A mal nascida candidatura de Edinho Lobão padece de uma espécie de “pecado original”. Ele sempre foi mal falado no grupo de que faz parte desde que seu pai foi governador. Ganhou até o desagradável apelido de “Edinho Trinta”, dizem que colocado pelo finado senador Alexandre Costa, que era aliado do grupo Sarney. Edinho nunca se interessou por políticos e pela política, só pelos seus milhões e bilhões.
Para tentar reverter tantos problemas, Edinho definiu três táticas:
1 – Tentar se diferenciar do discreto e sereno Luís Fernando. Foi por isso que logo no seu lançamento ele atacou Luís Fernando e constantemente agride o ex-candidato em público e em conversas privadas.
2 – Agarrar-se desesperadamente em Lula e Dilma, como se fossem “muletas” de sua candidatura. O problema é que Dilma não tem hoje a menor motivação de visitar o Maranhão ao lado do tresloucado Edinho. O alto comando da candidatura Dilma sabe que Sarney tira votos na classe média em todo o Brasil, e a má fama de Edinho também ultrapassa as fronteiras maranhenses.
3 – Esconder ao máximo o senador José Sarney na sua campanha. O desrespeito ao cacique começou no dia do lançamento de Edinho na Assembléia, em que a foto de Sarney foi simplesmente eliminada do gigantesco painel que decorava o ambiente. E até agora nenhuma foto de Sarney foi veiculada com o candidato Edinho Lobão.
Restam a Edinho Lobão a truculência e a selvageria como caminhos para sua cambaleante candidatura. O destino não parece promissor
