Novo chefe da Justiça Eleitoral quer manter data das eleições, mas admite adiamento
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Luis Roberto Barroso assumiu o TSE admitindo que eleições poderão ser adiadas |
Antes vistas como fato a ser consumado rigorosamente dentro do calendário já estabelecido, que prevê sua realização no dia 7 de Outubro, as eleições municipais poderão, de fato, ser adiadas, dependendo dos desdobramentos da epidemia de covid-19, causada pelo novo coronavírus. Essa possibilidade foi admitida ontem pelo novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luiz Roberto Barroso. Há cerca de duas semanas, perguntado sobre o assunto, Luiz Roberto Barroso, o então vice-presidente do TSE, respondeu taxativamente que não havia qualquer possibilidade de adiamento das eleições, posição ratificada naquele momento pela presidente da corte, ministra Rosa Weber. Ontem, após ser eleito, o novo chefe maior da Justiça Eleitoral mudou o discurso, admitindo o adiamento. Luiz Roberto Barroso, no entanto, foi taxativo que em princípio o calendário das eleições está mantido, com a ressalva de que, se houver alteração na data do pleito, o adiamento será pelo menor período de tempo possível. E fundamentou sua preocupação no mais consistente dos argumentos: o Brasil é uma democracia, e uma democracia não pode abrir mão de eleições, que são a base da sua sobrevivência. Ou seja, com coronavírus ou sem coronavírus, os brasileiros irão às urnas para escolher prefeitos e vereadores, se não no dia 7 de Outubro, numa data que não seja distante daquela. Os pré-candidatos, portanto, não devem baixar a guarda por causa da pandemia.
Repórter Tempo