quinta-feira, 23 de abril de 2015

Após três anos da execução do jornalista Décio Sá maioria dos acusados ainda aguardam julgamento


Após três anos do crime, 9 dos 11 acusados de participarem da trama armada para assassinar o jornalista e blogueiro Décio Sá ainda não foram julgados pela Justiça. Ele foi morto em 23 de abril de 2012, com três tiros de pistola ponto 40 em um bar na Avenida Litorânea enquanto esperava amigos para jantar.

Dos 11 acusados de participação no crime, apenas o executor Jhonatan de Sousa Silva e Marcos Bruno da Silva Oliveira, que deu fuga ao assassino na noite do homicídio, já foram julgados e condenados pela Justiça. Os demais, dos quais um está foragido, aguardam julgamento de recurso contra a decisão de irem a júri popular.

Jhonathan de Sousa Silva e Marcos Bruno Silva de Oliveira foram condenados em um júri popular que durou dois dias, em fevereiro do ano passado. O julgamento ocorreu no auditório do Tribunal do Júri de São Luís no Fórum Desembargador Sarney Costa, no Calhau.

Jhonathan Silva foi condenado a 25 anos e 3 meses de prisão. Marcos Bruno Silva de Oliveira, a 18 anos e 3 meses de reclusão. A defesa dos acusados ingressou com recurso de apelação da decisão do júri, no Tribunal de Justiça do Maranhão, e aguarda decisão da segunda instância.

O julgamento de Jhonathan Silva e Marcos de Oliveira foi presidido pelo juiz Osmar Gomes dos Santos. Atuaram na acusação o promotor de Justiça Rodolfo Soares dos Reis, auxiliado pelos promotores Haroldo Paiva de Brito e Benedito de Jesus Nascimento Neto. A defesa ficou com os advogados Pedro Jarbas da Silva e José Berilo. Jhonathan de Sousa Silva (executor) permanece preso no presídio federal de Campo Grande (MS), de onde veio para o julgamento na capital maranhense em fevereiro de 2014. Marcos Bruno Silva de Oliveira (piloto da moto que conduziu o executor) está preso em São Luís.

Sem data para julgamento ­ Os demais acusados de participação no crime ainda não têm data de julgamento. Isso porque recorreram da pronúncia, mas o juiz Osmar Gomes manteve a decisão, seguindo as contrarrazões do Ministério Público Estadual (MP) e remeteu o traslado dos recursos e do inquérito ao Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ).

Os recursos apresentados na Justiça de 2º grau (TJ) estão sob a relatoria do desembargador José Luiz Oliveira de Almeida. Dos acusados que ainda aguardam julgamento, três já estão na prisão: José de Alencar Miranda Carvalho, Gláucio Alencar Pontes Carvalho e José Raimundo Sales Chaves Júnior, o Júnior Bolinha.