quinta-feira, 6 de junho de 2019

Cortes na educação podem levar a demissões 

                                                                                       (imagem ilustrativa) 
Por: Mario Assunção 

Colegas servidores do Instituto Federal do Maranhão Campus Caxias me confessaram recentemente que temem que os cortes na educação possam resultar em demissões na unidade de ensino.

Coincidentemente, li uma matéria do portal Rede Brasil Atual que tratava do mesmo assunto. De acordo com o site, a taxa de desemprego, que subiu de 12% para 12,5% nos primeiros três meses do governo Bolsonaro, deve aumentar no próximo período também em decorrência dos cortes na educação.

O portal traz uma fala da deputada Natália Bonavides (PT-RN) sobre a Universidade Federal do Semi-Árido (Ufersa) que, por exemplo, pode ser obrigada a demitir funcionários terceirizados responsáveis por serviços de limpeza e segurança já neste mês, por falta de verbas para arcar com contratos. Na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), 1.500 trabalhadores podem acabar na rua, engrossando a fila de desempregados. Também nos Institutos Federais do estado, que atendem a cerca de 28 mil alunos, o clima é de “apreensão”, segundo a parlamentar.

O texto segue dizendo que na maioria das universidades, os impactos dos cortes começariam a serem sentidos a partir de outubro, quando também não teriam mais verbas para cumprir contratos e arcar com despesas básicas como luz, água e alimentação, o que acarretaria até mesmo no fechamento dos campi universitários. O reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Ricardo Fonseca, afirmou que a universidade fecha, no segundo semestre que começa em agosto, se os cortes não forem revertidos.

Sobre a polêmica se seriam “cortes” ou “contingenciamento”, como define o governo, a deputada Natália é taxativa. “É corte. Contingenciamento é quando o valor continua destinado àquela instituição, mas aparece bloqueado no sistema. Não pode utilizar naquele momento, mas continua previsto. Se for desbloqueado, pode ser utilizado. Aqui no RN, se você entra no sistema financeiro das universidades, esses valores sumiram. Por isso a gente chama de corte. O valor não está mais lá.”

Seja o Rio Grande do Norte, o Paraná, o Maranhão também está no Brasil, e consequentemente deve sentir impactos, é fato! Uma medida que não afeta só os professores e estudantes, afeta as economias locais que tem o impacto muito forte dessas instituições; tudo isso em momento de dificuldade econômica ainda sentida pelo país.

Lembre-se presidente: Brasil acima de tudo!