quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Parcela da divida externa herdada de Roseana Sarney daria para construir 522 escolas dignas 

Escolas de taipa, barro e palha foi mais uma herança deixada pelos governos da oligarquia
Os governos da oligarquia Sarney deixaram como herança, além de uma legião de indigentes no interior do Maranhão, dívidas que estão impedindo a atual administração estadual, por exemplo, acabar com a vergonha da Educação do Estado: 1097 escolas de taipa, barro e palha herdadas da gestão da ex-governadora Roseana (PMDB).

Na última quarta-feira (20), o Estado pagou a parcela semestral de R$ 183 milhões do empréstimo contraído por Roseana junto ao Bank of América no valor de US$ 661, 9 milhões, o equivalente, na época, a R$ 1, 4 bilhão, dinheiro esse que seria utilizado para pagamento de uma outra dívida com a União.

A dívida externa do Estado vem sendo quitada mediante pagamento de parcelas semestrais e de acordo com a variação do dólar. Para se ter uma ideia do que isso representa, em janeiro de 2015, o Governo do Maranhão pagou R$ 120 milhões, enquanto em janeiro deste ano o valor da parcela, devido a disparada da moeda americana, foi da ordem de R$ 183 milhões.

Com esse dinheiro pago para amortizar a dívida externa, levando-se em consideração o valor médio cobrado pelas empreiteiras pela construção de uma escola do programa “Escola Digna”, cerca de R$ 350 mil, daria para riscar do mapa da educação do estado nada menos que 522 escolas de taipa das 1097 herdadas da gestão Roseana Sarney.

Levando-se em consideração a crise econômica que vem atravessando o país e consequente estados e municípios, o Governo do Maranhão tem feito um sacrifício muito grande para honrar o compromisso de uma dívida absurda e que não resultou em qualquer benefício para o Estado, apenas o deixou livre para contrair um novo empréstimo com o BNDES.

Da dívida externa contraída por Roseana ainda falta pagar cerca de 15 parcelas de acordo com a variação do dólar, dinheiro esse que deveria servir para acabar com a vergonha de ver crianças estudando em escolas de chão batido, insalubres e sem estrutura para um ensino de qualidade.

Apesar das dificuldades de ordem financeira, agravada por conta do pagamento destas parcelas da dívida externa, com recursos próprios, a atual gestão tenta recuperar o tempo perdido e promete entregar até o fim de 2018 cerca de 300 escolas dignas, onde existiam casebres, quando já poderia está anunciando o fim de mais uma herança maldita herdade do governo que antecedeu.

fonte: Blog do Jorge Vieira