terça-feira, 15 de novembro de 2022

MEMÓRIA: A eleição de Zé Castro em 1972 

José Castro durante comício na eleição municipal de 1972  

Há exatos 50 anos, no dia 15 de novembro de 1972, acontecia uma das mais acirradas disputa eleitoral pelo comando da nossa cidade. De  um lado as forças conservadoras comandadas por Alexandre Costa e Aluízio Lobo. Do outro lado o jovem Jose Ferreira de Castro, carinhosamente chamado de Zé Castro, com seus 42 anos entra na disputa pela prefeitura da cidade. 

Naquela época Caxias vivia um período de ebulição politica devido as eleições de 1970 para deputado estadual, onde o industrial Jose Castro foi perseguido e teve sua candidatura a deputado estadual cassada. No período então nascia ali o desejo de mudança nos destinos da politica local com ascensão de Zé Castro na vida publica. 

Nas eleições de 1972, Zé Castro mais uma vez foi perseguido  pelos poderosos da época que fizeram de tudo para impedir que ele chegasse ao comando do município, tornando Caxias área de Segurança Nacional, artimanhas usadas pelo período militar, através de projeto de lei aprovado pela Assembleia Legislativa no qual transformava Caxias Estancia Hidromineral, tirando a autonomia politica do município e um interventor era nomeado pra comandar.os destinos da cidade, abortando assim a vontade popular de  eleger Zé Castro prefeito de Caxias. Tudo armação, arquitetada nos porões da ditadura pelo regime militar, comandada por Alexandre Costa e Aluísio Lobo, então tenente da reserva do Exercito.

O então candidato José Castro enfrentou uma grande  batalha judicial pra derrubar a famigerada lei que tirava a autonomia politica de Caxias e o direito do povo escolher quem seria o prefeito da cidade. A batalha foi decidida em Brasilia nos tribunais. Zé Castro conseguiu derrubar a lei e disputou as eleições pela ARENA 2 contra o candidato da ARENA 1 Numa Pompílio Bayma Pereira (ARENA 1) e José Brandão (MDB). Zé Castro obteve a expressiva votação de 5.754 votos que correspondeu a mais de 70% dos votos validos, contra 3.398 votos do seu principal oponente. 

Zé Castro sendo diplomado prefeito de Caxias pela Justiça Eleitoral 

Zé Castro na cerimônia de posse como prefeito eleito de Caxias 

Fotos reproduzidas do livro José Castro, Uma biografia. 

 Bastidores sob tensão 

                                                                 (foto arquivo CMC) 
Silvio Cunha (NOCA)

Não sei se os expectadores que costumam frequentar o plenário da Câmara Municipal, nas sessões de segunda e quarta-feira, perceberam que o clima entre os parlamentares está meio ácido, mesmo após a estrondosa vitória da base governista na eleição passada, que elegeu governador, senador, deputada federal e deputada estadual. O natural, depois de uma performance dessas, era se ver tapinha nas costas e discursos elogiosos entre a vereança, todo mundo atento às eventuais benesses que devem chegar a Caxias, mais amiúde, com toda certeza, no próximo ano. Mas, não, não é esse espírito que domina as relações nos bastidores políticos da CMC.

Embora seja propalado aos quatro ventos que não é hora de se falar em eleição, porque a moçada ainda está descansando da última refrega eleitoral no município, o que se percebe subliminarmente é que a edilidade já está de olho no pleito de 2024, e dando início à costura de acordos que visam à reeleição dos mandatos da maioria e mais focados ainda na próxima sucessão municipal, uma vez que o prefeito Fábio Gentil (Republicanos) não poderá mais renovar o seu mandato para sentar na poltrona do paço municipal da Panteon.

Pelas manifestações que estão começando tímidas, pelo menos dois nomes da atual bancada de vereadores já disseram que estarão no páreo: o presidente da Casa, vereador Teódulo Aragão (PP), e o vereador Ricardo Rodrigues (PT), este último bastante entusiasmado pelo fato de ter marchado na linha de frente da campanha do PT caxiense que concorreu para eleger Luís Inácio Lula da Silva ao seu terceiro mandato de presidente da República.

