terça-feira, 25 de janeiro de 2022

MPF arquiva denuncia contra Bolsonaro no episódio do guaraná Jesus no Maranhão

O Ministério Público Federal decidiu arquivar a notícia de fato apresentada contra Jair Bolsonaro pelas declarações homofóbicas em relação ao guaraná Jesus, em 2020, após visitar o Maranhão.

Em outubro de 2020, aos risos, Bolsonaro disse ao beber um copo do guaraná Jesus, refrigerante popular no Maranhão:

Agora eu virei boiola. Igual maranhense, é isso? Guaraná cor-de-rosa do Maranhão aí, quem toma esse guaraná aqui vira maranhense.

Após o episódio, os deputados federais Fernanda Melchionna (RS), David Miranda (RJ), Sâmia Bomfim (SP), a estadual Luciana Genro (RS) e o distrital Fábio Félix (DF), além da ativista trans Natasha Ferreira e das vereadoras Erika Hilton (SP) e Mônica Benício (RJ), acionaram o MPF.

Passado um ano, o órgão então decidiu arquivar o pedido alegando que o presidente não teve intenção de atacar a comunidade LGBTI+ e nem ao povo maranhense.

O procurador Aldo de Campos Costa escreveu:

“Das falas impugnadas, não se extrai o objetivo de fazer com que determinados grupos de indivíduos sejam reprimidos, dominados, suprimidos ou eliminados. À luz dessas circunstâncias, conclui-se que as afirmações lançadas no expediente não consubstanciam ofensas discriminatórias de caráter negativo e, em virtude disso, não estão inseridas no conteúdo proibitivo da norma em questão”.

Autora da notícia de fato, Fernanda Melchionna criticou a decisão e promete recorrer:

Além de demorar mais de um ano para apresentar uma posição, o Ministério Público lamentavelmente ignora a realidade cruel do nosso país, que é um dos que mais mata e discrimina pessoas LGBTI+ no mundo. Declarações jocosas contra homossexuais vindas da principal autoridade do país potencializam a violência. O MPF cruzar os braços em relação a isso, alimenta ainda mais a atmosfera de impunidade. Homofobia é crime e vamos recorrer.

Do colunista Lauro Jardim

São João do Sóter: professores da rede municipal de educação voltam a protestar por conta do não pagamento do abono


Os professores da rede municipal de São João do Sóter protestaram nesta terça-feira (25) contra a gestão que não pagou o abono salarial. De acordo com os educadores, sobrou recursos do Fundeb, e mesmo assim não houve repasse aos professores, merendeiros e demais profissionais.

Segundo uma fonte do blog, a prefeita de São João do Sóter alega não haver mais recursos oriundos do Fundeb suficientes para pagamento do abono, segundo ela o recurso foi gasto com várias outras despesas na área da educação.

Assista nos vídeos abaixo os professores em carreata passando em frente a casa da prefeita Josa protestando e cobrando de imediato o pagamento do abono e o reajuste salarial. 

 

 

Candidaturas laranjas podem resultar numa alteração histórica no Legislativo caxiense 

Seguem adiante as ações judiciais que ameaçam derrubar da Câmara Municipal de Caxias MA vários vereadores por conta do não cumprimento de cotas femininas na disputa eleitoral passada e/ou as chamadas respectivas candidaturas laranjas.

No caso, se os julgamentos forem desfavoráveis a muitos dos atuais vereadores vários deles perderão o mandato, o que resultaria numa histórica e inusitada alteração no quadro do Legislativo caxiense.

O que já deveria ter sido resolvido logo após a eleição municipal passada, pode, agora, ter um desfecho incomum depois da conclusão dos processos que transitam na Justiça Eleitoral em Caxias, pois há casos muito semelhantes com jurisprudência já devidamente cravada nos tribunais do país… O suspense é grande!

As informações são do Jotônio Viana

Nota de falecimento do aposentado Miguel Alves Araujo 

O aposentado Miguel Alves de Araújo, ao lado da esposa e 
dos filhos. 

É com pesar que informamos sobre o falecimento do aposentado Miguel Alves de Araújo, aos 98 anos, ocorrido nesta terça-feira (25), em decorrência de falência múltiplas dos órgãos.  

Miguel, que durante muitos anos trabalhou na Cerâmica Queiroz, era irmão do ex-prefeito de Aldeias Altas, Abílio Araujo. (in memoriam). Ele era casado com a senhora Maria Alves de Araújo, deixa 4 filhos e 3 netos. 

