sábado, 26 de março de 2016

Governador Flávio Dino inaugura, vistoria e anuncia obras em São Mateus  


O governador do Estado, Flávio Dino, esteve, na manhã deste sábado (26), no município de São Mateus. Entre as inaugurações de importantes obras nas áreas de infraestrutura e saúde, o governador assinou a ordem de serviço para a perfuração de dois poços, que deverão impulsionar o abastecimento de água na cidade.

“Esse conjunto de obras que estamos entregando para a população de São Mateus demonstra o compromisso do nosso Governo com questões importantes como saúde e abastecimento de água, além da pavimentação asfáltico que levamos para os municípios por meio do programa ‘Mais Asfalto", disse o governador Flávio Dino anunciando importantes obras para o município, inclusive a segunda etapa do programa ‘Mais Asfalto’ na cidade.

Em São Mateus, os poços serão construídos nos bairros Vila Barreto e Ayrton Senna. Com 250 metros de profundidade, a obra contemplará a aquisição e montagem de conjunto moto bomba com vazão de 60m³ por hora. A interligação será feita com a rede de distribuição já existente e cada poço beneficiará cerca de 8 mil pessoas.


“Estas obras anunciadas hoje representam mais um grande passo do programa ‘Água para Todos’. A determinação do governador Flávio Dino é muito clara, levar esse programa para todos os municípios do Maranhão. Reforçar o abastecimento de água em São Mateus, com esses poços, é melhorar a qualidade de vida dessa população”, disse Davi Telles.

O governador ainda entregou cinco quilômetros de pavimentação asfáltica ao município, a partir de investimentos do Programa ‘Mais Asfalto’. A obra é uma reivindicação antiga da população e garantirá a mobilidade urbana.

“Agora nós temos a devida atenção da administração estadual. Temos um governo que realiza investimentos e que deixa claro a diferença no apoio aos municípios. Essa união de forças entre Município e o Estado fará toda a diferença para a população”, afirmou o prefeito da cidade, Miltinho Aragão.

Após a entrega do ‘Mais Asfalto’, Flávio Dino andou pelas avenidas de São Mateus e participou das inaugurações da Avenida Antônio Pereira Aragão – a principal da cidade – que passou por reforma e recebeu nova urbanização, a partir da parceria entre o Governo do Estado e prefeitura; e da reforma e ampliação da Unidade Básica de Saúde São Marcos.

José Oliveira Martins lavrador e funcionário público agradeceu as obras que chegaram ao município. “Temos um governador e um prefeito que estão investindo para melhorar a vida do povo. Agradecemos muito”, disse o lavrador.


Durante o evento, a câmara de vereadores realizou uma sessão solene e entregou a Flávio Dino o título de cidadão são-mateuense. Estiveram presentes, na visita à São Mateus, o secretário de Estado de Infraestrutura, Clayton Noleto, de Indústria e Comércio, Simplício Araújo, da Mulher, Laurinda Pinto, o diretor presidente da Caema, Davi Teles, a deputada federal Eliziane Gama, o presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, Humberto Coutinho,  e os deputados estaduais Vinícius Louro, Cabo Campos e Ana do Gás.
Esquema de propina da Odebrecht funcionava desde o governo Sarney 

Prédio onde fica a sede da construtora ODEBTRCHT em São Paulo 
Uol noticias
A 26ª fase da operação Lava Jato expôs, na última terça-feira (22), a existência de um "departamento de propina" na empreiteira Odebrecht, que teria sido utilizado para movimentar altas somas de dinheiro em pagamentos ilícitos para agentes públicos e políticos principalmente em 2014. O esquema, no entanto, pode ser muito mais antigo. Documentos mostram que, durante o mandato presidencial de José Sarney (1985-1990), procedimentos bem semelhantes aos apontados pelos investigadores da Lava Jato envolviam 516 agentes públicos, empresários, empresas, instituições e políticos. Entre eles, há ex-ministros, senadores, deputados, governadores, integrantes de partidos como PSDB, PMDB e PFL (atual DEM).