Teódulo certamente espera que o primo abençoe a sua candidatura, por ser seu aliado incondicional e por reconhecer que o alcaide foi decisivo em ajudá-lo  a estrar à frente do legislativo municipal, onde dirige uma legislatura que valoriza a interatividade entre os pares e mais ainda com o público, abrindo as portas do poder a todo tipo de manifestação que entende como benéfica para a cidade. Já Ricardo Rodrigues, correndo por fora, também espera uma ajuda do prefeito, com quem esteve na batalha de votos para Amanda Gentil e Daniella, mas acredita-se que tem mais esperança em carregar nas mãos o estandarte do seu partido, uma vez que os dois turnos da eleição presidencial no município foram vencidos com mais de 70% dos votos válidos.

Contudo, que ninguém fique enganado se surgirem na seara política caxiense outros nomes de peso à próxima sucessão. Comedido e pesando bem as palavras, o vereador Catulé (Republicanos), sentindo como andam os humores nos bastidores que não são conhecidos pelo público, destacou na última sessão da semana que os eventuais postulantes e outros interessados devem ficar antenados para os movimentos que a política maranhense irá protagonizar a partir do mês de fevereiro do próximo ano.

Para bom entendedor, o que o parlamentar decano da CMC quis dizer, com a sua experiência de mais de três décadas de mandatos no legislativo municipal, foi que fevereiro será o mês da definição de quadros do novo governo do governador Carlos Brandão (PSB), quando, evidentemente, muita gente eleita para a assembleia estadual poderá integrar cargos do primeiro escalão da administração, cedendo vagas para os suplentes na Casa de Manoel Beckman. E nessa reorganização, com certeza, haverá lugar para Catulé Júnior (PSB), que é o primeiro suplente da sua agremiação partidária e certamente estaria habilitado também a entrar com força na sucessão de Caxias.

No mais, se sentindo desprestigiados, alguns quadros da base governista deram lugar a reclamações contra a gestão municipal, talvez sentindo que FG esteja abalado por seu nome aparecer nos canais da Operação Arconte da Polícia Federal e da Controladoria Geral da União. O prefeito, no entanto, não se mostra incomodado, acredita que o envolvimento da prefeitura no caso será esclarecido numa análise mais acurada dos meandros em que aconteceram certas licitações na época em que a pandemia esteve mais grave no município, e voltou a tocar obras na cidade.

Por outro lado, a pressão que alguns estão exercendo para haver mudança no secretariado do prefeito, a partir de Ana Lúcia Ximenes, na Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social, também é um reflexo dessa operação para emparedar o chefe do executivo. Ora, Ana do X, dentre as assessoras, foi quem mais vestiu a camisa em apoio à liderança do chefe nas últimas eleições e, por conta disso, desperta um pouco de inveja pelo trabalho que faz na pasta em que atua, até porque é bastante conhecido o seu jeito de agregar correligionários e eleitores.

Estaria ela nos planos futuros de Fábio Gentil?!! É uma pergunta pertinente, porque fora disso não há razão para defenestrá-la da gestão. Afinal de contas, o que se sabe é que não há secretário algum discriminando vereadores ou lideranças políticas. Eles simplesmente cumprem ordens, até mesmo porque não têm em mãos a chave do cofre para atender as reivindicações da comunidade.

Na última sessão legislativa, porém, uma luz emergiu do nevoeiro que se espalha sobre o assunto, e brotou das palavras do líder do governo na CMC, vereador Charles James (Solidariedade), recomendando os pares a estreitarem mais o diálogo com o prefeito Fábio Gentil, pois só assim terão as suas demandas resolvidas.

segunda-feira, 14 de novembro de 2022

Bolsonaro deve ajudar PL a crescer nos municípios em 2024 

Uma das tarefas às quais o presidente Jair Bolsonaro (PL) deve se dedicar após deixar o cargo, em janeiro de 2023, será a de ajudar o PL a crescer nos municípios.

Embora o partido tenha saído da eleição como dono das maiores bancadas na Câmara e no Senado e com dois governadores, sua presença em prefeituras ainda é modesta. Na eleição de 2020, o PL elegeu 345 prefeitos, nenhum deles em capitais.

Bolsonaro, assim, começaria desde já a promover lideranças locais da legenda, o que também atenderia a seu projeto de permanecer em evidência no cenário nacional e consolidar-se como maior referência do campo da direita. Aliados já começam a mencionar que ele deve ser candidato novamente a presidente em 2026.

