domingo, 16 de novembro de 2025

COP30: o Maranhão que o mundo começou a enxergar 

Por Carlos Brandão

Belém recebeu o mundo, e nós levamos um estado inteiro de projetos, ações e entregas que unem proteção ambiental e desenvolvimento. A COP30 não foi só sobre protocolos e discursos – foi sobre colocar nossa gente no mapa do futuro. E voltamos para São Luís com a certeza de que mostramos ao mundo que é possível crescer com os pés firmes na justiça e as mãos cuidando da terra.

Em cada corredor, em cada encontro, víamos nos olhos das pessoas a surpresa ao conhecer nossa realidade. Não chegamos com teorias. Chegamos com a voz de dona Marimar, de Alto Alegre do Maranhão, que nos disse, com os olhos marejados, que finalmente pode plantar sem medo. Chegamos com a força das mulheres quilombolas, com a sabedoria dos povos originários, com a coragem de quem transforma a terra em esperança.

Como exemplo, lançamos o programa Agentes Ambientais Comunitários. Serão cinco mil bolsas mensais de R$ 300 para fortalecer e valorizar quem cuida da natureza e impulsionar o desenvolvimento sustentável nas comunidades. Um olhar atento e direto para a formação em reflorestamento, agroecologia, conservação da água e do solo.

E não parou por aí. Levamos para o mundo programas como o Terras para Elas, reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU), que garante o direito à terra para mulheres do campo; o Projeto Amazônico de Gestão Sustentável (Pages), que já recuperou mais de sete mil hectares de floresta com a força da agricultura familiar; e a primeira universidade em território indígena do Brasil, que nasce em terras Arariboia, compondo um programa estadual que une saberes ancestrais e conhecimento acadêmico. Um marco histórico que fez o Maranhão ser citado como exemplo de inovação educacional e proteção cultural.

Com o Porto do Itaqui, mostramos que é possível ser um dos mais eficientes do país e, ao mesmo tempo, o primeiro porto público a ter um plano de descarbonização. Progresso e preservação andando juntos.

E diante de nossas ações de governo, os resultados vieram. Firmamos parcerias que vão mudar a vida de milhares de famílias. São R$ 53 milhões do Fundo Amazônia, via BNDES, para o Paz no Campo – a maior regularização fundiária da nossa história -, projeto já reconhecido e premiado nacionalmente. São 20 mil famílias que vão ter o título do seu chão, em locais que abrangem 85 municípios que compõem a Amazônia Legal Maranhense. É gente que deixa de viver na insegurança para colher frutos de muito planejamento e vontade política.

Também firmamos uma das parcerias tecnológicas mais avançadas da América Latina: o acordo com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) e a União Europeia para instalação de cabos submarinos de ultra conectividade. Uma ligação da Europa ao Maranhão, abrindo portas para data centers, inovação, educação digital e saúde conectada. É colocar o Maranhão no mapa do mundo e oportunidades nas mãos da nossa juventude.

Consolidamos ainda um investimento internacional de US$ 100 milhões, com o grupo Mercuria, para restaurar nossas florestas e fomentar a bioeconomia. É dinheiro que se transforma em mudas, em renda, em vida. É o Floresta Viva ganhando asas. Saímos de Belém captando praticamente R$ 900 milhões a serem aplicados em proteção ao meio ambiente, regularização fundiária e desenvolvimento sustentável no Maranhão.

Assim, voltamos da COP30 com a certeza de que o Maranhão vive um momento novo, em que nossas conquistas são reconhecidas, em que nossos programas inspiram outros estados, em que investidores internacionais querem caminhar conosco. Mas, acima de tudo, de que nada disso teria sentido se não estivesse a serviço da nossa gente. Cada título de terra distribuído, cada muda plantada, cada jovem incluído na era digital, cada território indígena fortalecido – tudo isso é sobre pessoas. Sobre esperança. Sobre futuro.

O Maranhão saiu da COP30 maior, mais visto e mais respeitado.

E isso não é mérito de um governo. É mérito de um povo que nunca deixou de acreditar no seu próprio valor.

MDB elegerá direção e fará lançamento oficial da pré-candidatura de Orleans Brandão 

No próximo dia 27 de novembro, o MDB do Maranhão vai reunir seus filiados na Convenção da legenda. O momento, além de alinhamentos internos, será marcado por filiações de futuros candidatos nas eleições de 2026. Este evento vai anteceder um segundo previsto para acontecer em 13 de dezembro quando será lançada oficialmente a pré-candidatura ao governo do Maranhão do secretário de Assuntos Municipalistas, Orleans Brandão (MDB).

Na convenção, que é do calendário da direção nacional da sigla, acontecerá a eleição para a direção estadual. O vencimento da comissão provisória que comanda atualmente o MDB do Maranhão tem validade até dezembro. A previsão é de que o atual presidente estadual, Marcus Brandão, seja reconduzido no comando da sigla e fique o responsável pela organização partidária para o pleito do próximo ano.

Além da escolha da direção, os emedebistas farão o ato simbólico de filiação de futuros candidatos para as eleições proporcionais como o secretário Vinícius Ferro. Neste encontro não haverá a filiação do governador. Esta deve acontecer em evento em Brasília com a presença de nomes da direção nacional e também do Senado e Câmara dos Deputados.

Já o evento de dezembro, será marcado pelo lançamento da pré-candidatura de Orleans Brandão, que pretende reunir deputados, prefeitos, vereadores e outros atores políticos em um grande ato.

Esse movimento do MDB, no entanto, será feito antes de uma posição definitiva do grupo do governador Carlos Brandão (sem partido) sobre as eleições de 2026. Este grupo ainda aguarda nova conversa de Brandão com o presidente Lula para definir questões de composições do grupo lulista no Maranhão.

Mas, mesmo com a possibilidade de ter mudanças como a saída do governador para disputar o Senado, o MDB vai fazer o ato para chegar em 2026 com a posição já marcada em relação ao governo do estado.

Cargos comissionados no Governo Federal aumentaram 57% desde 2019 

Levantamento feito pelo Portal R7, aponta que o número de cargos comissionados no Governo Federal aumentou 57% entre 2019 e o começo deste ano. Os dados são de levantamento exclusivo através da Lei de Acesso à Informação.

De acordo com a relação repassada pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, o número de pessoas em cargos ou funções comissionadas saltou de 31.805 para 50.124.

Na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro já havia ocorrido um aumento, já que foi concluída com 46.259 cargos comissionados. Com o começo do Governo Lula e a criação de novos ministérios, o número subiu para 47.726 em 2023 e para 50.124 este ano.

O órgão que lidera o número de comissionados é o INSS (Instituto Nacional de Seguro Social), com 3,9 mil cargos, seguido do Ministério da Fazenda (2,6 mil cargos), IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e Ministério de Gestão e Inovação em Serviços Públicos (1,9 mil cargos cada), Departamento de Polícia Federal (1,8 mil cargos), Ministério da Saúde (1,7 mil), Presidência da República (1,6 mil), Ministério da Agricultura e Pecuária (1,3 mil) e AGU (Advocacia-Geral da União) e Ministério do Trabalho e Emprego (1,2 mil cargos cada).