domingo, 15 de abril de 2018

Lula tem 31%, Bolsonaro, 15%, Marina, 10%, aponta pesquisa Datafolha 


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera corrida à Presidência da República com 31% das intenções de votos no melhor cenário, mas viu a diferença diminuir em relação aos seus principais adversários após ser preso pela Operação Lava Jato, segundo pesquisa divulgada no início da madrugada deste domingo (15) pelo Datafolha. No fim de janeiro, no levamento anterior, o petista tinha até 37%. 

O levantamento divulgado neste domingo é o primeiro após Lula ter sido preso. A pesquisa foi realizada entre quarta-feira (11) e sexta-feira (13) – Lula foi preso no sábado (7), após se entregar na sede da Polícia Federal, em Curitiba. 

O PT ainda considera o ex-presidente candidato do partido ao Planalto e diz que irá registrá-lo dia 15 de agosto. A condenação em segunda instância, no entanto, faz com que Lula se enquadre na Lei da Ficha Limpa. O registro depende de aprovação do Tribunal Superior Eleitoral. 

O Datafolha traçou 9 cenários na corrida presidencial. Lula aparece em três deles e oscila entre 30% e 31%, à frente do deputado Jair Bolsonaro (PSL), que varia entre 15% e 16%, e Marina Silva (Rede), com 10%. Nos outros seis cenários, sem a presença do ex-presidente, Bolsonaro e Marina Silva aparecerem tecnicamente empatados. O deputado federal lidera com 17% e a ex-ministra oscila entre 15% e 16%. 

Em todos os cenários, o instituto de pesquisa colocou o nome do ex-ministro do STF Joaquim Barbosa, apontado pelo seu partido, o PSB, como pré-candidato ao Planalto. Barbosa, que ainda não admitiu publicamente se será ou não candidato, oscila entre 8% e 10% das intenções de voto. Já o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, pré-candidato do PSDB, aparece com 6% e até 8% no melhor dos cenários.

O Estado de São Paulo 
Caso Mariano: advogados dizem que médico estaria sendo pressionado a delatar 


O escritório Rigueira, Amorim, Caribé, Caúla & Leitão – Advocacia Criminal, que defendia o médico Mariano de Castro no processo decorrente da Operação Pegadores, declarou neste sábado (14), por meio de nota, que o seu cliente – encontrado morto no apartamento em que cumpria prisão domiciliar, em Teresina – “poderia estar sendo vítima dos infortúnios psicológicos da atualidade, onde se reforça o uso de pressões a favor da delação como mecanismo de suporte à investigação”.
Segundo os defensores, o acusado de ser o operador do esquema que desviou mais de R$ 18 milhões da Saúde do Maranhão já aguardava o julgamento de um habeas corpus, com parecer favorável do Ministério Público Federal, “para que ele pudesse trabalhar e sustentar sua família”.
Sobre os escritos atribuídos a Mariano, os advogados referem-se como “suposta carta por ele escrita sobre fatos investigados”.
Veja abaixo a íntegra do comunicado.
“É com imenso pesar que o Escritório Rigueira, Amorim, Caribé, Caúla & Leitão – Advocacia Criminal, recebeu a notícia do falecimento de Mariano de Castro Silva, investigado na Operação Sermão aos Peixes, após a divulgação midiática de suposta carta por ele escrita sobre fatos investigados.
Mariano ficou preso preventivamente após fase ostensiva da operação, posteriormente foi colocado em prisão domiciliar e, atualmente, tramita Habeas Corpus a seu favor perante o Superior Tribunal de Justiça.
O processo estava pronto para julgamento e contava com parecer favorável do Ministério Público Federal, no sentido de revogar a domiciliar, para que ele pudesse trabalhar e sustentar sua família.
Relembramos, ainda, que Mariano foi o único que ficou preso dentre as pessoas que foram presas ao se deflagrar a Operação e poderia estar sendo vítima dos infortúnios psicológicos da atualidade, onde se reforça o uso de pressões a favor da delação como mecanismo de suporte à investigação.
No mais, expressamos nossas condolências à família de Mariano neste momento de dor e sofrimento”