Justiça bloqueia bens e prorroga prisão de envolvidos com agiotagem
Os prefeitos, ex-prefeitos, agiotas e os demais presos nas operações
“Maharaja” e “Morta Viva” terão mais problemas com a Justiça. O
desembargador Raimundo Melo, do Tribunal de Justiça (TJ) do Maranhão,
deferiu pedidos do Ministério Público e da Polícia Civil, e autorizou o
bloqueio de aproximadamente R$ 7 milhões nas contas do agiota Josival
Cavalcanti, o Pacovan.
O bloqueio dos valores ocorreu, de acordo com o delegado geral da
Polícia Civil do Maranhão, Augusto Barros, por penhora on-line, em
contas de pessoas jurídicas registradas em nome de Pacovan. Ele não
tinha nada em contas pessoais. Além disso, uma parte do dinheiro foi
resgatada na conta de uma funcionária do agiota. Além do dinheiro, foram
apreendidos cheques e veículos em poder dos acusados.
Pacovan é acusado de integrar, segundo a Justiça, uma “grande
organização criminosa”, formada, ainda, pelos prefeitos de Bacuri
(foto), Nixon dos Santos (PMDB), e de Marajá do Sena, Edvan Costa (PMN);
o ex-prefeito de Zé Doca, Raimundo Nonato Sampaio, o Natim (PSC), e o
ex-prefeito de Marajá do Sena, Perachi Farias; e José Epitácio Muniz, o
Cafeteira.
O desembargador Raimundo Melo também deferiu a prorrogação das prisões temporárias dos investigados.