sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Equipes da Policia Militar, SAMU, PRF e Corpo de Bombeiros são mobilizadas através de - trote -

                                                                        (BR 316 - imagem ilustrativa)
Equipes da Policia Militar, SAMU, Corpo de Bombeiros e PRF foram mobilizadas na noite desta quinta-feira (09) para atender uma “ocorrência”.

A solicitação teria partido através de uma informação, afirmando que próximo ao povoado Descanso, localizado as margens da BR 316 teria acontecido um acidente provocado por assaltantes que supostamente estariam agindo na estrada assaltando os veículos que trafegavam nos dois sentidos: Caxias/Teresina e vice-versa. 

Os setores operacionais das companhias encaminharam viaturas já que a solicitação afirmava que o suposto acidente teria sido de consequências graves e com possíveis vitimas. 

Apesar de todo aparato disponibilizado para o atendimento, as equipes constataram  que tudo não passou de um trote. No trajeto até o povoado Descanso foram encontrados apenas veículos que viajavam no sentido Teresina/Caxias que tiveram os pneus furados com pregos ou algo semelhante colocado na estrada. 

Lamentavelmente o que se viu na estrada foi uma irresponsabilidade sem tamanho levando-se em consideração que “trote” é algo muito sério, principalmente se direcionado a Polícia Militar, PRF, Samu  e Corpo de Bombeiros.

A atividade, também é tipificada como crime, atrapalha muito. Por mais que as pessoas sejam capacitadas para atender as ligações da população a geração de um chamado, mesmo em caso de dúvidas, origina a necessidade da busca pela sua veracidade as vezes sendo preciso o deslocamento  das equipes de segurança e socorro. 

O que aconteceu na noite de ontem (09) criou uma série de transtornos, desde a despesa com combustível, a operacionalização de viaturas de forma desnecessária e por algumas horas a limitação para atendimento a outros casos e também para outras pessoas que realmente precisavam de atendimento. 

O inspetor Lindomar (PRF) e a sociedade local repudia este tipo de atitude e caso a pessoa ou as pessoas sejam identificadas poderão ser autuadas para responderem pelo ato criminoso. 

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Quanta hipocrisia da oposição. Naquele tempo, eram sushis e prossecos…

O blog republica abaixo, matéria de Veja do dia 31 de março de 2004. Era o governo José Reinaldo Tavares (hoje no PSB), controlado com mão de ferro por sua ex-mulher, Alexandra Tavares. É apenas uma mostra de que é praxe nos governos a compra de iguarias para atender a dispensa dos palácios. Se hoje falam-se de lagostas, naquele tempo eram sushis e sashimis – e os indefectíveis prossecos armazenados na banheira da suíte governamental, usada como boite aos domingos. Época em que os aliados dos Tavares – entre eles o chefão comunsita Flávio Dino, eu candidato a deputado – se regozijavam nos salões. Os mesmos que hoje criticam as compras do Palácio dos Leões. Quanta hipocrisia

Edição 1847 . 31 de março de 2004

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A imperatriz do Maranhão
Ex-aeromoça, neófita na política e festeira de
arromba, a primeira-dama Alexandra Tavares
tem tirado o sono do clã Sarney

