Supremo Tribunal Federal decidirá hoje futuro do impeachment de Dilma Rousseff 
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O ministro Edson Fachin, do Supremo 
Tribunal Federal (STF), entregou ontem aos demais ministros da Corte uma
 prévia do voto que vai proferir no julgamento de hoje sobre a validade 
das regras do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. O 
STF decide em sessão, a partir das 14 h, se o processo contra Dilma deve
 ou não continuar, e de que forma continuará.
Fachin é relator da ação na qual do 
PCdoB, partido da base aliada do governo, questiona a validade da Lei 
1.079/50, que regulamentou as normas de processo e julgamento do 
impeachment. A ação questiona também alguns artigos do Regimento 
Interno da Câmara dos Deputados.
Na semana passada, o ministro antecipou 
que adotaria a medida para facilitar o debate durante o julgamento. 
Antes da sessão das turmas do Supremo, na tarde de ontem, Fachin 
entregou um envelope lacrado a cada ministro. O voto contém cerca de 100
 páginas.
Sessão – A sessão vai começar pela 
leitura do relatório da ação. Em seguida, será aberto prazo de 30 
minutos para que PT, PSDB, DEM, PSOL e a União Nacional dos Estudantes 
(UNE) se manifestem sobre a ação. Os partidos e a UNE foram autorizados 
pelo ministro a se manifestar no processo. Após as manifestações, os 
ministros começam a votar.
Na quarta-feira, 9, ao decidir suspender
 a tramitação do pedido de impeachment, Fachin disse que vai propor o 
rito que deverá ser seguido pelo Congresso Nacional. Segundo o ministro,
 seu voto permitirá que o processo possa continuar sem questionamentos 
sobre sua legalidade.
O pedido de impeachment da presidenta 
Dilma Rousseff foi aceito, no início deste mês, pelo presidente da 
Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Cunha aceitou o pedido 
protocolado pelos advogados Hélio Bicudo, Miguel Reale Junior e Janaína 
Paschoal.
Ontem, a Câmara Federal também 
encaminhou ao Supremo suas contrarrazões para justificar a abertura do 
impeachment. Os argumentos apresentados pela Mesa Diretora são uma 
espécie de contraponto ao que disseram o governo, o Senado e o 
Ministério Público.
