sexta-feira, 27 de maio de 2016

Todos perguntam: como José Sarney, com quase 60 anos na politica, caiu na cilada de um ex-senador de segunda classe como Sergio Machado 

Sarney caiu numa cilada armada por um politico mequetrefe 
Não é confortável a situação do ex-presidente José Sarney (PMDB) face à revelação do teor das conversas com o ex-senador e ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Por mais que se use o argumento de que foram conversas “privadas”, que elas não revelam uma ação efetiva, e que no geral foram manifestações de opinião e avaliações sobre o cenário político, não dá para o cidadão comum não se surpreender e não afundar na perplexidade com algumas declarações do ex-chefe da Nação. Mais ainda falando abertamente e trocando impressões sobre temas gravíssimos com um político do baixo clero, que foi um senador apagado e que só ganhou alguma projeção como presidente da Transpetro e, nessa condição, agora se sabe, operou  somas milionárias para as campanhas do PMDB.
Para quem conhece os meandros da política e tem noção clara de quanto é pesada a guerra pelo poder é possível compreender algumas frases que soam fortemente para a maioria. O ex-presidente da República trocava com um amigo (que amigo canalha, heim?!) impressões sobre o rolo-compressor que é a Operação Lava Jato e tentavam alinhavar caminhos para “ajudar” parceiros apanhados pela rede das delações. As sugestões vão de simples manobras até planos mirabolantes de “amolecer” ministro do Supremo Tribunal Federal, especialmente o relator da Operação, Teori Zavaski, um magistrado de reputação irretocável. Outros diálogos revelam um Sarney ora inseguro, ora irritado e ora meio atordoado, insistentemente provocado por Sérgio Machado e respondendo com monossílabos, às vezes parecendo incomodado. O mais chocante, até mesmo para quem o conhece, é ouvi-lo, preocupado, como se estivesse amedrontado.
Mesmo considerando o fato de que foram conversas fechadas, nas quais os interlocutores falam mais abertamente, é absolutamente desapontador ouvir José Sarney se referir de maneira tão inadequada a ministros do Supremo Tribunal Federal, sugerindo que o Brasil caminha para uma ditadura do Judiciário, avaliando que essa será, se vingar, a pior das ditaduras.
A bombástica e surpreendente revelação sugere uma série de indagações. Como pôde José Sarney, aos 86 anos e quase 60 anos de praia, cair numa cilada armada por um político mequetrefe como Sérgio Machado? Onde estava o faro da raposa experiente, que construiu uma carreira que inclui cinco anos de Presidência da República, três anos e meio como governador do Estado e oito anos de presidência do Senado e Congresso Nacional? Como se explica que um az da política que conviveu os mais importantes líderes da segunda metade do século passado para cá, como Carlos Lacerda, Juscelino Kubitschek, Tancredo Neves, se bateu com Leonel Brizola e Neiva Moreira, para citar alguns exemplos se encontra agora constrangido por um golpe tão primário? Enfim, como o político consagrado como comandante da transição da ditadura para a democracia, e que tinha até agora a fama de ouvir muito e falar pouco, caiu numa cilada dessas?
São indagações difíceis de responder, porque tudo o que está acontecendo no momento com um dos mais experientes políticos da República parece ser uma recomendação um tanto enfática de que está na hora de ele se recolher e mergulhar nas suas memórias e esperar que a História o julgue. Afinal, Os Renans, os Jucás e os Machados da vida podem, e devem, responder pelos seus malfeitos e acertar suas contas com a Justiça.
fonte: Repórter Tempo 

Jovem comete o suicídio no bairro Volta Redonda  


Na manhã desta sexta-feira (27) um jovem (foto), cuja identidade dele não foi revelada, foi encontrado com indícios de enforcamento no quarto da residência onde morava localizada no bairro Volta Redonda. 

A informação nos foi repassada por uma fonte do Blog. Não há informações dos motivos que fizeram o rapaz  ter tirado a sua própria vida. 