Para isso, Bolsonaro deve também ter uma estrutura de comunicação profissionalizada, aproveitando o aumento expressivo do fundo partidário do PL. Há planos de investimentos em redes sociais e produtos como podcasts e vídeos. (Folha)

Prefeitura de Caxias. CONASS e Hospital Beneficência Portuguesa reafirmem compromisso em fortalecer Planificação 

Na última sexta-feira (11), o prefeito de Caxias, Fábio Gentil, se reuniu com representantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e do Hospital Beneficência Portuguesa, com o objetivo de fortalecer os processos de Planificação da Atenção à Saúde em Caxias (MA). Na oportunidade também estiveram presentes: a Secretaria Municipal de Saúde, Mônica Gomes; a Deputada Estadual, Daniella e Deputada Federal eleita, Amanda Gentil, além de representantes da Planificação em Caxias (MA).

A consultora da Planificação pelo Hospital Beneficência Portuguesa, Ademilde Andrade, fez uma apresentação do trabalho que está sendo desenvolvido em Caxias, além de dos resultados que têm sido alcançados, que ajudaram à saúde de Caxias, se tornar referência para o Brasil nos processos de trabalho implantados. E reforçou a importância do apoio da gestão municipal, do estado e do Governo Federal para todas a saúde tenha mais ganhos significativos.

Tanto o prefeito Fábio Gentil quanto a secretária Municipal de Saúde, Mônica Gomes, lembram a importância de se fortalecer parcerias que estão dando certo. Além disso, destacou o quanto é relevante o gestor está envolvido em todo o processo para que a cidade possa ganhar com os serviços.

“A Planificação precisa do apoio do gestor e desde o início o prefeito, Fábio Gentil nos acompanha nas metas estabelecidas pelo CONASS e pelo Ministério da Saúde. Após a Pandemia, nós estamos reiniciando todos os processos e ele veio fortalecer o compromisso da gestão”, contou.

Fábio Gentil ressaltou o objetivo do encontro. “Hoje estamos recebendo o Conselho Nacional dos Secretários de Saúde, e elas integrantes, têm essa consciência de que Caxias com a Planificação teve uma grande melhora na saúde pública. Mesmo após a Pandemia, com as dificuldades da manutenção da saúde pública de qualidade, eles vieram para cá para saber e entender como Caxias está se sobressaindo a tudo isso. Agora com apoio da Deputada Estadual, Daniella, da Deputada Federal eleita, Amanda Gentil e o Governador, Carlos Brandão, com certeza vamos ter um investimento muito maior na saúde com restauração e construção de novas Unidades Básicas de Saúde, melhoria no nossa atendimento na nossa média e alta complexidade”, disse.

Pelo menos 12 estados e o DF registram aumento de casos de Covid 

Os casos de Covid-19 voltaram a ganhar força e acendem um alerta entre autoridades de saúde, principalmente para grupos mais vulneráveis e pessoas que não completaram o esquema vacinal.

Ao menos 12 estados brasileiros, além do Distrito Federal, relatam aumento de notificações da doença, depois de um longo período de baixos registros na pandemia. É o que mostra levantamento feito pelo Globo com secretarias estaduais de saúde de todo o território.

A alta de contágios, em meio à descoberta de uma nova subvariante da Ômicron, a BQ.1, evidencia a circulação do coronavírus no país. A taxa de positividade nos testes para Covid cresceu no Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina e São Paulo, e no DF, segundo os dados das respectivas pastas da saúde. Em alguns estados, a alta de contágios já se reflete na maior procura por atendimento em ambulatórios e hospitalizações.

“A maioria está internada em unidade não crítica, fora da UTI, o que significa que os casos são mais leves”, afirma o infectologista Ícaro Boszczowski, do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, acrescentando: “Mas do fim de outubro para cá tivemos que dedicar uma ala inteira do hospital para internações de Covid”.

Leia mais em O Globo

Foto: Gabriel de Paiva

Serie B 2023 terá um estreante, sete times do Nordeste e ausência de "grandes" 

Diego Emir

Com o fim do Campeonato Brasileiro da Série A, B e C, já é possível ter um desenho de como vão ser as divisões do principal torneio futebolístico do país. Para os maranhenses, a 2ª divisão é a mais atrativa, pois é a competição de maior nível que há presença de um clube local: o Sampaio Corrêa. Para 2023, a ausência de times “grandes” tira um pouco da visibilidade do torneio, mas pode aumentar o equilíbrio entre as equipes que vão ser compostas por um estreante, sete nordestinos, sete paulistas e os demais da região Sul, Sudeste e Centro Oeste.

Em 2023, dentre os 20 clubes da 2ª divisão só teremos um estreante, trata-se do Mirassol do interior de São Paulo, que venceu a série C e faz sua primeira participação na série B. Outros com um histórico recente na competição é o Tombense de Minas Gerais com apenas sua segunda disputa no próximo ano e Novorizontino de São Paulo que vai para sua quarta vez.

