domingo, 14 de setembro de 2014

PT volta a sonhar em vencer as eleições no 1º turno 
Velocidade e disseminação da queda de Marina Silva nas pesquisas e, especialmente, desempenho da presidente Dilma Rousseff em campanha reanimam PT; economia cresce 1,50% em julho sobre junho, melhor resultado desde 2008; com 101.425 empregos com carteira assinada em agosto, ano tem saldo positivo de 751 mil vaga abertas; direção partidária projeta eleger maior bancada do Congresso; diferença entre resultado de Dilma no Ibope fica nove pontos abaixo da soma dos adversários; favoritismo que existia até a morte de Eduardo Campos vai sendo retomado; desempenho em São Paulo pode ser decisivo; ganhar na primeira volta é mesmo uma missão impossível?
247 – Os números da economia estão se somando à recuperação da presidente Dilma Rousseff nas pesquisas eleitorais. Ao mesmo tempo, a principal adversária dela, Marina Silva, do PSB, perde pontos nos levantamentos de opinião na mesma velocidade com que os ganhou após a morte do ex-governador Eduardo Campos. No campo tucano, o senador Aécio Neves aparece estacionado no patamar de 15%.
A conjunção desses e outros fatores está levando a cúpula do PT a uma euforia contida e controlada, mas que parece mesmo ter base real: vencer em primeiro turno a eleição presidencial não se parece mais com uma missão impossível. Ao contrário, a vinte e dois dias do 5 de outubro, está mais perto do que parecia.
Nos números quente da pesquisa Ibope divulgada nesta sexta-feira 12, Dilma marcou 39% contra 48% da soma de seus adversários – Marina, com 31%, Aécio, com 15% e os demais com o total de 2%. Significa, na matemática da eleição, que a presidente está a nove pontos percentuais mais um voto de ganhar a disputa já na primeira volta.
Essa possibilidade era presente até a morte do ex-governador Eduardo Campos, quando Dilma aparecia, em todos os levantamento, ao menos em situação de empate técnico com sua primeira vitória em primeiro turno. Agora, a distância ainda é grande, mas as condições para a escalada são diferentes – para melhor.
A comoção pela morte de Campos já foi assimilada em benefício de Marina Silva e não prejudicou o desempenho de Dilma, que manteve-se, a toda prova, folgadamente acima dos 30% de intenções em quaisquer pesquisas.
O que se tem agora é que, por erros e contradições de sua campanha, os novos levantamentos mostrados esta semana apontaram para uma queda rápida de Marina, quase na mesma velocidade e disseminação com a qual ela cresceu ao substituir o candidato falecido.
Dilma demonstrou reflexo apurado e faturar, de imediato, dois escorregões da ex-ministra, nas questões de falta de prioridade de Marina ao pré-sal e na proposta reafirmada de autonomia do Banco Central. A presidente tomou, ainda, a decisão corajosa de liberar o marqueteiro João Santana para uma desconstrução pesada de Marina no horário eleitoral gratuito e nos comercias de 30 segundos aos quais o PT tem direito.
O que se vê é uma inversão da tendência que se apresentava no final do mês passado. Após abrir dez pontos de vantagem num eventual segundo turno, de acordo com o Datafolha da primeira semana de setembro, Marina tem agora, no Ibope da metade da primeira metade do mês, apenas um ponto de frente. Quase igual a zero, uma vez que representa o empate técnico.
A cúpula do PT está concentrada na campanha presidencial, mas não apenas. Com a recuperação de Dilma e a elevação proporcional da avaliação do governo, também a chapa nacional de deputados federais e senadores do partido vai se beneficiando. O partido já projeta, sobre pesquisas internas, a eleição de até 95 parlamentares à Camara Federal de 2015-2018. Dilma, que ajuda a puxar a tropa, só tem a ganhar com o resgate dessa sustentação de base.
Mas não é apenas a política com seus números que estão fazendo os petistas a voltar a sonhar com a chance de liquidar a eleição já em 5 de novembro. É também a economia que os anima.
O IBC-Br, Índice de Atividade Econômica do Banco Central e um dos dados oficiais mais respeitados por analistas, apontou um crescimento de 1,50% no conjunto da economia brasileira em julho sobre julho. Não se um salto dessa dimensão desde junho de 2008. Na outra ponta da balança, o Caged exigiu a criação de 101 mil empregos com carteira assinada em agosto, totalizando 751 mil desde janeiro. Na comparação com períodos anterior, houve sim um declínio na geração de vagas, mas é certo que ela ainda é bastante positiva – e isso é o que conta para efeito de comunicação de massa e sentimento do eleitorado.
Nesse cenário, enquanto Aécio se mostra estacionado e Marina desce, não apenas para de crescer, Dilma apresenta uma trajetória ascendente em grandes eleitorados, como os do Rio de Grande do Sul e da estratégica região Nordeste. Ela ainda está, segundo as pesquisas, na frente de Aécio em Minas Gerais, parece perto de ampliar sua frente no Rio de Janeiro, em razão da polêmica a seu favor do pré-sal, mas ainda tem em São Paulo seu calcanhar de Aquiles. Se conseguir avançar no maior reduto tucano do País, Dilma pode estar feita presidente reeleita.
Noite de sábado com três acidentes sem maiores gravidades envolvendo motociclistas
                                                                                                   [imagem ilustrativa]
A equipe médica do SAMU, de plantão na noite deste sábado, 13, registrou três acidentes de trânsito envolvendo motociclistas. As ocorrências aconteceram no retorno da BR 316 no bairro Volta Redonda, nas proximidades do Terminal Rodoviário e na rodovia MA, próximo a entrada do balneário Veneza. Embriaguez e excesso de velocidade foram as causas  das pequenas colisões. 

