Para os usuários do Facebook, vestido da discórdia é branco e dourado 
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A internet parou, e o culpado foi um vestido azul e preto. Ou branco e 
dourado? Desde a tarde desta quinta-feira, o mundo tenta descobrir qual a
 cor real de uma roupa capturada em fotografia pela cantora escocesa 
Caitlin McNeil. Em entrevista à BBC, ela confirmou que o vestido era 
azul, com detalhes em preto. Mesmo assim, há controvérsias. A equipe do 
Facebook realizou uma pesquisa com as milhões de publicações e 
comentários sobre o assunto nos EUA, e concluiu que, para 58% dos 
usuários o vestido é branco e dourado.
“Nós agregamos e tornamos anônimos publicações de pessoas nos EUA que na
 noite passada mencionaram ‘preto’ e ‘azul’, ou ‘branco’ e ‘dourado’, 
mas não os dois. Então, olhamos como a porcentagem de preto/azul mudava 
com diferentes atributos, usando regressão múltipla para filtrar as 
correlações e encontrar o verdadeiro efeito de cada diferença. As 
margens de erro são menores que 1%”, diz a equipe de pesquisas da rede 
social.
Além disso, os cientistas de dados olharam mais a fundo e perceberam 
que existe uma questão de gênero envolvida. Controlando outras 
variáveis, os homens foram 6% mais propensos a escolher o azul e preto. A
 idade também é um fator a se considerar. Usuários entre 13 e 17 anos 
foram 10% mais propensos a escolherem o azul e o preto quando comparados
 aos usuários com idade entre 55 e 64 anos.
Outra questão considerada pela equipe do Facebook foi o dispositivo 
usado. Pessoas que viam a imagem em dispositivos móveis tinham mais 
propensão a ver branco e dourado. Comparando com pessoas que postaram 
pelo computador, usuários de iPhone tinham 6% mais propensão a dizer que
 os vestido era branco e dourado, e, entre os usuários Android, o 
percentual foi de 7%.
“Esses números, que foram controlados dos outros fatores mencionados,
 podem estar relacionados não apenas ao dispositivo em questão, mas ao 
local em que as pessoas os usam. Presumivelmente, usuários móveis 
acessam o dispositivo em ambientes abertos”, explicam os cientistas.
