quinta-feira, 12 de junho de 2014

A origem do Dia dos Namorados
Saiba por que a data supostamente romântica é pouco necessária para a manutenção dos relacionamentos 

Muito mais do que uma simples troca de presentes, bombons ou cartões de amor, o Dia dos Namorados movimenta e aquece o comércio todos os meses de junho. No Brasil inteiro, é uma data bastante explorada pelas lojas e empresas, que fazem questão de mostrar ao consumidor que ele só será feliz se tiver um par com quem possa sair para jantar ou trocar presentes caros e valiosos. Será que isso é verdade? Ao contrário do que muitas pessoas pensam, esse dia não tem nada de romântico. A data não é oficial e a prova disso é que, em ano de Copa do Mundo, houve até quem quisesse alterá-la. Tudo para não coincidir com o dia da abertura do Mundial e gerar prejuízos financeiros no mês dedicado ao amor puramente comercial. A origem também revela que a comemoração acontece em outros países em uma data diferente. Por esses e outros motivos, listei cinco mitos sobre o Dia dos Namorados, para que você descubra que ele não é exatamente aquilo que você está acostumado a acreditar (mesmo que muitos ainda tentem convencer você do contrário).

Datas diferentes 
Em países como Estados Unidos, Canadá e Austrália, o Dia dos Namorados é celebrado em 14 de fevereiro. A origem da data é antiga e relembra o aniversário de morte de São Valentim. Ele viveu durante o século II, período em que o imperador romano Claudio II proibiu casamentos por acreditar que os homens solteiros e sem responsabilidades familiares eram soldados mais valentes e audaciosos. Valentim,que era um sacerdote, contrariou a  decisão do imperador e passou a realizar casamentos de forma clandestina. Claudio II, ao descobrir o desacato, mandou prender Valentim e o condenou a morte. Antes de ser decapitado, o sacerdote recebeu muitas cartas e flores de muitos jovens que acreditavam no amor.

A origem da data no Brasil 
Na maioria dos países, a comemoração dos casais é celebrada no dia de São Valentim. No Brasil, a ideia de celebrar o Dia dos Namorados foi criada no final da década de 1940 por um grupo de comerciantes paulistas que estavam insatisfeitos com as baixas vendas no mês de junho. Para resolver o problema e aumentar os lucros, o publicitário João Dória criou o slogan - não só de beijo vive o amor -  O dia 12 foi escolhido por ser véspera do dia de Santo Antonio [13], conhecido no Brasil como santo casamenteiro. Desde então, o Dia dos Namorados é uma das datas mais lucrativas no comercio nacional e movimenta milhões todos os anos. 

Dedicação 365 dias 
Viva diariamente um relacionamento especial. Não espere o Dia dos Namorados para declarar o seu amor. Uma relação saudável é aquela celebrada sempre, independentemente de datas comemorativas. Isso não significa dizer que é preciso fazer festa todos os 365 dias do ano, mas dedicar-se sempre a relação é indispensável para que ela perdure por anos. Para que esperar uma data criada para todos os casais se você pode surpreender o seu namorado ou namorada hoje, amanhã ou depois? Um jantar especial, uma viagem ou uma visita a um local inesquecível não precisam de datas festivas para acontecer.   

Antes só que mal-acompanhado
Há quem corra atrás de um par qualquer só para não passar o dia 12 de junho sozinho ou sozinha. Será que vale tudo para ter um par, até mesmo aceitar compromisso com uma pessoas que não se gosta? Gaste tempo e energia dedicando-se a encontrar a pessoa adequada, em vez de arriscar uma relação com uma pessoa errada a qualquer custo. 

A Copa e o prejuízo 
Este ano, o Dia dos Namorados acontecerá na mesma data de estréia da Copa do Mundo. Alguns empresários preocupados com a possível queda nas vendas sugeriram alteração na data dedicada aos casais. Se a data fosse tão importante, será que ela poderia ser modificada? Será que os lucros são mais importantes do que a felicidade dos namorados? Mudanças desse tipo para evitar prejuízos só mostram o quanto a data é importante para o comércio. E para os casais? É mais uma prova de que a preocupação não é o fortalecimento ou a manutenção das relações, mas unica e exclusivamente o lucro.