O UOL teve acesso a quase 400 documentos internos da empreiteira, a maioria datada de 1988, detalhando remessas e propinas a diversos políticos. A documentação estava de posse de uma ex-funcionária da Odebrecht. Como no esquema divulgado pela Lava Jato na terça-feira (22), eram utilizados codinomes para os receptores dos pagamentos e as propinas eram calculadas a partir de percentuais dos valores de obras da empreiteira nas quais os agentes públicos estavam envolvidos.

A Odebrecht afirmou "que não se manifestará sobre o tema". Todos os políticos ouvidos negaram qualquer envolvimento em esquema de propinas com a construtora.

Chamada "relação de parceitos", a lista cita nomes de politicos com respectivos codinomes  
Na documentação chamada "Livro de Códigos", havia uma lista, batizada de "Relação de Parceiros", que detalha os codinomes de políticos, agentes públicos e empresários relacionados às obras da Odebrecht nas quais teriam atuado.

Um dos nomes que aparecem é de Antonio Imbassahy, atual deputado federal pelo PSDB – que tinha o codinome "Almofadinha", e estaria relacionado à obra da barragem de Pedra do Cavalo, na Bahia. Imbassahy presidiu a Desenvale (Companhia do Vale do Paraguaçu) nos anos 1980, quando era filiado ao PFL. A Desenvale foi o órgão público responsável pela obra de Pedra do Cavalo.

Anotações revelam pagamentos de propinas desde os anos 80
Também do PSDB, Arthur Virgílio, atual prefeito de Manaus, recebe o codinome "Arvir". Do PMDB, são citados Jader Barbalho ("Whisky"), atualmente senador, ligado à obra da BR-163, no Pará, e o ex-ministro de Minas e Energia, senador Edison Lobão ("Sonlo"). Os filhos do ex-presidente José Sarney, Fernando e José Filho, aparecem com os codinomes "Filhão" e "Filhote"; Roseana Sarney, como seu nome de casada, "Roseana Murad", aparece como "Princesa".

Na lista, está também o ex-presidente e atualmente senador recém-desfiliado do PTB, Fernando Collor de Mello ("Mel"), relacionado a um emissário submarino construido na década de 1980, quando ele era governador de Alagoas. Há também o nome de Aroldo Cedraz, atual presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), de codinome "Toldo" e ligado à obra adutora do Sesal – ele ocupava na época os cargos de presidente da Cerb (Companhia de Engenharia Rural da Bahia) e de secretário de Recursos Hídricos e Irrigação da Bahia.

O já falecido ex-deputado federal e governador do Mato Grosso, Dante Oliveira (1952-2006), que ficou famoso como o autor do projeto que pedia eleições diretas para presidente nos anos 1980, tinha o apelido "Ceguinho" e estaria relacionado a obras de canais em Cuiabá, cidade onde foi prefeito por três mandatos.

"Esquema sempre existiu, sempre foi esse"

"O esquema naquela época era mais ou menos como esse divulgado essa semana, só não tão organizado assim. Esse esquema de propina, de fraudar licitações, sempre existiu na empresa. Aliás em todas as grandes, o esquema sempre foi esse", explica Conceição Andrade, ex-funcionária da empresa e que trabalhou no departamento responsável pelos pagamentos – a antecessora de Maria Lúcia Tavares, que delatou o esquema atual na Lava Jato.

"Eram porcentagens de valores das obras. Era feito o fechamento, e determinava um percentual. A partir daí ocorria o superfaturamento e o pagamento. Tudo isso era feito através de transações bancárias e dinheiro. É bem semelhante ao que foi divulgado na Lava Jato, mas hoje tem um departamento específico para isso. Naquela época era feito em nível de gerência, mas acredito que tenha funcionado em diretoria e presidência também", completa Conceição.

Lista com 516 nomes cita politicos, a exemplo do senador Edson Lobão do PMDB/MA 
"Quando fui demitida e peguei os pertences pessoais, esses documentos estavam no meio da caixa, acabaram vindo junto. As pessoas recomendaram que me desfizesse, mas achei bom guardar. É preciso traçar um paralelo, mostrar que isso é antigo. Alguns desses crimes podem até estar prescritos, mas isso tudo mostra que o esquema vem de bem antes. A saída é reforma, não é demonizar o PT", explica a ex-funcionária.