A cidade de Caxias passando nesse momento, mais uma vez passa pela perda de um jovem. O ultimo caso registrado havia sido no mês de março, quando uma jovem do Campo de Belém recorreu ao suicídio também por enforcamento.  

Na oportunidade, prestamos nossas condolências e solidariedade aos familiares.
Dupla é presa suspeita de roubar caprinos na zona rural de Aldeias Altas 


Dois homens foram presos nesta quarta-feira (25), em Aldeias Altas suspeitos de roubar cabras e bodes de uma fazenda localizada no povoado Barrocas, zona rural do município. 
Segundo informações de uma fonte do Blog a propriedade invadida pertence ao prefeito Benedito Tinoco. Uma terceira pessoa que estava com a dupla na ação de invasão, morreu após ser atingida pelo disparo de um "badogue". Arma letal, especie de armadilha feita para pegar ladrão. 
O DPM (2ºBPM) tomou conhecimento do fato e efetuou a prisão dos outros envolvidos. Manoel Talmir (camisa preta) e Clóvis Alves Filho, cada um com idade de 24 anos.

A dupla foi recambiada para CCPJ e ficará a disposição da Justiça. 



"A ditadura da Justiça tá implantada, é a pior de todas", diz José Sarney em nova gravação 


Marcos Losekann / Heloísa Torres
Jornal da Globo
Brasília, DF

Em mais um áudio da série gravada pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, agora delator premiado da Operação Lava Jato, o ex-presidente da República José Sarney reclama do que considera uma "ditadura da Justiça". Com aliados como Sérgio Machado, o PMDB não precisa de inimigos, como explica o repórter Marcos Losekann, direto de Brasília.

De fato, o ex-senador e ex-presidente da Transpetro, acusado de desviar dinheiro da Petrobras para o bolso de políticos, se transformou em uma pedra no sapato de muita gente graúda na política. Sobretudo parte da cúpula do PMDB, de quem o Sérgio Machado foi de melhor amigo a maior traidor.

Isso aconteceu depois que ele montou um esquema para gravar a conversa dele com alguns dos caciques do PMDB, atraindo os interlocutores para uma conversa pra lá de comprometedora.

Mais um capítulo da crise política que parece não ter fim, crise que esquentou ainda mais alguns graus, com a revelação de novos trechos dessas conversas capciosamente indiscretas. Nesses diálogos, a tentativa de livrar políticos da Lava Jato. Confira todos os detalhes no vídeo com a reportagem de Heloísa Torres.

Sérgio Machado vem tirando o sossego de políticos. Com um gravador escondido, registrou articulações para tentar barrar as investigações. Isso em reuniões em Brasília, na casa do presidente do Senado, Renan Calheiros, e na casa do ex-presidente da República José Sarney.

Machado foi senador e presidente da Transpetro, que contratou empresas que, por sua vez, apoiaram o PMDB com dinheiro. Ele disse que foi atrás da cúpula do partido porque tinha medo de ser preso e do que viria nas próximas delações.

Em um encontro com Renan, investigado na Lava Jato, os dois xingam Rodrigo Janot, o procurador-geral da República.

Machado: Agora esse Janot, Renan, é o maior mau caráter da face da Terra.

Renan: Mau caráter! Mau caráter! E faz tudo que essa força-tarefa (Lava Jato) quer.

Machado: É, ele não manda. E ele é mau caráter. E ele quer sair como herói. E tem que se encontrar uma fórmula de dar um chega pra lá nessa negociação ampla para poder segurar esse pessoal (Lava Jato). Eles estão se achando o dono do mundo.

Renan:Dono do mundo.

Renan Calheiros disse, por meio de nota, que nunca tomou qualquer iniciativa para dificultar a Lava Jato. O presidente do Senado disse ainda que a indicação de Sérgio Machado para a Transpetro foi uma iniciativa da bancada do PMDB e não dele pessoalmente.
Em fevereiro e março deste ano, Sérgio Machado se encontrou com o ex-presidente Sarney e também gravou as conversas.

Machado: Meu presidente, que saudade.

Sarney: Como tá você?

