Dilma Rousseff defende que Congresso Nacional não entre em recesso 
A presidente Dilma Rousseff
 defendeu nesta segunda-feira (7), após se reunir com um grupo de 
juristas contrários ao impeachment, que o Congresso Nacional não deve 
entrar em recesso. O início da folga dos parlamentares está marcado para
 começar no dia 23 de dezembro. Eles retomariam os trabalhos em 2 de 
fevereiro. Segundo a presidente, o país não vive um momento para o 
recesso. 
"Eu prefiro e acho que não deve haver recesso. Não podemos nos dar ao 
direito de parar o país até 2 de fevereiro. Acho justo parar nas festas.
 Agora, o Congresso pode funcionar em janeiro assim que passarem as 
festas. Aí retoma e julga as coisas pendentes. Não pode o país ficar em 
compasso de espera até 2 de fevereiro", afirmou a presidente.
	Após o presidente da Câmara,
 Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ter dado prosseguimento, na última semana, ao 
pedido de impeachment de Dilma, o trâmite começou a correr no Congresso. 
	Uma comissão especial na Câmara será instalada e deverá elaborar um 
parecer sobre o tema, que depois será analisado no plenário da Casa. Se 
for aprovado na Câmara, o impeachment deve ser votado no Senado.
	Com o recesso parlamentar, os trâmites do processo obrigatoriamente se 
estenderiam para os primeiros meses de 2016, o que não é de interesse do
 governo.
	"Eu acredito que, em situação de crise, como esta política e econômica 
pela qual o país passa, seria importante que o Congresso fosse convocado
 [para trabalhar nas férias]. Ele pode ser convocado por mim, pelos 
presidentes da Câmara e do Senado. Vou conversar com o presidente do 
Senado para ver como as coisas vão se dar", continuou Dilma.
	A presidente falou também sobre os danos que, segundo ela, um processo 
de impeachment causaria à democracia do país. Na opinião de Dilma, a 
democracia no Brasil foi conquistada com luta "e até mortes", por isso 
deve ser defendida dentro da "legalidade".
	"O Brasil conquistou de forma bastante lutada, com grandes sacrifícios 
de pessoas, inclusive com mortes, a democracia. Nós temos de fato uma 
democracia pujante. Daí a importância da preservação da legalidade. Só 
dentro da legalidade, nós, de fato unificaremos o país", afirmou a 
presidente.