IFMA - Dia da Consciência Negra: campus promove atividades
Estudantes, servidores e a comunidade debatem as relações étnico e raciais para consolidação dos direitos humanos
Com o tema “Educação para as relações étnico e raciais: desconstruindo estereótipos formando cidadania”, o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indiodescendentes (Neabi) do Instituto Federal do Maranhão (IFMA) Campus Caxias promoveu, na última quarta-feira, 05, a IX Semana da Consciência Negra. O evento foi aberto ao público e contou com a participação de estudantes, técnico-administrativos, professores e colaboradores da unidade de ensino.
“A proposta desta edição foi discutir questões relacionadas à formação de identidades, de sentimentos de alteridade junto às manifestações culturais e religiosas de Caxias, com objetivo a contribuir para educação das relações étnico e raciais e para consolidação dos Direitos Humanos”, afirma Jacklady Dutra, coordenadora do Neabi. Para Maurício Magalhães, aluno do curso técnico em Informática, as atividades são importantes pois servem de espaço para discutir a diversidade na instituição. “Apesar de muitos avanços, ainda devemos ampliar o debate e as discussões”, pondera o aluno.
A exposição “Xiré dos Orixás: aos filhos e filhas dos terreiros Ilè Oyá Tade”, organizada pelas professoras L’hosana Ceres de Miranda Tavares (Instituto Federal do Piauí – Campus Teresina Zona Sul) e Francisca Verônica Cavalcante (Universidade Federal do Piauí – UFPI), foi uma das atrações desta edição. O trabalho é parte da pesquisa intitulada “Roupas de Santo: marcadores identitários das religiões afro-brasileiras”, em desenvolvimento na UFPI. De acordo com as organizadoras, a exposição busca alargar o discurso sobre as religiões afro-brasileiras, mostrando a simbologia das “roupas de santo” empregadas em rituais do candomblé e da umbanda, tanto as usadas pelos (as) filhos (as) dentro dos terreiros para os afazeres cerimoniais (as chamadas roupas de ração), como as utilizadas durante as festas. “Achei tudo muito lindo. Realmente a exposição provoca debate sobre a intolerância religiosa e o racismo”, avalia a professora Vanda Marinha.
“O Campus Caxias sente-se na obrigação de incentivar essas práticas pedagógicas, pois servem para relembrar que ainda precisamos trilhar muitos caminhos para tornar a nossa sociedade verdadeiramente igualitária. Para tanto, o país ainda precisa se aprimorar em diversos aspectos sociais, políticos e culturais”, explica o diretor geral do campus, João da Paixão.
ASCOM/IFMA