domingo, 27 de julho de 2025

 Nosso turismo cheio de recordes

Por Carlos Brandão

Em 2024, todos nós comemoramos um número muito especial: o recorde de turistas que desembarcaram em nossa capital no período de junho e julho. Neste ano fomos ainda melhores. Ultrapassamos mais uma marca significativa com muito planejamento e trabalho. Fizemos do São João um espetáculo de arte, fé e identidade. E os números confirmam: o Maranhão se consolida como um dos destinos turísticos mais procurados do Brasil. Em junho, batemos mais um recorde: foram quase 90 mil desembarques só no aeroporto de São Luís – o maior volume já registrado na década. Um crescimento de 19% em relação ao ano passado e mais de 12% no acumulado do semestre. Isso não é acaso. Tem coisa que é da nossa alma. Quando o mês junino chega ao Maranhão, o coração do povo começa a bater diferente. É como se cada matraca fosse um chamado, cada toada fosse um abraço e cada arraial um reencontro com as nossas raízes.

E isso representa gente trabalhando. Foram mais de R$ 250 milhões movimentados na economia local. Milhares de maranhenses que encontraram ocupação nesse período: gente que vende comida, que faz maquiagem, que monta som, costura fantasia, borda fitas, cuida do trânsito, recebe o turista com um sorriso largo e sincero. Gente simples, anônima, que sustenta a grandeza das nossas festas. É por eles que tudo acontece. E é por eles que a gente trabalha.

A rede hoteleira ficou lotada, os restaurantes vibraram, o comércio aqueceu. Os turistas voltaram para casa encantados com o Bumba Meu Boi, o Tambor de Crioula, o Cacuriá, a Dança Portuguesa e tantas outras manifestações do estado com a maior diversidade cultural do país. E o mais bonito: 95% deles disseram que pretendem voltar, segundo levantamento do nosso Observatório do Turismo. Isso mostra que o Maranhão sabe receber. Com segurança, com hospitalidade, com alma.

Esse avanço é fruto de uma política pública que acredita na cultura como vetor de desenvolvimento. Investimos na realização dos festejos, na promoção do estado, na capacitação do nosso trade turístico e na estrutura dos espaços culturais. Mas, acima de tudo, acreditamos na força do povo maranhense.

A nossa identidade não está só no palco dos arraiais. Está no jeito de falar, no tempero da nossa comida, na hospitalidade que toca quem chega. E é isso que temos mostrado ao Brasil e ao mundo: um Maranhão autêntico, alegre, de braços abertos, com três patrimônios reconhecidos pela Unesco – o Centro Histórico de São Luís, o Bumba Meu Boi e, agora, os Lençóis Maranhenses, como Patrimônio Natural da Humanidade.

E se é verdade que um estado se mede pelo quanto cuida da sua gente e do seu legado, o Maranhão está no caminho certo. Com dedicação, parcerias e o pensamento forte de construção, vamos continuar investindo em cultura, turismo e geração de renda. Porque quando a nossa tradição é valorizada, todo mundo ganha.

Junho e julho passaram, mas a força deles fica. Fica no orgulho que carregamos, na alegria que espalhamos e na certeza de que o Maranhão tem muito mais a oferecer. O mundo está descobrindo o que a gente sempre soube: o Maranhão é encantador por natureza e com uma cultura única, extraordinária, que atrai e mostra o quão grande é o nosso povo 

 Missa de sétimo dia de Dona Graça 

Será celebrada hoje, às 18h, na Paróquia Maria Imaculada, no Guará II, na cidade de Brasília, a missa de sétimo dia do falecimento de Dona Graça. .

A cerimônia religiosa pela memória de Dona Graça será para familiares e amigos 

Dona Graça faleceu na última segunda-feira, 21 de julho, vítima de complicações de saúde causadas por uma infecção hospitalar após ter fraturado o fêmur. Ela era viúva e integrante da tradicional família caxiense Sampaio/Brito.  

Dona Graça morava em Brasília há mais de 50 anos. 

Maranhão é o 6° colocado no ranking nacional de violência 

De acordo com os dados, o estado registrou 2.129 mortes violentas no ano passado – um aumento de 12,1% em relação a 2023.

Enquanto a maior parte do Brasil registrou queda na violência em 2024, o Maranhão seguiu em direção oposta e teve o maior crescimento proporcional de mortes violentas intencionais do país, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira (25) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

De acordo com os dados, o estado registrou 2.129 mortes violentas no ano passado – um aumento de 12,1% em relação a 2023. Esse total inclui homicídios dolosos, latrocínios, lesões corporais seguidas de morte e mortes decorrentes de intervenção policial. Com o salto, o Maranhão passou da 12ª para a 6ª posição no ranking dos estados mais violentos do Brasil.

Além do Maranhão, apenas outros três estados registraram piora no índice: Ceará (que passou do 5º para o 3º lugar), Minas Gerais (24º para 23º) e São Paulo (que manteve a 27ª posição, a menos violenta do país, mas com piora nos indicadores).

A diretora-executiva do FBSP, Samira Bueno, destaca que embora tenha havido um crescimento nas mortes decorrentes de ações policiais – com aumento de 22% no Maranhão –, esse fator não explica sozinho a elevação da violência. “Estamos falando de um crescimento geral nos homicídios e nas demais mortes violentas. A suspeita maior é de que o estado esteja sendo impactado, mais recentemente, por conflitos entre grupos criminosos, algo que já vinha sendo observado em estados vizinhos”, explicou.

Já a socióloga Mary Ferreira, doutora em Sociologia, aponta que o cenário está fortemente relacionado à exclusão social e à falta de políticas públicas eficazes. “Violência se conecta com desigualdade, pobreza e ausência do Estado em territórios vulneráveis”, destacou. 


Em nota, a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP-MA) atribuiu a alta da violência em 2024 a conflitos entre facções criminosas, mas informou que ações integradas entre forças de segurança têm surtido efeito e contribuído para a reversão dos índices em 2025.

Segundo a pasta, os dados parciais deste ano já indicam uma tendência de queda. No primeiro semestre de 2025, os Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) caíram cerca de 6%, os latrocínios recuaram 20% e os homicídios dolosos, 6%.

Apenas no mês de junho, o estado registrou queda de 24% nos CVLIs em comparação com o mesmo período de 2024. Na Ilha de São Luís, os feminicídios caíram 42%; e, na capital, os homicídios dolosos reduziram 6%.