Os dois falam sobre a situação da presidente Dilma Rousseff, que ainda não tinha sido afastada.

Machado: A Dilma não tem condição. Nesse caso do marqueteiro, ela não teve um gesto de solidariedade com o cara. Ela não tem solidariedade com ninguém não, presidente.

Sarney: E, nesse caso, ao que eu sei, é o único que ela tá envolvida diretamente.

A presidente afastada, Dilma Rousseff, disse que todos os pagamentos feitos ao publicitário João Santana foram regulares e contabilizados na prestação de contas apresentadas á Justiça Eleitoral, e que a tentativa de envolver seu nome em situações que nunca participou são escusas e demonstram interesses inconfessáveis

A conversa continua com especulações sobre quem venceria uma eventual eleição. Eles dizem que no final quem vai assumir a presidência será Eduardo Cunha mostrando que os dois não tinham ideia do que estava prestes a ocorrer na política. Cunha caiu antes mesmo de Dilma ser afastada com o processo de impeachment.

Machado: Saindo o Michel e aí como é que fica? Quem assume?

Sarney: Eleição. E vai ter muito, um Joaquim Barbosa desses da vida.

Machado: Ou um Moro... o Aécio pensa que vai ser ele, não vai ser não.

Sarney: Não, não vai ser ele, de jeito nenhum!

Machado: E quem que assume a presidência, se não tem ninguém?

Sarney: O Eduardo Cunha.

Machado: E ele não vai abrir mão de assumir, não.

Sarney: Não... no Supremo não tem. Não tem ninguém que tenha competência para tirá-lo. Só se cassarem o mandato dele. Fora daí não tem. Como é que o Supremo vai tirar o presidente da casa?

Em outro trecho, Sarney e Machado reclamam que Dilma insiste em permanecer no governo diante da crise política e econômica. O ex-presidente Sarney diz que não só empresário e políticos devem pagar pelos mal feitos na Petrobras, mas o governo também.

Sarney :Ela não sai. (...) Resiste...diz que até a última bala. 

Machado: Não tem rabo, não tem nada.

Sarney: Acha que não tem rabo. Tudo isso foi... é o governo, meu Deus! Esse negócio da Petrobras são os empresários que vão pagar, os políticos! E o governo que fez isso tudo?

Machado: Acabou o Lula, presidente.

Sarney: O Lula acabou. O Lula, coitado, ele está em uma depressão tão grande.

Machado: O Lula. E não houve nenhuma solidariedade da parte dela.

A conversa continua. Eles reclamam que ninguém se manifesta contra as decisões de Sérgio Moro. Criticam as decisões da Justiça que estão combatendo a corrupção. Classificam a situação como uma ditadura da Justiça.

Machado: Não teve um jurista que se manifestasse e a mídia está parcial assim. Eu nunca vi uma coisa tão parcial. Gente, eu vivi a revolução (...) não tinha esse terror que tem hoje, não. A ditatura da toga tá f***.

Sarney: A ditadura da Justiça tá implantada, é a pior de todas!

Machado: E eles vão querer tomar o poder. Para poder acabar o trabalho.

O juiz Sérgio Moro não quis se manifestar

O Instituto Lula declarou que quem tem de explicar essas notícias são os que o instituto chama de "beneficiários da aliança entre os partidos golpistas e os setores mais corruptos da política brasileira". O instituto afirma que foram eles que afastaram a dilma rousseff, com o objetivo, segundo o instituto, de controlar as instituições, barrar a operação lava jato e restabelecer a impunidade.

José Sarney também por meio de nota disse que conhece Sérgio Machado há muitos anos. Eles foram colegas no Senado e que sempre tiveram uma relação de amizade e que as conversas que teve com ele foram marcadas pelo sentimento de solidariedade.

Sérgio Machado ainda não é investigado formalmente no Supremo, mas o procurador-geral da República pediu a inclusão do nome dele no principal inquérito da Lava Jato. Ele também foi citado por pelo menos três delatores.

