segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Secretaria Municipal de Saúde emite Nota de Esclarecimento para a população caxiense
Tentando salvar a vida, médica é agredida pelo pai da criança no Hospital Infantil
Fachada do Hospital materno infantil Dr João Viana

A criança de iniciais L. M. R. S., de 2 anos, entrou no Hospital Geral de Caxias, na última quinta-feira (18), às 12h56min. A mãe, de nome Tamires Rodrigues da Silva, disse que, quando estava viajando, a filha havia caído da cama e deixou a criança aos cuidados de terceiros em sua residência. A pequena apresentava dores no braço e punho esquerdo. Foi atendida pelo médico ortopedista Miguel C. S. Neto, do HGM,  que determinou realização de exame de raio-X do braço e punho. Constatadas as fraturas, determinou que o antebraço fosse imobilizado com gesso.

Já no domingo, às 13h12min, a criança foi levada pela mãe ao Hospital Infantil e atendida pelo médico Walter Castro. A mãe disse ao médico que a criança estava há três dias sem defecar, com fraqueza e estado febril. Diante do relatado pela mãe, a criança foi encaminhada ao setor de enfermagem que, às 13h45min, verificou um quadro de dispneia, palidez acentuada e edema na parede abdominal.

Logo após foram realizados exames de ultrassom e raio-X no tórax onde foi detectado pequeno derrame na pleura no pulmão direito. Com esta constatação foi solicitado de imediato que a criança fosse encaminhada para a cirurgia, que é feita em São Luís. A ambulância que iria levá-la para o Hospital da Criança, em São Luis, já estava a caminho do Hospital Infantil quando a criança entrou em parada cardiorrespiratória, vindo a falecer.

A médica que acabara de entrar no plantão do hospital e atendia a criança no momento da parada cardiorrespiratória, Drª Karine Macedo, foi agredida pelo pai da criança. A direção do hospital solicitou a presença de policiais que ao chegarem ao Hospital Infantil João Viana, também foram agredidos pelo pai. A agressão do pai aos policiais resultou em prisão por desacato.

É importante deixar claro que todos os procedimentos médicos e ambulatoriais foram realizados no tempo e hora certa. As informações dos pais não permitem concluir que a criança tenha tido apenas uma queda da cama ou se a mesma sofreu algum tipo de agressão que resultou no rompimento de vaso sanguíneo do pulmão esquerdo.

Tanto no Hospital Infantil, como no Hospital Geral, os médicos de plantão estavam atendendo plenamente no momento que a criança deu entrada e também no óbito.

A morte de qualquer ente querido é dolorida e deve ser profundamente lamentada, especialmente se tratando de uma criança, mas é preciso informar corretamente que os profissionais e as estruturas da saúde pública municipal fizeram tudo que estavam ao seu alcance.

Toda a documentação dos procedimentos está à disposição da população.