Amigos e familiares podem prestar uma última homenagem durante o velório que tá acontecendo na residencia da família localizada na Praça da Chapada. O sepultamento ocorrerá no Cemitério São Benedito, às 17h. 

Aos familiares e amigos os nossos sinceros sentimentos. 

SAAE Caxias instala nova rede de abastecimento de água em ruas do bairro Tamarineiro

Seu José Alves Costa acompanha de perto o trabalho do SAAE Caxias na rua Senhor do Bonfim, bairro Tamarineiro. Ele está construindo a casa dele no local e está feliz com a instalação da rede de abastecimento de água.

“Agora eu tô feliz, chegou na hora certa. Meu sonho é construir minha casinha aqui, eu comprei esse terreno aqui porque é mais sossegado, e agora com a água eu vou fazer o plantio de verão, aguar a verdurazinha pra comer”, relata o aposentado José Alves Costa.

A equipe da Autarquia realiza mais um importante trabalho para levar água potável para as famílias caxienses.


 “O SAAE Caxias, na gestão do prefeito Fábio Gentil, trabalha de domingo a domingo para servir bem à população caxiense tanto na zona urbana quanto na zona rural. E hoje estamos aqui, no bairro Tamarineiro, implantando mais 150 m de extensão de rede de 60 mm em uma das ruas que, em seguida, será toda pavimentada por meio da Secretaria de Infraestrutura. Duas ruas já foram pavimentadas e estamos na terceira e terá uma quarta também, onde vamos instalar tubulação dimensionada para atender as mais de 90 famílias que já residem e as que vão construir mais casas porque a gente sabe que a cidade de Caxias está em constante crescimento e o serviço público precisa acompanhar para garantir dignidade e qualidade de vida para todo cidadão”, explica o diretor do SAAE Caxias, o engenheiro Arnaldo Arruda.

Somente na gestão do prefeito Fábio Gentil, o SAAE Caxias já instalou cerca de 90 km de rede de abastecimento de água, levando mais qualidade de vida para a população tanto da zona urbana quanto da zona rural da cidade.

'Destempero de Bolsonaro abalou economia do pais', diz Sergio Moro 

Estadão

O ex-juiz Sérgio Moro, pré-candidato à Presidência pelo Podemos, avalia que as intenções de “golpe” do presidente Jair Bolsonaro prejudicam a economia brasileira e afugentam investidores estrangeiros do País. “Muita gente atribui essa escalada gigante do dólar no ano passado e por consequência a elevação da inflação do preço dos alimentos e combustíveis a esse destempero verbal do presidente”, diz em entrevista ao Estadão.

Moro também não economiza críticas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva Lula e ao PT. Segundo ele, ao não reconhecer seus erros passados em investigações sobre corrupção e também na condução da economia, o ex-presidente “está fadado a repeti-los” “Sou muito diferente de Bolsonaro e de Lula. Absolutamente incompatível”, afirma o ex-juiz, prometendo “arrebentar a polarização”.

Qual a chance de o senhor, recém-filiado ao Podemos, já trocar de partido para o União Brasil?

Tem muitas especulações. O que existe de concreto é que nós estamos construindo um projeto, com um grupo de especialistas capitaneado pelo Affonso Pastore, e construindo alianças políticas a partir do Podemos. Estamos fortalecendo o Podemos, com o ingresso de componentes do Movimento Brasil Livre (MBL).

O MBL vai ser seu exército na guerrilha virtual com o bolsonarismo? O senhor já adotou até um verbo ao estilo deles, “arrebentar” a polarização…

O MBL é muito hábil nesse debate virtual, mas essa expressão “arrebentar a polarização” é de fato minha. Nós estamos estruturando a parte de comunicação da pré-campanha nas redes sociais e precisamos de aliados. No fundo isso surge de uma maneira muito orgânica, não usamos ou utilizaremos jamais mecanismos artificiais, robôs, por exemplo.

O senhor é ex-ministro de Bolsonaro, tem o apoio de vários ex-bolsonaristas. É correto dar razão a quem diz que o senhor quer ser uma versão melhorada do presidente?

Sou muito diferente de Bolsonaro e de Lula. Absolutamente incompatível. Aceitei o convite porque entendi que havia uma chance de dar certo e que a minha pauta era desejada pelo País de combate à criminalidade, não só corrupção, mas violência e crime organizado. Logo percebi que essa pauta tinha sido sabotada pelo próprio presidente e preferi deixar o governo. Ninguém se torna cúmplice do Bolsonaro por ter querido realizar seus sonhos, que na verdade são sonhos para o País também.

Se arrepende de ter assumido cargo no governo?