Ele fez a delação premiada para possível redução de pena em caso de condenação. E, agora, com essa nova delação o procurador Rodrigo Janot, pode pedir a abertura de inquéritos, incluir provas nas investigações já abertas ou mandar as citações de pessoas sem foro para o juiz Sérgio Moro, em Curitiba, de quem Sérgio Machado queria se livrar.
Vereadora Irmã Nelzir apoia e participa da Festa das Mães no bairro Campo de Belém 


Na  noite desta quarta-feira (25) as mães do Bairro Campo de Belém e adjacências   participaram em grande estilo de uma festa animada com direito a sorteio de brindes, como ferro de passar, liquidificador, panela de pressão, garrafa térmica, fogão e outros, 
Este ano foi a 15ª edição da festa das mães no bairro Campo de Belém. O evento é organizado pela comerciante Telma Bomfim que mais uma vez contou com o apoio de suma importância da vereadora Irmã Nelzir. 
De acordo com Telma Bomfim foram distribuídos para as mães 3.500 cupons e milhares delas lotaram a Rua Santo Antonio para acompanhar o sorteio. Antes, teve apresentação culturais. 
A vereadora Irmã Nelzir agradeceu a presença das milhares mães que compareceram. "Eu fico até surpresa com a presença de tantas mães, porquê já passou o 2º domingo de maio, mas todo dia é das mães e eu como mãe não poderia deixar de participar dessa linda festa em homenagem as mães daqui do Campo de Belém",  disse a parlamentar. 
Após o sorteio dos brindes, como era véspera do feriado, uma banda musical animou a noite até um pouco mais tarde. 




Em Aldeias Altas motorista da Loja Codoense morre após cair em armadilha  


Alexsandro Costa Ribeiro (foto), 26 anos, morreu ao cair em uma armadilha conhecida por badogue. O caso aconteceu na terça-feira (24), em uma propriedade na zona rural no município de Aldeias Altas. O corpo da vitima foi localizado na manhã desta quarta-feira (25), às margens de um riacho a poucos metros do local em que foi alvejado.

Badogue é uma espécie de estilingue, que ao ser tocado projeta a munição igualmente a uma arma de fogo.

De acordo com informações, Alexsandro, que trabalhava como motorista da Casa Codoense, e outras duas pessoas teriam entrado em uma propriedade particular e a vítima de forma despercebida, tocou no Badogue que disparou contra sua perna. Os dois companheiros acabaram fugindo do local e deixando o homem agonizando.

Segundo a polícia, na região, é grande o sumiço de caprinos e a armadilha teria sido colocada para impedir que os bodes fossem roubados.

O corpo de Alexsandro foi trazido para Caxias onde passou por perícia criminal e depois liberado aos familiares para sepultamento.

A polícia investiga o caso. 


