Maranhense vai ao CNJ contra Sergio Moro por grampos em Lula 
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O advogado maranhense Antônio Nery da Silva Júnior (foto)
 é o autor de uma das três representações protocoladas ontem (17) no 
Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pedindo apuração dos atos do juiz 
federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR), no que diz 
respeito aos grampos efetuados em linhas telefônicas utilizadas pelo 
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Pelo
 procedimento do CNJ, a ministra corregedora Nancy Andrighi faz 
a análise de admissibilidade da representação. Caso seja admissível, é 
aberta uma investigação para a qual é nomeado um relator entre os 15 
integrantes do Conselho.
Esse processo disciplinar pode ser arquivado ou levar a penalidades ao juiz, em último caso, à demissão.
Grampos
As
 representações no CNJ foram protocolada depois de juiz Sérgio Moro 
retirar o sigilo de gravações de conversas do ex-presidente.
Com
 isso, na quarta-feira (16), antes de encaminhar o processo envolvendo o
 petista para o Supremo Tribunal Federal (STF), o magistrado permitiu a 
divulgação de diversas gravações.
Num
 dos áudios, Lula conversa com a presidente Dilma Rousseff (PT) no que 
parece confirmar que a posse dele como ministro-chefe da Casa 
Civil teria como objetivo escapar de uma prisão na 24ª fase da Operação 
Lava Jato.
O governo diz que o ato 
não poderia ser feito por Moro devido à prerrogativa de foro da 
presidente (o processo deveria ser enviado ao Supremo). Moro diz que o 
telefone grampeado era de Lula e não havia motivo para não abrir o 
sigilo já que o ex-presidente não tem prerrogativa.
