sábado, 19 de setembro de 2015

Ex-prefeita de Bom Jardim completa um mês de foragida


A fuga da ex-prefeita do município de Bom Jardim Lidiane Leite (sem partido), que ganhou repercussão internacional, completa hoje um mês. Lidiane foi declarada foragida pela Polícia Federal (PF) no dia 20 de agosto, após ter sido deflagrada a Operação Éden, no município.

Até o momento, não há qualquer informação do paradeiro da ex-prefeita, que perdeu o cargo político após abandonar a administração pública. Dois aliados da ex-gestora estão presos no Complexo Penitenciário de Pedrinhas e aguardam julgamento por desvio de dinheiro público. Lidiane Leite é apontada pela PF como membro de uma organização criminosa que pode ter desviado até R$ 15 milhões da Prefeitura de Bom Jardim.

Fazem parte desta organização, segundo a polícia, os ex-secretários do município, Beto Rocha, de Assuntos Políticos, e Antônio Cesarino, de Agricultura. Ambos foram presos na data do início da fuga de Lidiane.

Merenda
A polícia chegou à organização após monitorar e rastrear o desvio de recursos federais destinados à merenda escolar por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

As investigações foram comandadas pelo delegado Ronildo Lages, chefe da Delegacia de Repressão aos Crimes Patrimoniais da Polícia Federal no Maranhão. Oito dias depois da fuga de Lidiane Leite, a então vice-prefeita do município, Malrinete Gralhada (PMBD), assumiu o comando da administração pública, após decisão do juiz Cristóvão Barros, titular da 2ª Vara da Comarca de Santa Inês.

Gralhada havia ingressado com mandado de segurança para alcançar o posto. A peemedebista acabou empossada pelo próprio juiz, o que, naquela oportunidade, acabou inviabilizando a articulação da Câmara de Bom Jardim. Os vereadores aguardavam que a ausência injustificada completasse 10 dias para que fosse pedido o seu afastamento.

fonte: O Estado 
Policia Civil volta a decretar greve por tempo indeterminado 

Policiais civis em frente a Delegacia Regional de Caxias - foto/arquivo
A Polícia Civil do Maranhão voltou a decretar greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada em assembleia geral realizada nesta sexta-feira (18), na Associação dos Bancários, no bairro do Centro, em São Luís. Durante o movimento, apenas 30% do efetivo nas delegacias e regionais vão atender a população, conforme previsto em lei. Peritos e delegados não aderiram à greve. No Estado, são 2.116 policiais civis.

O movimento havia sido suspenso no dia 10 de agosto. Na ocasião, o Sinpol decidiu pela suspensão da greve até o dia 4 de setembro, quando o Estado deveria ter apresentado uma proposta do  à categoria. “Fizemos ultima tentativa com o governo ontem (quinta-feira, 17). Como o governo não apresentou uma proposta que atenda as reivindicações, a greve volta a ser deflagrada por tempo indeterminado. ”, afirmou Heleudo Moreira, presidente do Sinpol-MA.

Os policiais civis reivindicam melhores condições de trabalho e pleiteiam a reestruturação do subsídio com base nas tabelas apresentadas pelo governo do Maranhão. Também estão na pauta assunto como aumento do efetivo, tecnologia, inteligência policial e melhores condições de trabalho.O presidente do sindicato afirma que hoje um agente da polícia ganha 20% do salário de um delegado. Peritos e delegados não aderiram ao movimento de greve.

Em nota o governo do estado, que disse ser inviável qualquer tipo de reajuste aos policiais civis devido a queda na arrecadação estadual. O Executivo estadual pede, também, a compreensão dos servidores para que não se afastem do local de trabalho.  Confira a íntegra da nota abaixo:

NOTA

A Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-MA), por meio da Delegacia Geral de Polícia Civil, informa que mantém os canais abertos para diálogo com os policiais civis sobre a implementação salarial. Ressalta que reconhece a importância desta categoria e de suas demandas.

Neste momento, considerando a situação econômica vigente, onde a arrecadação estadual apresentou queda, foram inviabilizadas uma série de ações em diversas áreas, entre estas, na Segurança. Reitera, ainda, que o Estado tem responsabilidade com o pagamento dos vencimentos de servidores e demais demandas da gestão.

Diante do quadro, pede-se a compreensão dos servidores para que não se afastem do local de trabalho e permaneçam em suas atividades normais, a fim de garantir o direito do cidadão à segurança e não incorrerem em sanções administrativas previstas em lei.