quinta-feira, 26 de maio de 2016

José Sarney chama delação da Odebrecht de metralhadora ´ponto 100 


Em mais um áudio obtido pelo jornal Folha de São Paulo, o ex-presidente da República José Sarney(PMDB-AP) afirmou ao ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado que a delação premiada em negociação pela empreiteira Odebrecht seria “é uma metralhadora de [calibre] ponto 100”.
Este é o segundo áudio que vem a tona nesta quarta-feira (25). No anterior, Sarney afirmou que ajudaria Machado a fugir de Sergio Moro.
Nesta versão, o ex-presidente também relacionou a empresa a uma ação irregular que a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) teria feito durante uma de suas campanhas eleitorais.
“Nesse caso, ao que eu sei, o único em que ela [Dilma] está envolvida diretamente é que falou com o pessoal da Odebrecht para dar para campanha do… E responsabilizar aquele [inaudível]”, diz o jornal.
Além de Sarney, Renan Calheiros (PMDB-AL) também menciona o fato de que uma eventual delação da empreiteira atingiria a presidente Dilma.
Sarney afirma, ainda segundo o jornal, que “tudo isso” era de responsabilidade do governo. “Esse negócio da Petrobras, só os empresários que vão pagar, os políticos? E o governo que fez isso tudo, hein?”, indagou o ex-presidente.
No assunto, Sérgio Machado disse que Lula “acabou”. “O Lula acabou, o Lula coitado deve estar numa depressão”, concordou Sarney.
Machado usou as conversas realizadas em março deste ano justamente com esses interlocutores para fechar um acordo de delação premiada com a Procuradoria Geral da República. O contrato foi homologado pelo ministro do STF Teori Zavascki nesta terça-feira (24).
Como resposta ao jornal, em nota, o ex-presidente Sarney diz que não tem como responder às perguntas pontuais feitas pela Folha por não conhecer o inteiro teor dos áudios.
Veja a íntegra da transcrição dos diálogos abaixo:
Primeira conversa
Sarney -­ Olha, o homem está no exterior. Então a família dele ficou de me dizer quando é que ele voltava. E não falei ontem porque não me falou de novo. Não voltou. Tá com dona Magda. E eu falei com o secretário.
Machado – ­ Eu vou tentar falar, que o meu irmão é muito amigo da Magda, para saber se ele sabe quando é que ela volta. Se ele me dá uma saída.
Machado ­ Presidente, então tem três saídas para a presidente Dilma, a mais inteligente…
Sarney ­- Não tem nenhuma saída para ela.
Machado ­…ela pedir licença.
Sarney -­ Nenhuma saída para ela. Eles não aceitam nem parlamentarismo com ela.
Machado ­- Tem que ser muito rápido.
Sarney -­ E vai, está marchando para ser muito rápido.
Machado ­- Que as delações são as que vem, vem às pencas, não é?
Sarney -­ Odebrecht vem com uma metralhadora de ponto 100.
Machado ­- Olha, acabei de sair da casa do nosso amigo. Expliquei tudo a ele [Renan Calheiros], em todos os detalhes, ele acha que é urgente, tem que marcar uma conversa entre o senhor, o Romero e ele. E pode ser aqui… Só não pode ser na casa dele, porque entra muita gente. Onde o senhor acha melhor?
Sarney -­ Aqui.
Machado ­- É. O senhor diz a hora, que qualquer hora ele está disponível, quando puder avisar o Romero, eu venho também. Ele [Renan] ficou muito preocupado. O sr. viu o que o [blog do] Camarotti botou ontem?
Sarney ­ -Não.
Machado ­- Alguém que vazou, provavelmente grande aliado dele, diz que na reunião com o PSDB ele teria dito que está com medo de ser preso, podia ser preso a qualquer momento.
Sarney ­ Ele?
Machado -­ Ele, Renan. E o Camarotti botou. Na semana passada, não sei se o senhor viu, numa quinta ou sexta, um jornalista aí, que tem certa repercussão na área política, colocou que o Renan tinha saído às pressas daqui com medo dessa condição, delações, e que estavam sendo montadas quatro operações da Polícia Federal, duas no Nordeste e duas aqui. E que o Teori estava de plantão… Desculpe, presidente, não foi quinta não. Foi sábado ou domingo. E que o Teori estava de plantão com toda sua equipe lá no
