Policia Federal indicia mulher que tentou agredir Flávio Dino em voo de São Luís para Brasília
Maria Shirlei é enfermeira e servidora da Secretaria Estadual de Saúde do Paraná, atuando em um hospital público em Curitiba. Ela estava em São Luís com um grupo de 16 pessoas, que viajou ao Maranhão para fazer turismo.
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A Polícia Federal indiciou uma passageira, identificada como Maria Shirlei Piontkievicz, que gritou e tentou agredir o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino durante um voo de São Luís para Brasília, na tarde de segunda-feira (1º). Segundo a PF, a mulher vai responder por injúria qualificada e incitação ao crime.
Segundo a assessoria do ministro, ele não reagiu às ofensas. Maria Shirlei Piontkievicz foi contida por um segurança do ministro, que se colocou entre os dois, impedindo uma possível agressão. A passageira também foi advertida pela aeromoça chefe de cabine.
De acordo com a assessoria, Dino estava sentado e trabalhando, de cabeça baixa, quando a passageira embarcou e começou a gritar frases como “o avião estava contaminado” e que “não respeitava esse tipo de gente”. Em seguida, ela se dirigiu até a poltrona do ministro, mas foi impedida por um dos seguranças que acompanhava a viagem.
Ainda conforme a nota, Maria Shirlei Piontkievicz (foto abaixo) também apontou para Dino enquanto dizia “o Dino está aqui”, como uma “clara tentativa de incitar uma espécie de rebelião a bordo”. A situação foi controlada pela tripulação da aeronave, que acionou a Polícia Federal.
A PF informou que a mulher foi indiciada por injúria qualificada (art. 140 c/c art. 141, inciso II, do Código Penal), que ocorre quando a ofensa à dignidade ou ao decoro é feita em público ou por meios que facilitam a divulgação. Ela também foi indiciada por incitação ao crime (art. 286), que se refere a estimular ou encorajar outras pessoas a cometerem delitos.
Um agente da PF que estava de plantão no aeroporto de São Luís entrou na aeronave, conversou com a segurança do ministro e informou que a ocorrência seria comunicada à superintendência de Brasília. Após o pouso, a passageira foi advertida e levada para prestar depoimento.
A assessoria do ministro afirmou que “todas as medidas cabíveis foram adotadas pelas autoridades competentes” e classificou as agressões como inaceitáveis, “ainda mais no interior de um avião, por atrapalhar outros passageiros e colocar em risco a operação do voo”.
O episódio aconteceu na véspera do julgamento de oito réus acusados de tentativa de golpe de Estado, processo que inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Flávio Dino integra a Primeira Turma do STF, que vai conduzir parte dos julgamentos.
Blog do Domingos Costa