Investigação

Em 2015, Conceição encaminhou toda a documentação detalhando as propinas para o deputado federal Jorge Solla (PT-BA). Solla apresentou tudo em dois âmbitos: na Polícia Federal e na CPI da Petrobras.

Os documentos foram entregues ao delegado Bráulio Galloni, que, por sua vez, remeteu tudo para Curitiba, sede da força-tarefa da Lava Jato. Atualmente, estão na Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros da Polícia Federal.

Outro Lado

O deputado federal Antonio Imbassahy afirmou que é "um despropósito" a menção ao seu nome na "Relação de Parceiros" da Odebrecht. "Como homem público sempre tive uma relação baseada na decência com a Odebrecht e com qualquer empresa."

O prefeito de Manaus, Artur Virgílio Neto, enviou nota ao UOL, na qual afirma:

"Meu pai, que tinha nome igual ao meu, era, nessa época, um simples senador cassado. Eu era um ex-deputado, prefeito de Manaus entre 1989 e 1992, distante dos governos federais desse período, que nunca se relacionou com a empresa Odebrecht.

Não fui e não sou parceiro de empresas e, em meio a esse charco todo, sempre me mantive nos limites da seriedade pública.

Considero no mínimo precipitada a formulação da pergunta sobre "propina". Equivaleria a eu perguntar ao jornalista se ele vende opinião em matérias ou artigos. Perdoe-me a dureza, mas sou cioso do patrimônio de honradez que herdei e que transmito aos meus filhos.

Desviar o foco dessa lama que vem cobrindo o Brasil pode terminar servindo de válvula de escape para os que têm culpa real nos desmandos éticos que desmoralizam o Brasil.

Nos meus dois mandatos de prefeito, não houve nenhuma obra dessa empresa [Odebrecht]. Espero, sinceramente, que um veículo do peso e da respeitabilidade de vocês saiba respeitar a honra de quem a possui."

Advogado responde por Lobão e Sarney

O advogado criminalista Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, negou que seus clientes, o senador Edison Lobão (PMDB-MA) e a ex-governadora Roseana Sarney, tenham cometido qualquer ato ilícito.

"O Brasil passa por um momento de criminalização da política. Isto é muito grave. Vamos afastar da atividade política, que é essencial para qualquer país, as pessoas de bem. E a delação passou a ser prova para incriminar, sem sequer investigar. Um país punitivo não serve para a democracia. A palavra do delator normalmente é falsa e estranhamente seletiva."

O UOL entrou em contato com o assessor de imprensa de Collor, que informou não ter conseguido contato com o gabinete dele em Brasília. A reportagem ligou para os telefones do senador Jader Barbalho (PMDB-PA) e de seus assessores, mas ninguém atendeu aos telefonemas. A assessoria do TCU não respondeu aos questionamentos da reportagem. O UOL não conseguiu contato com Fernando Sarney e José Sarney Filho.
Planalto prepara 'plano B' para cenário de desembarque do PMDB
por Gerson Camarotti 


O Palácio do Planalto jogou a toalha em relação ao PMDB e já trabalha com um plano B para tentar barrar o impeachment. Na avaliação de integrantes da articulação política, a gota d’água foi o desembarque do PMDB do Rio de Janeiro.

Com esse cenário, a ordem no Planalto foi de usar os cargos do PMDB para negociar no balcão com deputados. A estratégia é oferecer cargos importantes, como o comando da Funasa, e até mesmo ministérios que ficarão vagos para conseguir votos suficientes na Câmara dos Deputados.

“Vamos tentar fazer de um limão, uma limonada. O PMDB tem sete ministérios e dezenas de cargos importantes. Com isso, vai ser possível negociar individualmente com os deputados de outros partidos”, observou um integrante da articulação política do governo.

Cálculo realista feito no Planalto indica um piso de 130 votos na Câmara. O governo precisa assegurar pelo menos 171 votos para barrar o impeachment de forma segura. Na avaliação do governo, não é mais possível negociar partidos inteiros, ou mesmo, grupo de parlamentares.

