Caxienses começam a se mobilizar para o "Impeachment Já"
 Movimento está sendo planejado através de redes sociais. As pessoas estão confirmando presença no evento, agendado para 15 de março 
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Nas redes sociais, está sendo programado um manifesto intitulado 
'Impeachment Já', que tem como objetivo a destituição da presidente 
Dilma Rousseff (PT) do seu cargo. Em Caxias, um evento foi criado no 
Facebook, programando o manifesto para domingo, dia 15 de março (assim 
como em todo o país), na Praça da Matriz - no centro da cidade, às 09h.
O movimento nacional tem sido impulsionado pela crise econômica, o 
dólar em alta e a inflação batendo recordes, assim como escândalos de 
corrupção. A pressão popular já está sendo manifestada. No último 
domingo, Dia Internacional da Mulher, durante o pronunciamento da 
presidente em rede nacional, um 'panelaço' foi registrado em várias 
capitais, com moradores saindo em suas janelas para gritar palavras de 
ordem contra a petista. 
Em Caxias, centenas de pessoas já confirmaram presença no 
movimento do dia 15. Porém, o que é preciso entender sobre o 
impeachment, que tem o mesmo significado que impugnação?
Entenda 
O impeachment é um instrumento legal, que se aplica aos governantes que 
comentem crimes de responsabilidade, ou seja, que no exercício do poder,
 adotem condutas que atentem contra a constituição e, entre outros 
motivos, também contra a probidade administrativa. 
A denúncia apurada e comprovada pode ser por crime comum, crime de 
responsabilidade, abuso de poder, desrespeito às normas constitucionais 
ou violação de direitos pétreos previstos na constituição. Portanto, é 
preciso refletir que só é admissível um impeachment se ficar provado um 
determinado crime. No caso da presidente, até agora isso não aconteceu. 
Então, o Congresso Nacional não tem o fundamento necessário para aceitar
 o impeachment. Porém, se isso acontecer, havendo provas, um ato de 
impeachment poderá vir a ser legítimo.
O processo de impeachment pode ser aplicado para ocupantes de outros 
cargos, como governadores, prefeitos, ministros do Supremo Tribunal 
Federal (STF), procurador-geral da República, comandantes das Forças 
Armadas e ministros de Estados. Se Dilma fosse destituída de seu cargo 
de presidente, quem assumiria seria o vice-presidente, no caso, Michel 
Temer (PMDB). Se ele não pudesse, seria o presidente da Câmara Federal, 
depois o presidente do Senado e por último o presidente do STF. 
A situação só muda se o vice-presidente também for alvo do 
impeachment. Nesse caso, se o titular e o vice forem afastados na 
primeira metade do mandato, é convocada uma nova eleição. Se o 
afastamento dos dois ocorrer na segunda metade do mandato, o novo 
mandatário é escolhido pelo Poder Legislativo.  É uma questão complexa e
 que demanda tempo, assim como relações de poder.
Não somente através de redes sociais, mas há um tempo os brasileiros 
têm demonstrado insatisfação com o poder público. A situação se agrava 
com a crise do país e por escândalos de corrupção, sendo o mais recente 
em evidência o 'Petrolão' - resultado da operação Lava-Jato da Polícia 
Federal, que investiga crimes em torno da Petrobras, envolvendo 
funcionários, políticos e empresários.
