Médico pede internação de brasileiro condenado à morte na Indonésia 

O advogado do brasileiro Rodrigo Goulart, condenado a pena de morte 
na Indonésia por tráfico de drogas, apresentou na quinta-feira (11) à 
Procuradoria-Geral em Jacarta, um laudo feito por médico indicado pelo 
governo daquele país confirmando quadro de esquizofrenia e recomendando a
 internação de Goulart em um hospital psiquiátrico. A informação foi 
confirmada pelo Itamaraty.
A família de Goulart e o próprio 
governo brasileiro vinham ressaltando há meses seu estado de saúde 
mental. Dentro do quadro de esquizofrenia, o brasileiro se recusava a 
sair da prisão para exames em um hospital. Caso o laudo seja reconhecido
 pelas autoridades indonésias, há esperança para o adiamento da execução
 do brasileiro, que embora não tenha data marcada, apresenta-se mais 
próxima na fila de execuções, depois da morte recente de Marco Archer.
Pela
 legislação penal indonésia, o condenado não pode ser executado se não 
estiver em suas faculdades mentais, pois precisa entender o motivo da 
penalidade. Nas últimas semanas, a família deu declarações informando 
que o brasileiro vive um mundo à parte, e não tem noção da gravidade de 
sua condenação, achando que não será executado.
Goulart foi preso 
em julho de 2004, no aeroporto de Jacarta. Seu destino final seria Bali,
 para onde levava pranchas de surfe com seis quilos de cocaína 
escondidos no interior da carga. Os amigos foram liberados. Ele chegou a
 passar por três aeroportos com a droga: em Johannesburgo, na África do 
Sul, em São Paulo e em Curitiba. Nascido em Foz do Iguaçu, no Paraná, 
Rodrigo Goulart já fora internado em clínicas para dependentes de 
drogas.
O governo da Indonésia já recusou os dois pedidos de 
clemência aos quais o brasileiro tinha direito. Além disso, o presidente
 indonésio, Joko Widodo, também recusou o pedido feito pela presidenta 
Dilma Rousseff para que ele e Marco Archer não fossem executados e 
cumprissem a pena no Brasil. Marco Archer foi executado por pelotão de 
fuzilamento no dia 17 de janeiro.
fonte Agência Brasil