“Já iniciamos um mapeamento. E vamos usar esse espólio do PMDB para resolver o impeachment. Tem partido que só tem um ministério e já garante votos. Já que o PMDB decidiu desembarcar, vamos distribuir esses cargos e tentar reverter a situação”,
reforçou esse articulador político.
Em nota, Roseana Sarney confirma que recebeu mais de meio milhão da Odebrecht  


A ex-governadora do Estado Roseana Sarney (PMDB) e o deputado federal Sarney Filho (PV) decidiram se manifestar sobre a citação de seus nomes em documentos encontrados na residência do presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Barbosa Silva Junior, no Rio de Janeiro. Junto dos nomes dos cerca de 200 políticos e outras pessoas ligadas a empresas públicas desde os anos 80 e que foram beneficiados com doações ou propinas da Odebrecht, estão incluídos maranhenses importantes, como os dois filhos do ex-presidente da República José Sarney.

Roseana Sarney – A assessoria da ex-governadora emitiu nota (confira abaixo) onde diz que a afirmativa é baseada na prerrogativa de que as informações provenientes da operação Lava Jato são referentes a ‘uma doação feita de forma legal ao Comitê Financeiro Único do PMDB-MA’ durante as eleições de 2010. “Mostram o que já era de conhecimento público”, diz um dos trechos da nota.

Sarney Filho – Quem também apresentou nota foi o deputado federal filho de Sarney. Segundo o parlamentar, o nome dele não está envolvido no inquérito da Lava Jato, no que se refere às ajudas eleitorais. Diz, ainda, que houve uma mistura de ‘matérias distintas’, o que pode confundir o leitor e ‘induzir a uma interpretação equivocada’.

– Confira abaixo o teor do texto das notas de Roseana e Sarney Filho, respectivamente: 

O documento vazado das investigações da Operação Lava Jato mostram o que já era de conhecimento público. Uma doação feita de forma legal ao Comitê Financeiro Único do PMDB-MA.

A doação está registrada na Conta Corrente 34.293-9, Agência 2972-6, Banco do Brasil, cuja titularidade é do Comitê Financeiro Único do PMDB/MA (eleição do ano de 2010), conforme demonstrativo de extrato bancário enviado anexo a esta Nota.

Portanto, reiteramos que não há nenhuma irregularidade nas doações feitas à campanha da então candidata ao Governo do Estado do Maranhão, Roseana Sarney. Surpreende-nos o fato de que o referido jornal não procurou esta assessoria para esclarecimento, o que evitaria informar aos leitores matéria inverídica.

Todas as doações foram registradas e aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão. (documento de aprovação, em anexo). Os dados também são de livre consulta no site do Tribunal Superior Eleitoral.

Seguem em anexo:

1) O cartão do CNPJ do Comitê Financeiro Único do PMDB-MA, comprovando que o CNPJ descrito no documento vazado pela operação Lava Jato corresponde ao Cadastro do Comitê.

2) A página do extrato que demonstra que no dia 14/09/2010 houve a transferência no valor de R$ 560.000,00.

3) Documento de aprovação de contas do TRE-MA.

Assessoria de Comunicação Roseana Sarney


Integra da nota do deputado Sarney Filho 

A propósito da matéria publicada na edição de 24/03, gostaria, em respeito aos leitores deste importante veículo que tanto contribui para a imprensa maranhense, quero esclarecer alguns pontos:

O meu nome não está envolvido no material relativo às ajudas eleitorais que constam do inquérito da Lava Jato, recentemente tornado sigiloso.

Misturar matérias distintas confunde o leitor e pode induzir a uma interpretação equivocada.

No que diz respeito a mim, não se trata de uma lista com nomes associados a valores.

A lista que inclui meu nome e de ilustres maranhenses, alguns inclusive há tempos falecidos, tem quase 30 anos. E, evidentemente, não é fruto de qualquer investigação, tanto é que quando se lê os grandes jornais do país e a mídia em geral o meu nome não é citado.

Certo dos seus esclarecimentos,

Deputado Sarney Filho (PV-MA) Brasília, 24 de março de 2016

fonte: Blog do Domingos Costa