sexta-feira, 26 de outubro de 2018

'A virada já começou', diz Fernando Haddad (PT), em ato de campanha no Recife 


O candidato do PT à presidência da República, Fernando Haddad , afirmou que “a virada já começou”. Em ato na capital de Pernambuco, Recife, na tarde desta quinta-feira (25). Haddad lembrou que na cidade de São Paulo a campanha petista está na frente do candidato pelo PSL, Jair Bolsonaro. O candidato referiu-se à pesquisa Ibope que indica 51% dos votos válidos da capital paulista para ele, contra 49% para Bolsonaro.
Isso já é um sinal de que o Sudeste vai mudar de tendência. Somando com a maioria que a gente tem no Nordeste, pode nos possibilitar a vitória no domingo —, declarou Haddad, que destacou que os próximos três dias são fundamentais. “A população está nas ruas esclarecendo quem é o Bolsonaro, o que ele fez, o que ele fala, o que ele pensa. Ele só fala absurdos do Brasil, das mulheres, dos nordestinos, dos negros. É uma pessoa que não respeita ninguém. Espero que o povo brasileiro se faça respeitar derrotando Jair Bolsonaro”, enfatizou.
Haddad fez mais um aceno para Ciro Gomes, do PDT, que ficou em terceiro no primeiro turno as eleições presidenciais deste ano. O petista brincou e disse que até a sua esposa, Ana Estela, está com ciúme de Ciro.
“Até minha mulher está com ciúme do Ciro já, de tanto aceno que faço para ele. Quando eu chego em casa, ela fala e eu? Eu vou continuar fazendo aceno porque boto o Brasil acima de tudo. Não é com arrogância que nós vamos enfrentar o desafio que está posto. A gente tem que ter humildade diante da situação. Tem que partir de mim o exemplo. Como estou no segundo turno, tem que partir de mim esse gesto para demonstrar que nós vamos fazer um governo amplo. Ontem, liguei pro Carlos Lupi (Presidente nacional do PDT), falei longamente com ele. Falei para ele que compartilhe conosco esse momento da virada, lembrando a tradição de Brizola, que sempre esteve do lado certo. Temos três dias para virar o jogo. Com o Ciro fica mais fácil, mas vamos virar”, completou.
Para os eleitores indecisos, sobretudo os que não gostam do PT por causa das denúncias de corrupção, Haddad afirmou que “entre erros e acertos, os governos do PT mudaram as vidas de dezenas de milhões de pessoas”.
“Vamos corrigir os erros e manter os acertos. Agora transformar acerto em erro não dá. O Bolsonaro já se comprometeu com a política econômica do Temer, por exemplo. Essas pessoas acham que a política econômica do Temer está dando certo? Ele já até convidou o DEM pro governo. Isso é o caminho pro desastre”, dissse.
Sobre aumentar o salário mínimo e reduzir o preço do gás de cozinha, medidas que estariam sendo interpretadas por eleitores de Bolsonaro como populistas, Haddad afirmou que quem precisa explicar populismo é o candidato do PSL.
“Ele recomendava aos beneficiários do Bolsa Família comerem capim. Era assim que ele trata. E agora quer dar décimo terceiro pro Bolsa Família. Ele que sempre foi contra. Incoerência completa. Nós sempre achamos que o poder de compra das pessoas é que iria recuperar a economia”, afirmou.
Flavio Dino: "Mentiras contra nosso governo é estratégia para tirar votos de Haddad"