Os demais clubes podem ser considerados velhos conhecidos da 2ª divisão e por enquanto ninguém supera o CRB/AL que terá 33 participações, sendo a 9ª seguida desde 2015, mas já chegou a disputar 16 vezes consecutivas entre 1994 a 2008. A última vez que esteve na Série A foi em 1984. E nunca foi campeão da Série B.

O segundo com mais participações é o Ceará que volta após seis anos da sua última participação que foi em 2017. O clube cearense vai para sua 31ª disputa de segunda divisão, sendo que nunca foi campeão.

O terceiro com mais participações é o Londrina que fez uma boa campanha em 2022, mas escorregou diversas vezes. O clube paranaense vai disputar pela 27ª vez a série B, sendo campeão uma única vez em 1980 e permaneceu por dois anos na Série A em 1981 e 1982, e nunca mais voltou.

Ainda tem como destaque na segundona o Sport e o Guarani, ambos campeões brasileiros de 1987 e 1978, respectivamente. O Leão de Recife vai para sua 14ª disputa e já venceu uma vez em 1990, a última vez que esteve na primeira divisão foi em 2021. Já o Bugre jogará pela 17ª vez a série B, sendo campeão uma vez em 1981 e desde 2010 está fora da série A.

O Sampaio, o representante maranhense vai para a sua 20ª participação na Série B, tendo sim campeão uma única vez em 1972 e a última vez que esteve na primeira divisão foi em 1986. Em 2022 fez a sua melhor campanha da era dos pontos corridos, terminando em 5º lugar. Em 2023, ano que completa 100 anos, existe o sonho de subir para a Série A.

Outros times velhos conhecidos da Série B vão estar presentes, assim como vários clássicos regionais vão ter destaque como Guarani e Ponte Preta; Vila Nova e Atlético/GO; Avaí x Criciúma e vários outros.

Confira a relação completa de participações a contar com a edição de 2023 dos clubes da série B do próximo ano:

CRB – AL – 33 participações
Ceará – CE – 31 participações
Londrina – PR – 27 participações – Uma vez campeão em 1980
Criciúma – SC – 26 participações – Uma vez campeão em 2002
Vila Nova – GO – 25 participações
Avaí – SC – 24 participações
Ponte Preta – SP – 22 participações
ABC – RN – 22 participações
Sampaio Corrêa – MA – 20 participações – Uma vez campeão em 1972
Atlético – GO – 18 participações – Uma vez campeão em 2016
Guarani – SP – 17 participações – Uma vez campeão em 1981
Botafogo – SP – 17 participações
Sport – PE – 14 participações – Uma vez campeão em 1990
Juventude – RS – 14 participações – Uma vez campeão em 1994
Vitória – BA – 12 participações
Chapecoense – SC – 6 participações – Uma vez campeão em 2020
Ituano – SP – 6 participações
Novorizontino – SP – 4 participações
Tombense – MG – 2 participações
Mirassol – SP – 1 participação

PL deve pagar R$ 39,2 mil de salário a Bolsonaro 

Além de um escritório, com assessores, motoristas e carros à disposição, Jair Bolsonaro deverá receber do PL uma remuneração equiparada à de Valdemar Costa Neto.

Na cúpula da legenda, há um consenso de que, por se tratar de recursos públicos do fundo partidário, o valor não ultrapasse os R$ 39.293,32, que é o salário de um ministro do STF.

A esse montante, Bolsonaro somará mais R$ 42 mil que ganha com as aposentadorias de militar e de deputado. Fora os oito funcionários a que terá direito por ter sido presidente.

Recentemente, com os rumores de que poderia apoiar o novo governo do ex-presidente Lula (PT), que se inicia a partir do próximo ano, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, convocou uma coletiva de imprensa e disse que pretende fazer oposição ao novo governo. Além disso, disse que Bolsonaro seria o presidente de honra do PL e que ele teria uma função remunerada na legenda.

Valdemar Costa Neto, no entanto, não citou valores para um eventual salário. Apenas garantiu que dará todas as condições para que o presidente continue sua militância na legenda: “Quero pagar o maior valor que eu puder, porque ele é um cabo eleitoral de 58 milhões de votos. Bolsonaro é o nosso capitão, vamos seguir ele no que for preciso”, disse Valdemar.

As informações são de O Globo