sábado, 8 de março de 2014

Eleições 2014 - O futuro de Luis Fernando 


Não é tão simples a situação política do secretário de Infraestrutura, Luis Fernando.
O pré-candidato a governador pelo PMDB estava tranquilo em São José de Ribamar onde reinava absoluto como prefeito da cidade, quando, numa jogada ousada da governadora Roseana Sarney, foi convocado para deixar a prefeitura e assumir a chefia da Casa Civil do Governo do Estado.
No início da sua nova empreitada, meio que preso na burocracia do cargo e ainda estreante no jogo político real, Luis Fernando foi deslocado para comandar a pasta da Sinfra onde passou a ter mais dinamismo administrativo e maior contato com a classe política, tanto que atualmente pode comemorar o fato de ter superado o primeiro grande desafio rumo ao projeto de governador: ser conhecido em todas as regiões do Maranhão.
Mesmo que ainda não esteja “lá em cima” nas pesquisas, não se pode negar que atualmente o pré-candidato governista é um politico de projeção estadualizada. Isso é fato!
Mas se por um lado a governadora Roseana conseguiu levar o nome “Luis Fernando” aos quatro cantos do estado, por outro padece para urgi-lo  governador no processo de eleição indireta na Assembleia Legislativa.
Tudo foi pensado: zignal em Ricardo Murad na eleição para a presidência do Poder Legislativo; descolocamento do vice-governador Washington Luiz para o TCE; projeto de lei disciplinando a eleição indireta, entre otras cositas más. …
Tudo foi pensado, ou melhor quase tudo.
O Palácio dos Leões esqueceu de combinar o jogo com presidente Arnaldo Melo e os demais eleitores do colégio parlamentar que pode eleger Luis Fernando governador antes de outubro.
Esquecerem ainda que eleitor é eleitor: uns votam por convicções, outros por atenção, alguns através de pedidos, tantos outros por uma “ajudinha” e ainda há aqueles que votam na base da “faz-me-rir”. E isso ão é diferente no caso do 42 eleitores que votam na “seção eleitoral” localizada no Palácio Manoel Bequimão, ali no Sítio do Rangedor.
Está claro que a governadora confiou além da conta na força dos Leões e agora parece que corre atrás do tempo perdido.
No meio dessa indefinição cruel, ele, nosso querido Luis Fernando, que poderá ter muita, mais muita dor de cabeça até o final dessa novela protagonizada por Roseana Sarney e Arnaldo Melo.
O cenário ideal ainda é concorrer sentado na cadeira de governador, mas Luis Fernando pode contar com outras possibilidades, umas, inclusive, inimagináveis até para o mais astuto dos observadores políticos.
Portanto, vale a pena aguardar os últimos capítulos dessa trama política maranhense.
blog do Robert Lobato
Dia Internacional da Mulher: data resgata a luta por direitos


Relatos dão conta de que a data teria surgido depois de um incêndio em uma fábrica têxtil de Nova York, em 1911, quando, aproximadamente, 130 operárias morreram carbonizadas. A história mostra, porém, que já no fim do século 19, as movimentações feministas eclodiam nos Estados Unidos e em países da Europa.
A professora e pesquisadora de gênero da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Meire Ferreira, conta, em entrevista a um Portal de noticias que, na época, as mulheres sofreram repressão, mas o fato em Nova York contribuiu para o fortalecimento da discussão. “Ganhou força a luta pelo direito à cidadania, pelo direito de voto. De lá para cá, o mundo começou a intensificar essa manifestação política. Daí, os países foram legalizando esses direitos”, explicou a pesquisadora que, também, está à frente do Fórum maranhense de Mulheres, responsável pela articulação de todos os grupos de feministas de São Luís.
No Brasil, os primeiros movimentos em prol dos direitos das mulheres começaram por volta da década de 1920. Conquistando aos poucos cada vez mais espaço, em 1932, as brasileiras conseguiram o direito de votar. Mas, de acordo com a pesquisadora, foi somente com a promulgação da Constituição de 1988 que “as mulheres foram, efetivamente, ouvidas”.
A data 8 de março foi reconhecida, oficialmente, pela Organização das Nações Unidas (ONU) somente em 1977. Para a Meire, é uma data histórica e simbólica. “Retrata a luta por direito das mulheres”, destaca.
A pesquisadora ressalta que apesar do todo o caminho de vitórias já percorrido, muito ainda pode ser conquistado pelas mulheres. “Vive-se um momento de implementação. Temos um plano avançado, mas existem lacunas e entraves que dificultam os trabalhos”, diz.
Segundo ela, mais importante que a estrutura criada para amparar as vítimas de violência doméstica, por exemplo, é preciso que exista um ousado programa de cultura. “Nós temos vários organismos para punir, mas continua a violência. É preciso políticas de educação e cultura, que formem uma nova mentalidade nas escolas e nas famílias”, acrescenta.
Ela lamenta, também, a distribuição do poder no país. “Apenas 12% do poder está nas mãos das mulheres. O poder ainda é, extremamente, masculino. Isso contribui para que as mudanças não aconteçam”, conclui.