De forma nenhuma. No governo, eu permaneci fiel ao meu projeto, princípios e valores. Tenho muito orgulho de ter deixado o governo, foi a melhor decisão que eu tomei.

O senhor ficou tempo demais?

Não podia deixar o governo antes de o projeto anticrime ser votado. A Câmara inseriu modificações que pioraram o texto, e resolvi ficar até o veto presidencial. Foi um dos momentos no qual o presidente traiu o País. Paralelo a isso, o presidente havia feito movimentos para interferir na Polícia Federal, que em mãos erradas pode ser utilizada em detrimento da população. Quando o presidente passou por cima de mim e trocou o diretor, acabaram as razões para minha permanência.

Críticos e alvos da Lava Jato sempre alegaram interesses políticos por parte do senhor e integrantes da operação. A entrada do senhor e de Deltan na política não dá razão a eles?

Durante o governo do PT você teve os dois maiores casos de corrupção da história, o mensalão e o petrolão. Esses casos foram investigados, contêm provas robustas. Nós fomos apenas juiz, promotor, policial, apenas veículos da revelação desses fatos. O sistema político reagiu para impedir novas investigações e novos processos contra grande corrupção. Toda vergonha disso reside não em quem lutou contra a corrupção, mas exatamente contra quem agiu para desmantelar o combate à corrupção.

O senhor subiu o tom contra Lula, depois de ele lhe chamar de canalha. Até então isso era incomum. O tom será esse agora?

Precisamos reagir quando Lula mente dizendo que não houve corrupção na Petrobras, ofendendo a Lava Jato, que salvou a Petrobras das garras do PT. Essas reações provavelmente persistirão porque não se vê o PT abandonando essa narrativa de mentiras. Se não faz isso, se simplesmente nega a realidade, nega os fatos, está fadado a repeti-los.

Bolsonaro costuma dizer que não há corrupção no governo dele. O senhor consegue confirmar isso?

Não vejo hoje a Polícia Federal com condições de autonomia suficientes para realizar grandes operações contra a corrupção, assim fica muito fácil afirmar que não existe corrupção dentro do governo. Do outro lado, o presidente abraçou a política fisiológica e o orçamento secreto. As velhas práticas estão de volta.

Defende alguma mudança no teto de gastos?

A discussão é imprescindível, vai estar no nosso programa, seja restaurando o teto, seja dando uma nova forma para evitar o descontrole da dívida pública. Qualquer outra proposta é ilusão. O crescimento econômico depende principalmente do elemento confiança e essa confiança foi rompida, tanto pelos discursos erráticos do presidente da República em matéria econômica, quanto pelo planejamento no ano passado de uma espécie de golpe de Estado.

Quando Bolsonaro tentou um golpe de Estado?

Passou 2021 inteiro falando em questionar a legitimidade das eleições, em realizar movimentos agressivos contra as instituições. O abalo que isso trouxe à credibilidade do Brasil e igualmente a nossa economia… Muita gente atribui essa escalada gigante do dólar no ano passado, a elevação da inflação, do preço dos alimentos e dos combustíveis a esse destempero verbal do presidente.

Lula acena aos trabalhadores com a revisão da reforma trabalhista. Há correções a serem feitas?

O PT está insistindo em fórmulas que não deram certo e vão gerar muito desemprego. Antes de tomar a decisão de colocar meu nome à disposição, muita gente me aconselhou a esperar 2026, porque se o PT ganhasse seria um desastre econômico. Estamos vendo, pelas propostas que o PT apresenta, que isso é um quadro provável. Mas acho que o Brasil não pode esperar mais quatro anos. É um risco de deterioração institucional que gera danos irreversíveis.

O governo negocia uma solução com o Congresso, com renúncia de receitas, zerando impostos, para controlar a alta dos combustíveis. Qual seria a sua proposta?

O culpado pelo valor dos combustíveis é o governo. Isso está associado diretamente à cotação do dólar, que está acima do que deveria, pelos fundamentos econômicos do País, mas que é gerada pela falta de confiança no Brasil.

O TCU apura a relação do senhor com a consultoria Alvarez & Marsal, contratada por empresas alvo da Lava Jato. Por que o senhor não revela o seu salário?

Seria uma forma de eu ceder a esses reclamos equivocados do TCU. No setor privado meu trabalho não era defender empresa, era dar consultoria para empresas adotarem políticas antissuborno, compliance, due diligence, investigação corporativa interna. Jamais prestei qualquer serviço a Odebrecht ou qualquer empresa relacionada à Lava Jato. Essa hipótese do TCU além de fantasiosa é absurda.