Presidente Dilma tem “responsabilidade política" no caso Petrobras, diz Marina Silva 
![]()  | 
 A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, afirmou 
nesta segunda-feira (8) que a presidente Dilma Rousseff tem 
"responsabilidade política" sobre suposto caso de corrupção na 
Petrobras. Marina deu a declaração ao ser questionada por jornalistas 
sobre depoimento do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, que falou
 ao Ministério Público que havia pagamento de propina a políticos em 
contratos fechados pela Petrobras.
 Paulo Roberto Costa foi preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato, que 
investiga esquema bilionário de lavagem de dinheiro em todo o país. Ele 
fez acordo de delação premiada com a PF e tem prestado depoimentos 
diários sobre os supostos casos de corrupção na Petrobras.
 Marina, além de dizer que Dilma tem "responsabilidade política", 
afirmou também que o governo foi "conivente" com as eventuais 
irregularidades. A candidata participou de um ato de campanha.
 "Quem manteve toda essa quadrilha que está acabando com a Petrobras é o
 atual governo, que, conivente, deixou que todo esse desmande 
acontecesse em uma das empresas mais importantes do nosso país [...] A 
presidente [Dilma Rousseff] tem responsabilidade política. Eu não seria 
leviana de dizer que ela tem responsabilidade direta. Eu prefiro que as 
investigações aconteçam. Eu não vou querer ganhar uma eleição a qualquer
 custo e a qualquer preço", afirmou a candidata.
 Suposto envolvimento do PSB
Reportagem da revista "Veja" desta semana disse que, nos depoimentos, Costa afirmou que estão envolvidos no suposto esquema três governadores, seis senadores, um ministro e pelo menos 25 deputados federais.
Reportagem da revista "Veja" desta semana disse que, nos depoimentos, Costa afirmou que estão envolvidos no suposto esquema três governadores, seis senadores, um ministro e pelo menos 25 deputados federais.
 Segundo a publicação, o ex-dirigente citou, entre outros políticos, os 
nomes da governadora Roseana Sarney (Maranhão) e dos ex-governadores 
Sérgio Cabral (Rio) e Eduardo Campos (Pernambuco); do ministro de Minas e
 Energia, Edison Lobão; dos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), Romero 
Jucá (PMDB-RR) e Ciro Nogueira (PP-PI); e dos deputados Henrique Eduardo
 Alves (PMDB-RN), Cândido Vacarezza (PT-SP), Mário Negromonte (PP-BA) e 
João Pizzolatti (PP-SC).
 Marina foi questionada sobre como o suposto envolvimento de Campos, que
 era presidente do PSB, pode afetar a campanha dela. A candidata disse 
que o partido quer que As investigações "sejam feitas com todo rigor".
 “Estamos preocupados com a verdade. Queremos que todas as investigações
 sejam feitas com todo o rigor, doa a quem doer, seja o que for que 
tenhamos nestas investigações. Eu confio no trabalho da Polícia Federal,
 a Polícia Federal me ajudou muito quando eu era ministra do Meio 
Ambiente, me ajudou a desbaratar verdadeiras quadrilhas”, disse Marina, 
referindo-se a apurações que culminaram com a prisão de suspeitos 
envolvidos em crimes ligados ao desmatamento da Amazônia.
