quarta-feira, 14 de novembro de 2018

No sétimo mandato de vereador, Catulé vai comandar a Câmara pela terceira vez 

Antonio José Bittencourt Albuquerque, o Catulé, foi reeleito para presidir a
Câmara Municipal de Caxias  
Coluna Repórter Tempo - O vereador Antônio José Albuquerque Bittencourt Albuquerque (PRB) foi reeleito, por unanimidade, para a presidência da Câmara Municipal de Caxias, cargo que exercerá pela terceira vez, sendo duas na mesma legislatura, o único caso registrado em mais de um século no sempre intenso parlamento da Princesa do Sertão. O presidente reeleito da vereança caxiense alcançou a proeza no sétimo mandado – foi eleito pela primeira vez em 1988 -, o que lhe assegura um lugar entre os políticos mais ativos e longevos, apesar das inúmeras intemperes, marchas e contramarchas, altos e baixos, enfim, os tremores que costumam agitar Caxias. Uma ciranda que tornou o vereador Antonio José Bittencourt Albuquerque um craque na arte da sobrevivência política.
Para quem não sabe, Antonio José Bittencourt Albuquerque é conhecido em Caxias e fora dela como Catulé, economista por formação, mas político por vocação, profissão, convicção e, pode-se dizer, paixão. Pavio curto e dono de uma coragem excepcional, Catulé traz da infância seu interesse pelos fatos políticos. Enquanto muitos dos seus colegas jogavam bola, ele se dedicava à leitura de jornais e revistas, sempre levando para as rodas as notícias mais frescas do universo político municipal, estadual e nacional. Já na adolescência estava sempre envolvido com questões de natureza política, indicando que, mais cedo ou mais tarde, entraria na briga pelo voto. Formou-se economista, mas em vez de se dedicar aos números,  dedicou-se mesmo à política, conquistando seu primeiro mandato de vereador nas eleições municipais de 1988, filiado ao PMDB.
Catulé esteve na linha de frente de todos os embates políticos ocorridos em Caxias nas últimas três décadas. Foi figura-chave no movimento que lançou Paulo Marinho na política caxiense, teve participação decisiva ba célebre campanha do “X” manteve uma ligação forte com o legendário senador Alexandre Costa, comandou o PMDB municipal, e de lá para cá rompeu e reatou com vários grupos, sendo sempre alvo de fortes pressões destinadas a impedir a renovação dos seus mandatos. Na última eleição municipal, foi um dos articuladores da candidatura e da campanha do prefeito eleito Fábio Gentil (PRB), que venceu nas urnas o prefeito Leo Coutinho (PDT), liderado pelo deputado estadual Humberto Coutinho (PDT) – o maior líder político de Caxias nos últimos tempos -, conquistando mais um mandato e, em seguida, a presidência da Câmara Municipal, onde atua como um esteio para garantir a governabilidade no município. Tem alimentado até agora uma aliança firme com o prefeito Fábio Gentil. Sua reeleição foi reflexo desse contexto.
Independentemente de qual venha a ser o seu futuro na política, Antonio José Bittencourt Albuquerque, o Catulé, já entrou para a história recente de Caxias como um dos seus protagonistas mais ativos, vivendo situações que vão desde embates verbais cruentos na tribuna da Câmara Municipal, as explosões nos palanques, passando por confrontos no corpo-a-corpo e até enfrentamento à bala no centro da cidade. As polêmicas que o envolvem, a maioria decorrente da provocação ao seu temperamento forte, talvez tenham minimizado sua ação política, obrigando-o a lutar tenazmente pela sobrevivência como detentor de mandato, e não para dar um passo mais além, como chegar à Prefeitura ou desembarcar no parlamento estadual ou no federal. Preparo e vivência ele tem de sobra. Falta-lhe o suporte, que ainda pode chegar. Quem sabe? Afinal, estamos falando de Caxias, a mais animada e imprevisível seara política do Maranhão.
Em Tempo: no próximo mandato, o presidente Catulé comandará uma Mesa Diretora da Câmara com a seguinte composição: Ximenes (PR), 1° vice-presidente; Neto do Sindicato (PC do B), 2° vice-presidente; Mário Assunção (PPS), 1° secretário; Sargento Moisés (PSD) 2° secretário; Magno Magalhães (PSD), 3° secretário, e Repórter Puliça (PRB), 4° secretário.