Ministério e que isso significaria uma operação… Isso foi uma… operação que iria acontecer em dois Estados do Nordeste e dois no sul. Presidente, ou bota um basta nisso… O Moro falando besteira, o outro falando isso. [inaudível] ‘Renan, tu tem trinta dias que a bola está perto de você, está quase no seu colo’. Vamos fazer uma estratégia de aproveitar porque acabou. A gente pode tentar, como o Brasil sempre conseguiu, uma solução não sangrenta. Mas se passar do tempo ela vai ser sangrenta. Porque o Lula, por mais fraco que esteja, ele ainda tem… E um longo processo de impeachment é uma loucura.
E ela perdeu toda… […] Como é que a presidente, numa crise desse tamanho, a presidente está sem um ministro da Justiça? E não tem um plano B, uma alternativa. Esse governo acabou, acabou, acabou. Agora, se a gente não agir… Outra coisa que é importante para a gente, e eu tenho a informação, é que para o PSDB a água bateu aqui também. Eles sabem que são a próxima bola da vez.
Sarney ­- Eles sabem que eles não vão se safar.
Machado -­ E não tinham essa consciência. Eles achavam que iam botar tudo mundo de bandeja… Então é o momento dela para se tentar conseguir uma solução a la Brasil, como a gente sempre conseguiu, das crises. E o senhor é um mestre pra isso. Desses aí o senhor é o que tem a melhor cabeça. Tem que construir uma solução. Michel tem que ir para um governo grande, de salvação nacional, de integração e etc etc etc.
Sarney ­- Nem Michel eles queriam, eles querem, a oposição. Aceitam o parlamentarismo. Nem Michel eles queriam. Depois de uma conversa do Renan muito longa com eles, eles admitiram, diante de certas condições.
Machado ­- Não tem outa alternativa. Eles vão ser os próximos. Presidente: não há quem resista a Odebrecht.
Sarney ­- Mas para ver como é que o pessoal..
Machado ­- Tá todo mundo se cagando, presidente. Todo mundo se cagando. Então ou a gente age rápido. O erro da presidente foi deixar essa coisa andar. Essa coisa andou muito. Aí vai toda a classe política para o saco. Não pode ter eleição agora.
Sarney ­- Mas não se movimente nada, de fazer, nada, para não se lembrarem…
Machado -­ É, eu preciso ter uma garantia
Sarney ­- Não pensar com aquela coisa apress… O tempo é a seu favor. Aquele negócio que você disse ontem é muito procedente. Não deixar você voltar para lá [Curitiba]
Machado ­- Só isso que eu quero, não quero outra coisa.
Sarney -­ Agora, não fala isso.
Machado ­- Vou dizer pro senhor uma coisa. Esse cara, esse Janot que é mau caráter, ele disse, está tentando seduzir meus advogados, de eu falar. Ou se não falar, vai botar para baixo. Essa é a ameaça, presidente. Então tem que encontrar uma… Esse cara é muito mau caráter. E a crise, o tempo é a nosso favor.
Sarney ­- O tempo é a nosso favor.
Machado ­- Por causa da crise, se a gente souber administrar. Nosso amigo, soube ontem, teve reunião com 50 pessoas, não é assim que vai resolver crise política. Hoje, presidente, se estivéssemos só nos três com ele, dizia as coisas a ele. Porque não é se reunindo 50 pessoas, chamar ministros.. Porque a saída que tem, presidente, é essa que o senhor falou é isso, só tem essa,parlamentarismo. Assegurando a ela e o Lula que não vão ser… Ninguém vai fazer caça a nada. Fazer um grande acordo com o Supremo, etc, e fazer, a bala de Caxias, para o país não explodir. E todo mundo fazer acordo porque está todo mundo se fodendo, não sobra ninguém. Agora, isso tem que ser feito rápido. Porque senão esse pessoal toma o poder… Essa cagada do Ministério Público de São Paulo nos ajudou muito.
Sarney -­ Muito.
