sexta-feira, 27 de junho de 2014

Garis devolvem ingresso da Copa achado no chão e FIFA os premia

Gentileza gera gentileza e boas ações merecem retribuição. Mas o que os garis Valdir Tavares, 41 anos, e Nilton Rodrigo, 19 anos, não sabiam é que a boa ação deles teria uma reação positiva tão rápida. Trabalhadores da limpeza do entorno da Arena da Baixada, em Curitiba, eles foram convidados especiais da Fifa para assistir a partida entre Argélia x Rússia, nesta quinta-feira (26).
O que motivou o convite foi o gesto que tiveram ao encontrar um ingresso no chão, na última sexta-feira pouco antes do jogo entre Honduras x Equador.
- Eu nunca tinha visto um e não sabia. Daí o Nilton falou que era o ingresso. Pensamos na hora em levar para alguém e avisar que ele foi perdido.
Diante do ingresso, a reação imediata foi procurar algum responsável para encontrar o dono. No meio da confusão pré-jogo, com milhares de pessoas indo e vindo em frente à Arena da Baixada, os garis encontraram um responsável da Fifa e contaram a situação. Ao mesmo tempo, o dono do ingresso, um estrangeiro, procurava por informações
- Ele viu a gente, se aproximou e disse que era o dono. Ele ficou tão feliz que beijava o ingresso, lembra Valdir.
Após a atitude, o dono do ingresso pode ver a partida. Ele ainda deu uma recompensa de R$ 50 para Valdir, que fez questão de dividir com o parceiro. Os garis, por sua vez, retomaram o trabalho normal e esqueceram a história. O dia seguiu normal para os dois e feliz para o torcedor esquecido que encontrou uma dupla de anjos da guarda.
Até esta quinta-feira, quando eles chegaram para trabalhar como de costume, o assunto parecia resolvido. Mas pouco antes do jogo de Argélia x Rússia foram surpreendidos com um presente: dois ingressos para assistir a partida.
Os dois contaram não ter ideia que iriam assistir o jogo na Arena da Baixada quando chegaram para trabalhar nesta quinta. Estavam com a roupa de trabalho e, com apenas uma camiseta por cima, foram para as cadeiras. 
Questionado se, nem por um minuto, não pensaram em vender ou usar o ingresso encontrado  na partida anterior, Valdir foi taxativo.
- Meu pai me ensinou e falo para o meu filho. O que é da gente, é da gente. O que não é, não é. Pode ser um tênis, um celular ou um ingresso de jogo. 
com informações do G1