O governador Flávio tem reagido nas redes sociais aos constantes ataques contra sua administração, em mais uma tentativa dos adversários para tirar votos do candidato Fernando Haddad, que tem crescido nas pesquisas na reta final da campanha e já ameaça o já ganhou dos aliados e do candidato da direita, Jair Bolsonaro.
“No Maranhão, desde anteontem espalham uma enxurrada de mentiras contra o nosso Governo. Claramente um movimento tentando tirar votos de Haddad no domingo. Inventaram “funcionário fantasma”, redução de salários etc etc. A indignidade que todos já conhecem e não acreditam”, postou o governador.
Dino critica ainda o fato do candidato do PSL ter fugido de todas os debates que estavam programados pelas emissoras de TV, segundo ele numa atitude covarde e indigna de que pretende ser presidente da República.
O general Heleno, tentando justificar a ausência de Bolsonaro nos debates, disse que ele não participa por medo de ataque terrorista e o governador questiona: “E alguém que tem medo de debate e de “ataque terrorista” pode ser Presidente do Brasil ??? Acho que não é cargo a ser exercido por covardes”

Liberdades em risco: Folha de São Paulo pede proteção à PF por ameaças a profissionais após reportagem sobre Bolsonaro 


UOL – A Folha de S.Paulo entrou com uma representação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nessa terça-feira (23) pedindo à Polícia Federal a instauração de inquérito para apurar ameaças contra a jornalista Patrícia Campos Mello e o diretor do Datafolha, Mauro Paulino. Os ataques, segundo o jornal, começaram após a publicação, na última quinta-feira (18), da reportagem “Empresários bancam campanha contra o PT pelo WhatsApp”.
Para a Folha, há indícios de uma ação orquestrada com tentativa de constranger a liberdade de imprensa. De acordo com o jornal, Patrícia, que é autora da reportagem, recebeu centenas de mensagens nas redes sociais das quais participa e por e-mail. Outros dois repórteres que colaboraram para a reportagem foram vítimas de mensagens difamatórias.
Apenas entre sexta-feira (19) e essa terça (23), um dos números de WhatsApp mantidos pelo jornal recebeu mais de 220 mil mensagens de cerca de 50 mil contas do aplicativo. O candidato a presidente do PSL, alvo da reportagem, também fez ameaça à Folha. “A Folha de S.Paulo é a maior fake news do Brasil. Vocês não terão mais verba publicitária do governo. Imprensa vendida, meus pêsames”, atacou.
A matéria da Folha diz que empresários ligados a Bolsonaro contrataram empresas para disparar, de maneira ilegal, mensagens com ataques contra o PT. A prática, se comprovada, configura crime.
Para o diretor do escritório da ONG Repórteres Sem Fronteiras na América Latina, Emmanuel Colombié, “os ataques do candidato Jair Bolsonaro e de seus apoiadores contra o jornal Folha de S.Paulo são inaceitáveis e indignos de um partido que pretende governar o país”.  O Comitê para a Proteção dos Jornalistas também se manifestou pedindo às autoridades brasileiras que garantam segurança aos dois profissionais.
WhatsApp hackeado
Segundo a Folha, o WhatsApp de Patrícia foi hackeado. Parte das mensagens mais recentes dela foi apagada e mensagens pró-Bolsonaro foram disparadas para alguns dos contatos da agenda telefônica da jornalista.
Patrícia também recebeu duas ligações telefônicas de número desconhecido nas quais uma voz masculina a ameaçou. Em grupos de apoio ao presidenciável do PSL foram distribuídas mensagens convocando eleitores do capitão reformado para confrontar Patrícia no endereço onde aconteceria um evento que seria moderado por ela, na próxima segunda-feira (29), um dia após a eleição.
Além de Patrícia, outros dois repórteres que colaboraram para a reportagem, Wálter Nunes e Joana Cunha, também foram alvo de um meme falso. O outro profissional que entrou na mira de apoiadores de Bolsonaro foi o diretor-executivo do Datafolha, Mauro Paulino, que foi alvo de ameaças, no seu Messenger e em sua casa.
Ainda foram disseminadas nas redes sociais uma mensagem com conversa fictícia entre Patrícia e o coordenador da campanha de Haddad, José Sergio Gabrielli, pela qual ele teria encomendado a reportagem, e uma foto com uma mulher desconhecida abraçada a Haddad, como se fosse a jornalista.