Machado -­ Muito, muito, muito. Porque bota mais gente, que começa a entender… O [colunista da Folha] Janio de Freitas já está na oposição, radicalmente, já está falando até em Operação Bandeirante. A coisa começou… O Moro começou a levar umas porradas, não sei o quê. A gente tem que aproveitar ess… Aquele negócio do crime do político [de inação]: nós temos 30 dias, presidente, para nós administrarmos. Depois de 30 dias, alguém vai administrar, mas não será mais nós. O nosso amigo tem 30 dias. Ele tem sorte. Com o medo do PSDB, acabou com ele, e no colo dele, uma chance de poder ser ator desse processo. E o senhor, presidente, o senhor tem que entrar com a inteligência que não tem. E experiência que não tem. Como é que você faz reunião com o Lula com 50 pessoas, como é que vai querer resolver crise, que vaza tudo…
Sarney -­ Eu ontem disse a um deles que veio aqui: ‘Eu disse, Olhe, esqueçam qualquer solução convencional. Esqueçam!’.
Machado ­- Não existe, presidente.
Sarney ­ ‘Esqueçam, esqueçam!’
Machado ­- Eu soube que o senhor teve uma conversa com o Michel.
Sarney ­- Eu tive. Ele está consciente disso. Pelo menos não é ele que…
Machado -­ Temos que fazer um governo, presidente, de união nacional.
Sarney ­- Sim, tudo isso está na cabeça dele, tudo isso ele já sabe, tudo isso ele já sabe. Agora, nós temos é que fazer o nosso negócio e ver como é que está o teu advogado, até onde eles falando com ele em delação premiada.
Machado ­- Não estão falando.
Sarney -­ Até falando isso para saber até onde ele vai, onde é mentira e onde é valorização dele.
Machado ­- Não é valoriz… Essa história é verdadeira, e não é o advogado querendo, e não é diretamente. É [a PGR] dizendo como uma oportunidade, porque ‘como não encontrou nada…’ É nessa.
Sarney -­ Sim, mas nós temos é que conseguir isso. Sem meter advogado no meio.
Machado -­ Não, advogado não pode participar disso, eu nem quero conversa com advogado. Eu não quero advogado nesse momento, não quero advogado nessa conversa.
Sarney -­ Sem meter advogado, sem meter advogado, sem meter advogado.
Machado -­ De jeito nenhum. Advogado é perigoso.
Sarney -­ É, ele quer ganhar…
Machado -­ Ele quer ganhar e é perigoso. Presidente, não são confiáveis, presidente, você tá doido? Eu acho que o senhor podia convidar, marcar a hora que o senhor quer, e o senhor convidava o Renan e Romero e me diz a hora que eu venho. Qual a hora que o senhor acha melhor para o senhor?
Sarney ­- Eu vou falar, já liguei para o Renan, ele estava deitado.
Machado -­ Não, ele estava acordado, acabei de sair de lá agora.
Sarney ­- Ele ligou para mim de lá, depois que tinha acordado, e disse que ele vinha aqui. Disse que vinha aqui
Machado ­- Ele disse para o senhor marcar a hora que quiser. Então como faz, o senhor combina e me avisa?
Sarney ­- Eu combino e aviso.
[…]
Machado ­- O Moreira [Franco] está achando o quê?
Sarney -­ O Moreira também tá achando que está tudo perdido, agora, não tem gente com densidade para… [inaudível]
Machado -­ Presidente, só tem o senhor, presidente. Que já viveu muito. Que tem inteligência. Não pode ser mais oba ­oba, não pode ser mais conversa de bar. Tem que ser conversa de Estado ­Maior. Estado ­Maior analisando. E não pode ser um […] que não resolve. Você tem que criar o núcleo duro, resolver no núcleo duro e depois ir espalhando e ter a soluç… Agora, foi nos dada a chave, que é o medo da oposição.
Sarney -­ É, nós estamos… Duas coisas estão correndo paralelo. Uma é essa que nos interessa. E outra é essa outra que nós não temos a chave de dirigir. Essa outra é muito maior. Então eu quero ver se eu… Se essa chave… A gente tendo…
Machado -­ Eu vou tentar saber, falar com meu irmão se ele sabe quando é que ela volta.
Sarney -­ E veja com o advogado a situação. A situação onde é que eles estão mexendo para baixar o processo.
Machado -­ Baixar o processo, são duas coisas [suspeitas]: como essas duas coisas, Ricardo, que não tem nada a ver com Renan, e os 500, que não tem nada a ver com o Renan, eles querem me apartar do Renan…
