sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

O caso do prefeito de Santa Inês. Assédio a juíza vinha de algum tempo

Larissa Tupinambá, vítima do assédio de Ribamar Alves
Larissa Tupinambá, vítima do assédio de Ribamar Alves
Segundo informações de uma pessoa próxima ao Secretário de Educação de São Luís, Geraldo Castro Sobrinho, o prefeito de Santa Inês, Ribamar Alves, vinha a algum tempo com gracejos indiretos pra cima da juíza Larissa Tupinambá.
Em certa ocasião, ela teria comunicado ao marido dos gestos indelicados de Alves.
A tentativa chegou ao conhecimento de Luana Alves, esposa do prefeito de Santa Inês, que não deu crédito ao assunto.
Ontem, a tentativa do assédio se concretizou. Ribamar Alves deu um beijo forçado na magistrada. O fato foi levado ao conhecimento do delegado titular daquela cidade, Valter Costa, que não prendeu Ribamar pelo fato dele ter foro privilegiado.
Esta não é a primeira vez que o prefeito se envolve em cenas de assédio sexual na cidade em que ele administra. Circulam comentários de que ele teria envolvimento com meninas de menor idade.
No ano passado Ribamar Alves foi flagrado, em conversa numa rede social, com uma assessora de um deputado estadual, dizendo a ela que estava se masturbando.
Em defesa da juíza, a Associação dos Magistrados do Maranhão divulgou ontem uma nota de repúdio. Veja abaixo.
A ASSOCIAÇÃO DOS MAGISTRADOS DO MARANHÃO – AMMA vem a público repudiar a atitude reprovável, sob todos os aspectos, do Prefeito Municipal de Santa Inês, José Ribamar Alves, que, nesta quinta-feira (19), a pretexto de tratar de assuntos relacionados à municipalidade, procurou a Juíza da 2ª Vara daquela Comarca, Larissa Tupinambá Castro, sendo por ela recebido no seu gabinete, oportunidade em que, ultrapassando todos os limites da ética e da moralidade, assediou a magistrada e, em seguida, segurando-a, à força, desferiu-lhe um beijo, tendo sido imediatamente repelido.
Após a intervenção dos funcionários, alertados pelo pedido de socorro da magistrada, o fato foi levado imediatamente ao conhecimento da autoridade policial, que já instaurou o procedimento para apuração da conduta delituosa, com a consequente adoção das demais medidas legais.
Trata-se de questão de gênero, onde a magistrada foi atingida em sua dignidade, merecendo, a exemplo de situações assemelhadas de que são vítimas inúmeras mulheres, rigorosa punição .
A AMMA se solidariaza com a sua associada Larissa Tupinambá Castro, a quem prestará a assistência jurídica necessária e acompanhará o caso no âmbito da esfera competente.
São Luís, 19 de dezembro de 2013
GERVÁSIO PROTÁSIO DOS SANTOS JÚNIOR

PRESIDENTE DA AMMA
blog do Luis Cardoso