sábado, 16 de setembro de 2023

STF julga direitos políticos de Dilma após impeachment 

O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a analisar, a partir da meia-noite desta sexta-feira (15), um conjunto de ações que questionam a manutenção dos direitos políticos da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) depois do impeachment.

A petista continuou elegível mesmo depois da condenação pelo Senado Federal porque as votações foram fatiadas: uma para afastá-la definitivamente da Presidência e outra para decidir se ela perderia ou não seus direitos políticos.

Partidos e políticos acionaram o STF ainda na época do impeachment, concluído em agosto de 2016.

Relatora das ações, a ministra e hoje presidente da Corte, Rosa Weber, negou, em setembro daquele ano, os pedidos para uma decisão liminar (provisória) que deixassem Dilma desde logo inelegível e impedida de ocupar cargo ou função pública.

Agora, os ministros analisarão o mérito das ações. O caso será julgado em sessão do plenário virtual entre os dias 15 e 22 de setembro. No formato, não há debate, e os magistrados apresentam seus votos em um sistema eletrônico.

As ações foram movidas pelo senador Magno Malta (PL-ES), pelo ex-senador Álvaro Dias (Podemos), pelo deputado José Medeiros (PL-MT) e pelos partidos Rede, PSDB, PPS (hoje Cidadania), MDB, PSL e Democratas (os dois últimos fundiram-se para criar o União Brasil).

Hoje, Dilma é presidente do Novo Banco do Desenvolvimento (NDB), conhecido como Banco dos Brics. (CNN Brasil)

Ouvidoria da Mulher do TJMA realiza Audiência Pública em Caxias 

A audiência ocorreu por solicitação da 3ª Vara Criminal de Caxias com intuito de apresentar serviços e ouvir as demandas da população 

A Ouvidoria da Mulher do Tribunal de Justiça do Maranhão realizou audiência pública, na última segunda-feira (11/9), no auditório da Prefeitura Municipal de Caxias. A iniciativa atendeu a uma demanda da 3ª Vara Criminal daquela comarca com o objetivo de apresentar as atribuições, serviços prestados, canais de acesso e o funcionamento da referida ouvidoria, bem como, ouvir as demandas coletivas sobre a garantia dos direitos humanos das mulheres daquela localidade.

Participaram da audiência a juíza Marcela Santana Lobo, até a ocasião, titular da 3ª Vara Criminal da Comarca de Caxias, promovida para a capital, na sessão plenária dessa quarta-feira (13/9), como juíza substituta, pelo critério de merecimento; a juíza Samira Barros Heluy, titular da 3ª Vara Especial da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Capital; o prefeito municipal, Fábio Gentil; a ouvidora da mulher do Tribunal de Justiça, Danyelle Bitencourt; o promotor de justiça Rodrigo Vasconcelos Ferro; o defensor público Evaldo José Alves de Sousa Filho; a presidente da OAB Subseção Caxias, a advogada Amanda Glauca Chaves Mesquita; capitã Hilda da Costa Santos Soares, Coordenadora da Patrulha Maria da Penha de Caxias; a procuradora da mulher na Câmara Municipal,  ngela Maria Pereira Machado Matias; o Comandante do 2º Batalhão da Polícia Militar, Ricardo Almeida de Carvalho, entre outras autoridades e expressiva representação da rede atuante em defesa das mulheres de Caxias e região.

Para a juíza Marcela Lobo, a realização da audiência pública fez-se necessária principalmente em razão da Ouvidoria da Mulher ser um serviço novo: “ A Ouvidoria está implementada há menos de um ano, então a ideia é levar ao conhecimento da sociedade qual é esse canal, para que elas possam acessar, perguntar, buscar informações, apresentar reclamações e, eventualmente, até elogios a respeito do trabalho que o Poder Judiciário vem desempenhando na comarca de Caxias”.

A audiência teve a expressiva presença da rede articulada de enfrentamento à violência doméstica e familiar contra as mulheres de Caxias e região, como Aldeias Altas e São João do Sóter, cujos apontamentos giraram em torno de elementos probatórios, atuação policial, procedimentos para o exame de corpo delito, bem como, os limites que tem a rede para assistir e atender mulheres em situação de violência. “É um momento em que todos os órgãos, em conjunto, possamos ouvir a sociedade civil organizada; ouvir as reclamações, trazer as demandas existentes aos órgãos para que, juntos, possamos encontrar os melhores caminhos para solucionar os problemas relacionados ao enfrentamento à violência contra as mulheres”, disse Amanda Chaves Mesquita, presidente da OAB Subseção Caxias.

Nesse sentido, a ouvidora da mulher enfatizou que a Ouvidoria, no âmbito da Coordenadoria da Mulher do TJMA (Cemulher), é um equipamento que chega pra somar, não só às unidades judiciais, bem como com todos os outros órgãos da rede: “ Nós realizamos o atendimento direto a essas mulheres, prestamos orientações e, também, fazemos encaminhamentos a outros serviços. Algumas vezes, não são demandas do Judiciário, mas, como atuamos em rede, fazemos o encaminhamento dessa solicitante ao órgão competente. Esse também é o nosso papel como integrantes da rede articulada.” completou Danyelle Bitencourt.

A realização das audiências públicas tem acontecido por demandas da sociedade civil, dos órgãos públicos e dos magistrados das comarcas dos interiores.

OUVIDORIA DA MULHER

A Ouvidoria da Mulher foi criada por meio da Resolução nº 97/2022, no âmbito da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão, presidida pelo desembargador Cleones Carvalho Cunha.

É um canal especializado para o atendimento de mulheres que se sintam em situação de violência de gênero, assédio moral, sexual, discriminação e outras formas de violência baseadas no gênero, no âmbito do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão, que possam desencadear procedimentos administrativos e/ou judiciais referentes a atos de violência contra as mulheres.

Além do atendimento direto às mulheres, orientações e encaminhamentos, a Ouvidoria viabiliza a melhoria dos serviços institucionais especializados na temática da violência doméstica e familiar baseada no gênero.

CONTATE A OUVIDORIA DA MULHER

O contato com a Ouvidoria da Mulher pode ser feito por meio de formulário eletrônico ou pelo telefone (98) 3198-4770 e Whatsapp (98) 98506-8033. Além disso, ainda é possível contactar a Ouvidoria pelo e-mail ouvidoriadamulher@tjma.jus.br e/ou Balcão Virtual

Para atendimento presencial, basta dirigir-se à sede da Ouvidoria na Rua de Nazaré, n. 58, Centro. (Agência TJMA de Notícias).