Sarney ­- Eles quem?
Machado -­ O Janot e a sua turma. E aí me botar pro Moro, que tem pouco sentido ficar aqui. Com outro objetivo.
Sarney -­ Aí é mais difícil, porque se eles não encontraram nada, nem no Renan nem no negócio, não há motivo para lhe mandar para o Paraná.
Machado ­- Ele acha que essas duas coisas são motivo para me investigar no Paraná. Esse é o argumento. Na verdade o que eles querem é outra coisa, o pretexto é esse. Você pede ao [inaudível] para me ligar então?
Sarney ­- Peço. Na hora que o Renan marcar, eu peço… Vai ser de noite.
Machado -­ Tá. E o Romero também está aguardando, se o senhor achar conveniente.
Sarney -­ [sussurrando] Não acho conveniente.
Machado ­ Não? O senhor que dá o tom.
Sarney -­ Não acho conveniente. A gente não põe muita gente.
Machado -­ O senhor é o meu guia.
Sarney ­- O Amaral Peixoto dizia isso: ‘duas pessoas já é reunião. Três é comício’.
Machado -­ [rindo]
Sarney -­ Então três pessoas já é comício.
Machado -­ Presidente, o cara [Sérgio Moro] agora seguiu aquela estratégia, de ‘deslegitimizar’ as coisas, agora não tem ninguém mais legítimo para falar mais nada. Pegou Renan, pegou o Eduardo, desmoralizou o Lula. Agora a Dilma. E o Supremo fez essa suprema… rasgou a Constituição.
Sarney -­ Foi. Fez aquele negócio com o Delcídio. E pior foi o Senado se acovardar de uma maneira… [autorizou prisão do então senador].
Machado -­ O Senado não podia ter aceito aquilo, não.
Sarney -­ Não podia, a partir dali ele acabou. Aquilo é uma página negra do Senado.
Machado ­- Porque não foi flagrante delito. Você tem que obedecer a lei.
Sarney -­ Não tinha nem inquérito!
Machado -­ Não tem nada. Ali foi um fígado dos ministros. Lascaram com o
André Esteves.. Agora pergunta, quem é que vai reagir?
[…]
Machado -­ O Senado deixar o Delcídio preso por um artista.
Sarney ­- Uma cilada.
Machado -­ Cilada.
Sarney -­ Que botaram eles. Uma coisa que o Senado se desmoralizou. E agora o Teori acabou de desmoralizar o Senado porque mostrou que tem mais coragem que o Senado, manda soltar.
Machado -­ Presidente, ficou muito mal. A classe política está acabada. É um salve-­se quem puder. Nessa coisa de navio que todo mundo quer fugir, morre todo mundo.
[…]
Sarney ­- Eu soube que o Lula disse, outro dia, ele tem chorado muito. […] Ele está com os olhos inchados.
[…]
Sarney ­- Nesse caso, ao que eu sei, o único em que ela está envolvida diretamente é que ela falou com o pessoal da Odebrecht para dar para campanha do… E responsabilizar aquele [inaudível]
Machado -­ Isso é muito estranho [problemas de governo]. Presidente, você pegar um marqueteiro, dos três do Brasil. […] Deixa aquele ministério da Justiça que é banana, só diz besteira. Nunca vi um governo tão fraco, tão frágil e tão omisso. Tem que alguém dizer assim ‘A presidente é bunda mole’. Não tem um fato positivo.
[…]
Sarney -­ E o Renan cometeu uma ingenuidade. No dia que ele chegou, quem deu isso pela primeira vez foi a Délis Ortiz. Eu cheguei lá era umas 4 horas, era um sábado, ele disse ‘já entreguei todos os documentos para a Delis Ortiz, provando que eu… que foi dinheiro meu’. Eu disse: ‘Renan, para jornalista você não dá documento nunca. Você fazer um negócio desse. O que isso vai te trazer de dor de cabeça’. Não deu outra.
Machado -­ Renan erra muito no varejo. Ele é bom. […] Presidente, não pode ser assim, varejista desse jeito.
[…]
Sarney ­- Tudo isso é o governo, meu Deus. Esse negócio da Petrobras só os empresários que vão pagar, os políticos? E o governo que fez isso tudo, hein?
Machado -­ Acabou o Lula, presidente.
Sarney ­- O Lula acabou, o Lula coitado deve estar numa depressão.
Machado -­ Não houve nenhuma solidariedade da parte dela.
Sarney ­- Nenhuma, nenhuma. E com esse Moro perseguindo por besteira.
Machado ­- Tomou conta do Brasil. O Supremo fez a pedido dele.