia Sarney no MA é a mais longeva do Brasil 


Atualmente o Brasil tem cerca de duas dezenas de grandes clãs políticos.

De acordo com o jornal Folha de São Paulo, um dos mais longevos é comandado pelo ex-presidente José Sarney (MDB), 88, hoje sem mandato, e passa por um momento delicado. Tenta se reerguer no seu reduto, o Maranhão, cujo comando de quatro décadas foi parar em 2014 nas mãos do oposicionista Flavio Dino (PC do B).

A filha Roseana (MDB) tentará retomar o governo. Outro filho, o ex-ministro Sarney Filho (PV), é candidato ao Senado. O neto Adriano (PV) é o nome da família à reeleição para deputado estadual.


Em estudo publicado em 2014, a Transparência Brasil mostrou que quase a metade dos integrantes da Câmara e do Senado alavancou parentes ou foi por eles promovido, com percentual mais alto entre nordestinos, mulheres e detentores de concessão de rádio e TV.

“Entra e sai governo, os oligarcas e seus filhos, netos, cônjuges, irmãos e sobrinhos seguem dando as cartas. A transferência de poder de uma geração a outra da mesma família provoca tanto a formação de uma base parlamentar avessa a mudanças significativas como a perpetuação no poder de políticos tradicionais desgastados ou até impedidos de concorrer em eleições.”

Blog do John Cutrim 



sábado, 18 de agosto de 2018

Militância entusiasmada dá largada à campanha de Dra. Cleide Coutinho 12345


Cerca de 400 militantes se reuniram em Caxias, quinta-feira (16/08), para dizer a uma só voz: 12345 Dra Cleide deputada estadual. 

O ato de Caxias foi acrescido de grande caminhada realizada, simultaneamente,  em Coroatá liderada pelo prefeito Luís da Amovelar filho e pelos líderes políticos Luís da Amovelar e Joana da Amovelar juntamente com vereadores e líderes populares. 


Na sexta-feira (17), Dra Cleide recebeu cerca de 150 empresários de Caxias, em jantar organizado pelo ex-presidente da câmara Ironaldo Alencar. Os empresários caxienses manifestaram à candidata à esperança de sua volta à Assembleia Legislativa para dar continuidade ao extraordinário trabalho que o inesquecível Dr Humberto realizou e que trouxe progressos e empregos para os caxienses e maranhenses. 

Dra Cleide disse aos militantes de Caxias e Coroatá que sua campanha é do povo e não de qualquer máquina pública.

Aos empresários a candidata 12345 disse que vai continuar, com muita honra, o trabalho do Dr Humberto.



Dos 27,4 mil registros de candidaturas, 8,4 mil são de mulheres 


As candidaturas femininas nas eleições de outubro chegam a 30,7%, o equivalente a 8.435, do total de 27.485 pedidos de registros encaminhados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O Centro-Oeste é a região com maior percentual 31,14%, depois o Sudeste (31,02%), Sul (30,84%), Nordeste (30,30%) e Norte (29,75%).
Pela legislação, 30% é o percentual mínimo de candidaturas do sexo feminino por partido. Em 2014, as mulheres representavam 8,1 mil, ou 31,1% das candidaturas. Apesar da baixa evolução, analistas políticos consideram positivo o percentual registrado e observam mudanças na forma como as eleitoras devem escolher seus candidatos.
De acordo com os dados da Justiça Eleitoral, a maioria das candidatas se declara branca (51,7%) e parda (33,4%). A maior parte tem entre 45 e 49 anos e nível superior completo. A quantidade de casadas e solteiras é praticamente igual: 40%.
Pelos dados, 61,7% das candidaturas são para vagas de deputadas estaduais, enquanto 30% para federais. Há apenas duas candidatas à Presidência da República – Marina Silva (Rede) e Vera Lúcia (PSTU) – e 29 para governos dos estados.
O cientista político Valdir Pucci afirmou que não houve mudança significativa no número de candidaturas em comparação com as últimas eleições gerais de 2014.
Porém, Pucci acredita que desta vez a aposta dos partidos políticos é que o eleitorado feminino vai preferir votar em mulheres. Nas disputas a vagas para deputados federais, estaduais e distritais, houve a preocupação do cumprimento da cota mínima dos 30% de candidaturas femininas exigidas por lei.
O cientista político da Universidade de Brasília Lúcio Rennó elogiou a obrigatoriedade do respeito à cota dos 30% do Fundo Eleitoral às campanhas de mulheres. Segundo ele, é um diferencial e uma conquista, pois mostra como a Justiça Eleitoral está atenta às mudanças nos anseios da sociedade.
Uma das maiores críticas à resolução que beneficia as mulheres, no entanto, é que a norma não definiu regras para a distribuição desta cota entre as candidatas. Este ano, o fundo distribuirá às siglas R$ 1,7 bilhão, permitindo que o partido concentre recursos em poucas candidaturas, deixando a maioria sem financiamento.
Pela resolução, caberá aos partidos estabelecer os critérios de distribuição do montante entre seus candidatos, levando em consideração a cota reservada às mulheres. O partido que não destinar o percentual definido para a campanha de uma mulher pode não ter as contas anuais aprovadas. A rejeição implica ainda na devolução do dinheiro declarado irregularmente, acrescido de multa de até 20%.
IBOPE divulga pesquisa para governador e senador do MA no dia 23


O instituto Ibope divulga, no dia 23, pesquisa para governador e senador do Maranhão. Contratado pela TV Mirante, o Ibope entrevistará 1008 pessoas em todo o estado.

A pesquisa foi registrada com o número MA-00502/2018 e custou R$ 81.468,00. Vale lembrar que o Ibope tem um histórico de erros nas eleições maranhenses.

Blog do John Cutrim


Flávio Dino tem 70,42% dos votos válidos no segundo maior colégio eleitoral do Maranhão  

O governador Flávio Dino foi acompanhado por uma multidão em passeata
pelas ruas de Imperatriz nesta sexta-feira (17).   
O Instituto Interpreta publicou pesquisa que mete as intenções de voto no segundo maior colégio eleitoral do Maranhão, a cidade de Imperatriz. O governador Flávio Dino (PCdoB) lidera com larga vantagem a corrida ao Palácio dos Leões.
Flávio Dino aparece com 70,42% dos votos válidos. A segunda colocada, a ex-governadora Roseana Sarney (MDB), tem 23,83%. Roberto Rocha (PSDB), a pesar de apoiado pelo ex-prefeito de Imperatriz Sebastião Madeira, aparece apenas com 3,54% e Maura Jorge (PSL), com 2,08%. Os candidatos Odívio Neto (PSOL) e Ramon Zapata (PSTU) não chegaram a pontuar 1% das intenções de voto.
Somados os votos brancos e nulos, Flávio Dino tem 54,08%. Roseana aparece com 17,92%, enquanto Roberto Rocha está com 2,72% e Maura Jorge aparece com 1,6%. Odívio possui 0,32% e Ramon Zapata 0,16%. Não souberam ou não responderam somam 13,72%. Brancos e nulos 9,44%.
A pesquisa ouviu 625 eleitores de Imperatriz no dia 10 de agosto e foi registrada sob o número MA-07496/2018. A margem de erro é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos e o intervalo de confiança é de 95%.