Não conseguimos obter o registro dos nomes de nenhuma das pessoas envolvidas nos acidentes. Todos tiveram apenas leves escoriações e passam bem. O caso mais grave, em um dos acidentes, foi o do rapaz que fraturou o fêmur. 
Candidata a presidência Marina Silva (PSB) participa de comício esvaziado em Teresina (PI) 
com informações do G1

A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, atrasou-se por mais de três horas para um comício que estava marcado para as 20h deste sábado em Teresina (PI). A ex-senadora chegou ao local por volta das 23h20, quando a maior parte do público já havia ido embora.
Marina visitou quatro cidades de três estados diferentes neste sábado, por isso o último compromisso do dia, o quinto da agenda, acabou ocorrendo mais tarde do que previsto devido aos atrasos nos deslocamentos,  informou a assessoria.
A candidata começou o dia em um ato público no bairro Campos dos Velhos, na cidade de Sobral (CE) e seguiu para Campina Grande (PB), onde fez um comício no Parque do Povo. Na capital paraibana, João Pessoa, teve ainda dois compromissos: visitou o hospital filantrópico Padre Zé e participou de comício no bairro Mangabeira. O terceiro comício do dia foi o de Teresina.
A legislação eleitoral proíbe a realização de comícios entre meia-noite e 8h. O evento do qual Marina participou terminou às 00h20. A assessoria da candidata informou que a agenda se tratava de uma “reunião partidária” em local fechado, por isso não tem restrição de horário. Na agenda divulgada pela campanha, o evento consta como comício.
Marina Silva abriu seu discurso pedindo desculpas aos militantes pelo atraso e citou seu antecessor na cabeça da chapa do PSB, o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que morreu em um acidente aéreo há um mês.
“Muitas vezes, a persistência e a resistência servem de exemplo para a conquista dos objetivos. A permanência da militância até esse horário serve de vigília ao legado de Eduardo Campos, dando continuidade às suas propostas e vontade de mudar o país”, afirmou a candidata.
Mais cedo, Marina disse que este seria um dia de “trégua na campanha” em memória à morte de Campos, que completou um mês neste sábado. No comício em Teresina, porém, ela teceu críticas aos seus adversários na disputa ao Palácio do Planalto, em especial a Dilma Rousseff (PT).
A candidata do PSB criticou o fato de a presidente ainda não ter apresentado seu plano de governo e citou as denúncias de corrupção envolvendo a Petrobras. “Essa postura [de não ter plano de governo] se justifica porque ela [Dilma Rousseff] quer continuar indicando os diretores da Petrobras pelos critérios do roubo”, declarou.
Marina repetiu que vem sofrendo “calúnias e boatos”, mas que não responderá “na mesma moeda”. “Não vou usar as armas sujas que meus concorrentes estão usando”, disse. 
A candidata lembrou que entre os três primeiros colocados na disputa pela Presidência, ela tem o menor tempo de propaganda eleitoral. “Mesmo assim eles estão tremendo que nem uma vara verde”, rebateu.

A ex-ministra ainda criticou a postura do governo brasileiro diante da crise financeira internacional. Países desenvolvidos como os Estados Unidos, segundo ela, “fizeram o dever de casa” e atualmente conseguem reerguer a economia. “No Brasil, alguns ficavam dizendo que era apenas uma marolinha”, afirmou em referência ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Pela arrogância e incompetência de alguns, os brasileiros é que estão sofrendo com a inflação alta”, completou. A candidata, porém, não falou sobre a independência do Banco Central, tema defendido publicamente por ela e que vem sendo alvo de críticas do PT.