sexta-feira, 21 de julho de 2017

Ex-presidente da CBF pode entrar na lista de procurados pela Interpol 

A relação de amizade e negócios dos mais variados possíveis entre Ricardo
Teixeira e Fernando Sarney é quase que umbilical     
A Procuradoria-Geral da República recebeu nesta quarta feira (19) o comunicado oficial de autoridades Espanholas de que foi feito pedido de prisão do ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ricardo Teixeira, amigo de longas datas do empresário maranhense Fernando Sarney – atual vice presidente regional da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e representante da entidade junto a Fifa.
Teixeira também teve ordem de prisão emitida nos Estados Unidos em 2015. Nos Estados Unidos, Ricardo Teixeira é acusado de fraude, lavagem de dinheiro e de recebimento de propina para beneficiar empresas de marketing esportivo, no chamado ‘caso Fifa’.
 A acusação na Espanha é de que Teixeira cometeu lavagem de dinheiro de comissões ilícitas obtidas com a venda de amistosos de seleção brasileira de futebol. Segundo as investigações o ex-presidente montou uma organização criminosa com Sandro Rossel, ex-presidente do Barcelona, que está preso há quase dois meses.
Agora, a Procuradoria Geral vai pedir o compartilhamento do processo para, também, investigar Teixeira. Havendo investigação no Brasil, Teixeira pode ser denunciado, processado e condenado, no país. Pelas leis brasileiras um cidadão nascido no Brasil não pode ser extraditado, mesmo que seja condenado em outro país.
Ricardo Teixeira foi presidente da CBF entre os anos de 1989 e 2012. Foi substituído por José Maria Marin, preso em 2015 por de corrupção na Fifa.
Em abril de 2014, o empresário Fernando Sarney foi reeleito vice presidente regional da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para o mandato entre 2015/2019. Antes de ser eleito vice, em 2004, Fernando já era ligado à entidade máxima do futebol brasileiro em outros cargos. Sua relação com a organização começou em 1998, quando ele assumiu como Diretor de Relações Governamentais (ou Institucionais) da CBF, exatamente durante os tempos do auge de Ricardo Teixeira.