Nota de Esclarecimento - Maternidade Carmosina Coutinho 
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A diretora geral 
da Maternidade Carmosina Coutinho (MCC), Juliana Linhares, convocou uma 
reunião nesta segunda-feira, dia 18, com médicos e enfermeiros que 
atenderam a paciente Cleidiane Feitosa Nogueira, do Povoado Nazaré do 
Bruno, grávida de nove meses, que deu entrada para dar à luz no sábado, 
dia 16, às 6h30. Também esteve presente na reunião o marido de 
Cleidiane, Manoel Rodrigues Santos Filho, acompanhado por Andreia 
Damasceno. 
Atualmente, todo
 paciente tem direito e a maternidade pede que uma pessoa acompanhe a 
gestante durante o processo de parto, ficando em uma sala de pré-parto, 
recebendo todas as informações sobre o que está acontecendo com a 
paciente por meio dos médicos e enfermeiros. No caso de Cleidiane 
Feitosa, o esposo Manoel Rodrigues delegou a função à cunhada da 
parturiente, Maria de Fátima Aline dos Santos Silva. Quando os médicos 
avaliaram a gestante e constataram que o bebê estava morto na barriga da
 mãe, ela foi a primeira a saber, por ser, legalmente, a pessoa que 
acompanhava a paciente. 
Durante o parto 
cesariana, os médicos retiraram um natimorto do sexo masculino. A partir
 daí, foram realizados todos os procedimentos para garantir a saúde e 
bem-estar da mãe. No histórico de Cleidiane Feitosa, consta que ela não 
fez o pré-natal completo e que já havia perdido um filho, em uma 
gravidez anterior, quando estava no oitavo mês de gestação. 
Logo em seguida à
 cirurgia, a acompanhante, indicada pelo pai, autorizou que o bebê fosse
 posto em um caixão providenciado pelo Serviço Social. Devido ao mau 
cheiro, a urna foi lacrada e entregue ao pai, Manoel Rodrigues. 
No atestado de 
óbito emitido pela MCC no domingo, dia 17, consta como causas da morte: 
hidropsia fetal, corioamnionite e infecção aminiótica. A parturiente 
Cleidiane Feitosa ainda se encontra recebendo os cuidados da maternidade
 internada para a boa recuperação do procedimento pós cirúrgicos. 
Na reunião desta
 segunda-feira (18), o marido de Cleidiane, Manoel Rodrigues, levantou a 
possibilidade de que a morte do bebê tenha ocorrido devido a uma falha 
no atendimento anterior realizado na gestante, na segunda-feira, dia 11.
 Segundo o pai, a paciente teria sido avaliada por um médico e mandada 
para casa. Tanto o médico como o enfermeiro que fizeram o atendimento 
garantem ter seguido todos os procedimentos que o caso exigia, 
comprovando tudo por meio de documentos contidos no prontuário de 
Cleidiane, até mesmo um pedido de ultrassom. 
Segundo os 
funcionários da maternidade, o exame de ultrassom para saber como 
estavam os sinais vitais do bebê não foi realizado porque a paciente 
saiu da maternidade antes que o procedimento acontecesse. Já o marido de
 Cleidiane, Manoel Rodrigues, garantiu que o médico não pediu o exame e 
se contentou em analisar um ultrassom feito em outra ocasião. Após isso,
 pediu que o casal fosse para casa e retornasse uma semana depois. 
Manoel Rodrigues
 é morador do Povoado Nazaré do Bruno, mas desde o dia 20 de novembro de
 2015 estava na residência do irmão na sede de Caxias, no bairro São 
Francisco, hospedado com a esposa. De acordo com Manoel, na sexta-feira,
 dia 15, Cleidiane apresentou uma forte febre, mas só no sábado, dia 16,
 retornou à maternidade, dando entrada às 6h30. 
Em vista da 
divergência de versões entre Manoel Rodrigues e o médico que fez o 
atendimento, a diretora geral da MCC, Juliana Linhares, orientou que o 
marido de Cleidiane procurasse uma delegacia para fazer o Boletim de 
Ocorrência (B.O) e pedir a exumação do corpo do bebê. 
Após o resultado
 do laudo pericial, caso seja identificado que o bebê morreu devido à 
negligência de atendimento no dia 11, a MCC tomará todas as medidas 
cabíveis junto ao Conselho Regional de Medicina (CRM) e ao Conselho 
Regional de Enfermagem (COREN) para que os responsáveis sofram as 
punições previstas por lei. 
A Maternidade 
Carmosina Coutinho se solidariza com a perda dos pais e está trabalhando
 para que a saúde de Cleidiane Feitosa se restabeleça o mais rápido 
possível. Neste processo, o marido da paciente ficará alojado na MCC, 
recebendo auxílio do Serviço Social e da área de psicologia da 
maternidade. 
Caxias – MA, 18 de janeiro de 2016 
Juliana Linhares Coelho 
Diretora Geral 
Maternidade Carmosina Coutinho 
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