Jovem que xingou o goleiro do Santos disse na Policia que não teve a intenção de ofender o atleta 
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| Torcedora do Grêmio chega para depor na Delegacia | 
Logo depois do depoimento prestado por Patrícia Moreira, a jovem que 
foi flagrada por câmeras de TV chamando o goleiro Aranha, do Santos, de 
"macaco", o delegado Cleber Ferreira, 
diretor da delegacia de polícia regional de Porto Alegre, comentou a 
conversa entre a torcedora e a polícia. Segundo ele, Patrícia afirmou 
que não teve a intenção de ofender o atleta.
- Ela não nega as
 palavras, mas a intenção não era ofender, ela foi no embalo da torcida.
 Ela explica que tem canções e o próprio Inter se chama de macaco. A 
torcida grita macaco, ela gritou, mas não tinha a intenção de ofender. 
Foi o que ela disse - afirmou o delegado.
Segundo Ferreira, ela admite que usou o termo macaco, mas nega que o grito tenha sido proferido para o goleiro do Santos.
- Ela gritou junto com a torcida. Não direcionou o grito ao goleiro, segundo ela.
A
 polícia tem 30 dias para concluir o inquérito. O delegado não descartou
 chamar Patrícia mais uma vez para outros esclarecimentos.
Uma
 semana após se envolver em episódio de injúrias raciais contra o 
goleiro Aranha, a torcedora compareceu à 4ª Delegacia de Polícia Civil 
de Porto Alegre para prestar depoimento, na manhã desta quinta-feira. Chorando muito, ela chegou ao local por volta das 10h acompanhada do advogado e de um dos irmãos. Durante a passagem da jovem
 por entre jornalistas e curiosos, ouviu-se um grito de "racista".
O depoimento durou cerca de uma hora e Patrícia deixou a delegacia 
sem falar com a imprensa. Antes de entrar no carro, ela ainda ouviu 
gritos de pessoas que a aguardavam do lado de fora da delegacia.
- Vem falar com o macaco. Vem xingar o macaco. Racista - gritou.
Representantes de movimentos negros compareceram à delegacia para protestar durante o depoimento. 
- Estamos cheios desse racismo das torcidas organizadas. Essas torcidas têm que ser extinguidas - disse Flaviana Santos de Paiva, presidente do Movimento Unegro.
- Estamos cheios desse racismo das torcidas organizadas. Essas torcidas têm que ser extinguidas - disse Flaviana Santos de Paiva, presidente do Movimento Unegro.
do Globoesporte.com  