Daniela Pinheiro, de São Luís
Oscar Cabral
Alexandra � paisana e de mulher-gato com o governador: “Estamos fazendo a nossa pol�tica”
Quem dá as cartas no governo do Maranhão é a primeira-dama Alexandra Tavares, 31 anos, ex-aeromoça da TransBrasil, mulher do governador José Reinaldo Tavares, 34 anos mais velho. É ela quem despacha com secretários, recebe vereadores e prefeitos, escuta lideranças comunitárias e, recentemente, passou até mesmo a controlar o caixa do Estado. Enquanto a agenda de compromissos do governador se encerra às 7 da noite, a de Alexandra costuma varar a madrugada. Nomeada secretária de Solidariedade Humana, mas com o aval do marido para mandar e desmandar no resto do governo, ela ficou conhecida como “A Grande” em referência a “Alexandre, o Grande”, o jovem déspota macedônio, o maior líder militar da Antiguidade. Fã incondicional de música tecno, aquela tocada em raves, Alexandra também é notória organizadora de animadas festas no suntuoso Palácio dos Leões, a residência oficial do governador, nas quais costuma dançar até as 5 da manhã. “Eu amo me divertir, a-mo. Como não saio para boates, faço as coisas aqui mesmo. Aqui é a minha casa. Tenho esse direito”, afirma. Tanta personalidade acabou por reverberar numa seara até então imaculada da vida maranhense: o poder e a tradição da família Sarney, que há quatro décadas domina a política local e, como era de esperar, torce o nariz para tanta independência.
A relação dos Sarney com o casal é antiga. José Reinaldo escreveu sua biografia política pelas mãos de José Sarney. Ocupou grandes cargos da burocracia pública sempre apadrinhado pelo ex-presidente. Até 2002, era o vice da então governadora Roseana Sarney. De temperamento calmo, discreto e conciliador, José Reinaldo era considerado o vice perfeito: não se metia se não fosse chamado, era fidelíssimo à família e jamais deu um passo sem consultar o padrinho. Por essas razões, foi cogitado como o nome ideal para substituir Roseana. Para os Sarney, José Reinaldo no governo significava a continuidade de poder. Era para ser assim. Mas, nos últimos meses, a ligação tão estreita se abalou por atitudes de Alexandra que irritaram os Sarney. Ela resolveu demitir funcionários nomeados por Roseana, suspender pagamentos de contratos com empreiteiras para redefinir prioridades e anunciou mudanças significativas no quadro de secretários. O estopim da crise ocorreu há três semanas, depois de ela ter declarado não apoiar o cunhado de Roseana, Ricardo Murad, à prefeitura de São Luís, contrariando um acordo partidário fechado com as lideranças locais e com o próprio governador. “Não apóio. Ele não merece a prefeitura. E não vou me calar. Ninguém enfia nada na minha goela. Não admito que me mandem fazer isso, pensar aquilo”, afirmou. Foi o caos. José Sarney pediu ao marido para acalmá-la. Ele não conseguiu. “Chega de falarem que Zé Reinaldo é banana, que é pau-mandado. As brigas que eu compro são para ele se impor. Ele é o governador. Foi legitimamente eleito”, disse ela a VEJA na quarta-feira passada. “Não estamos roubando, não estamos matando. Estamos fazendo a nossa política. Estamos nos impondo, não tenho medo de cara feia.”
Apesar de nunca ter havido uma desavença pública, a tensão entre os Sarney e Alexandra é evidente. Eles a consideram “sob controle”, mas ousada demais para alguém que só “existe” até as próximas eleições, em 2006. O candidato ao governo é Zequinha Sarney, irmão de Roseana. Apesar de não admitir um futuro político, Alexandra sabe que poderia tentar uma candidatura própria � já que até a oposição, depois das críticas à turma sarneyzista, parece ter ficado a seu lado. De fato, a desenvoltura de Alexandra na vida pública é um espanto para quem há onze anos mal sabia citar o nome de um ministro. Nascida em Brasília, numa família de classe média baixa, ela jamais teve contato com o mundo político. Aos 19 anos, era comissária de bordo. Foi durante um vôo que ela conheceu o então deputado José Reinaldo. Mantiveram um romance secreto (ele era casado) por quase um ano. Casaram-se, ela entrou na faculdade de direito e tiveram três filhas. Em 2000, o casal se separou por um ano depois de uma onda de boatos pessoais publicados em toda a imprensa local. “Foi ali que eu amadureci. Inventaram o que quiseram de mim. Hoje vejo que era para liquidar Zé Reinaldo, que tem uma reputação ilibada. Por isso, não admito mais nenhum controle sobre a nossa vida”, diz. O casal se reconciliou e Alexandra abraçou firme a campanha do marido. Ela chegou a reunir 15.000 mulheres em uma praça de São Luís. “Ali, passei a fazer política, mas a minha política. Não essa que está aí: dissimulada e corrupta”, diz.
Alta, magra, bonita, 215 mililitros de silicone em cada seio, barriga lipada, Alexandra não abandonou o gosto das mulheres de sua idade: o pendor para festas. Só para comemorar seu aniversário e o do governador, há duas semanas, promoveu três eventos: um almoço em família, uma festinha para vinte amigos íntimos em um dos quartos de hóspedes do palácio (a banheira da suíte fez as vezes de balde de gelo e foi preenchida com garrafas de prosecco para que os convidados se servissem à vontade) e uma festa para 600 pessoas. Em outubro, parou a cidade com seu baile de Halloween, no qual se vestiu de mulher-gato e colocou uma gravata estampada com caveiras no governador. Os desafetos afirmam que a festança é sempre paga com dinheiro público. Pelo Diário Oficial do Estado, entre outubro e janeiro deste ano o governo gastou 196.000 reais somente com bufês de comida japonesa. “Só nas comemorações oficiais, como o aniversário do governador, o réveillon e o Natal, por exemplo, usamos a dotação orçamentária”, diz. Para as demais, como o batizado de bonecas das filhas, o Dia das Bruxas ou o aniversário da melhor amiga, ela mostra as notas fiscais. “Tenho tudo numa pasta. Quero ver o engraçadinho que vem dizer que gasto dinheiro público com isso”, diz. Mas avião oficial usa, sim. Recentemente, o casal foi para o Rio de Janeiro assistir ao show do DJ inglês Fatboy Slim no jatinho do governo. “Zé Reinaldo tinha uma reunião no Rio na sexta-feira. Por isso fomos com o jato”, diz. O show foi no domingo.

blog do Marco Deça