quinta-feira, 23 de julho de 2020

MDB de "esquerda": PCdoB, PSB, Freixo e outros estudam criação de partido que terá tudo, menos independência de classe 
O recente “namoro” entre Flávio Dino e PSB revelou desejo de fusão entre os dois partidos. Além do PSB, Dino busca uma série de lideranças na intenção de criar um partido amplíssimo que ele mesmo chama, demagogicamente, de “MDB de esquerda”.

Flavio Dino tem encabeçado uma ideia que chama de "audaz", mas que não tem outra forma de colocar que não "oportunista", no mínimo: quer unir as legendas de seu partido (PCdoB) e do PSB logo após as eleições municipais: a ideia é um partido equivocadamente chamado de "esquerda", que atraia uma série de figuras insatisfeitas com suas próprias legendas, e sugere a inclusão de Marcelo Freixo, do PSOL. Enquanto a pandemia já levou 80 mil pessoas (ou muito mais, tendo em vista a subnotificação), o que está no horizonte do governador do Maranhão é o interesse em se candidatar à presidência em 2022. O PSB tem se atraído pela possibilidade e a fusão tem grandes chances de se concretizar, segundo O Globo.
Ainda segundo o jornal, a fusão das legendas proporcionaria um fundo eleitoral superior a R$145 milhões, maior que fundos de partidos como PSDB e DEM. Dino tem propagandeado a ideia como um “MDB de esquerda”, justamente porque propõe um partido que tenha braços abertos para ex-filiados a outros partidos que fiquem “descontentes” com suas legendas. Não é surpresa saber que Freixo está “cotado”, uma vez que tem tido guinadas à direita cada vez mais profundas dentro do PSOL, que não de hoje vem demonstrando seus limites enquanto alternativa à esquerda do PT.
Aberto a diálogos com Jorge Picciani, Rodrigo Maia e outras figuras do centrão, Freixo deliberadamente desistiu de disputar a prefeitura do Rio de Janeiro pelo seu partido ao não ter rejeitada sua proposta de chapa eleitoral que contasse com PT, PCdoB, PSB e PDT – no mínimo – segundo ele a construção de uma “unidade ampla” deve estar acima de “projetos pessoais”. A desistência acontece em um momento no qual o Rio é um dos epicentros da crise política, econômica e social que enfrentamos, e palco de um verdadeiro massacre realizado pela polícia contra a população preta e das favelas. Para Freixo, porém, manter-se minimamente no campo da esquerda é um "projeto pessoal", como disse, e, além disso, ele deliberadamente busca fortalecer a polícia e seu aparato repressivo, buscando atrair uma base política entre os policiais, como ficou evidente no início do ano ao garantir duas emendas que beneficiam esse setor, ignorando a questão fundamental de que a polícia mais bem armada significa fortalecer uma instituição que tem como sua definição a defesa do Estado burguês e da propriedade privada, com interesses por definição antagônicos aos dos trabalhadores e do povo preto e pobre.
Segundo Dino, ele e Freixo vem se reunindo regularmente com Maia, Eduardo Leite, e Luciano Hulk, buscando conformar uma frente tão ampla quanto for possível, e assim mesmo, estéril, completamente descolada de qualquer alternativa legitimamente de esquerda que se ligue aos trabalhadores para derrotar nas ruas a extrema-direita. Como parte da construção dessa frente amplíssima, essas figuras realizaram um ato-live algumas semanas atrás chamado "Direitos já!", onde outras figuras do PSOL como Boulos e Fernanda Melchionna apareciam lado a lado de figuras diretamente de direita como Alckmin, FHC e setores do mercado financeiro.
Dino enfrenta alguns obstáculos nas suas empreitadas partidárias, como é a resistência de partidos como PT e PDT, que buscam, até o momento, sair com candidaturas próprias em 2022. No caso do PT, há uma divisão de tarefas já bem conhecida, na qual Lula se coloca por fora dessas frentes e alianças que vem sendo construídas, como foi sua decisão de não se somar ao ato, para fazer parecer que tem algum resquício de decência, enquanto por outro lado, através de governadores de estados do Nordeste, seguem dando as mãos para os piores golpistas e capitalistas de todo tipo, que até ontem encabeçaram um golpe institucional no país e ainda hoje assinam embaixo de incontáveis ataques aos trabalhadores, estudantes e povo pobre.
Muito longe da demagogia de Dino e das ilusões do PSOL, a construção de uma alternativa de esquerda que esteja verdadeiramente à altura de derrotar Bolsonaro, Mourão e os militares não pode ser construída a partir de fortalecer "frentes amplas" que dão as mãos com setores completamente sujos e apodrecidos deste regime político. Essas alianças não somente não vão dar em nada. Elas vão levar diretamente ao fortalecimento de uma nova direita no Brasil. É isso o que querem essas alternativas: enfraquecer Bolsonaro, mas não para favorecer interesses dos trabalhadores, e sim fortalecer um novo balaio de gato com interesses mais inescrupulosos e anti-operários que se possa imaginar.
Para derrotar a extrema-direita, é preciso construir o Fora Bolsonaro e Mourão, batalhando não apenas contra os principais atores do Palácio do Planalto, mas questionando de conjunto esse regime completamente apodrecido que degrada as vidas dos trabalhadores a da população. É preciso questioná-lo com uma luta real, que coloque a necessidade de uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana. Mais uma vez, as apostas desses partidos é esperar quatro anos para trocar os jogadores, basta! Não podemos mais seguir perdendo vidas! Somente mudando radicalmente as regras do jogo é que poderemos delinear um horizonte no qual não estejamos fadados a pagar pelos custos da crise capitalista. Somente com uma Assembleia Constituinte é que poderemos de fato ditar os rumos do país sob a perspectiva da nossa classe.
Fonte: Esquerda Diário 
UPA/Caxias consegue pela primeira vez zerar a quantidade pacientes internados com covid-19 

Paciente recebendo alta na UPA/Caxias após vencer a batalha contra a covid-19
No começo do atendimento aos pacientes com covid-19, assim que a pandemia teve início, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Caxias era praticamente a única unidade para o atendimento aos pacientes com síndromes gripais ou casos confirmados para a covid-19, o que fez com que houvesse uma grande procura pela unidade, que em muitos momentos operou em sua capacidade máxima. No mês de junho, com a abertura das atividades, por exemplo, a UPA estava com praticamente todos os leitos ocupados.
A abertura dos atendimentos no Centro Médico, hospital de campanha alugado pela Prefeitura de Caxias, a abertura da UTI para pacientes com covid-19 no Complexo Municipal Gentil Filho, somados a outros esforços, como o da Atenção Primária, que fornece a medicação já na Unidade Básica de Saúde para o tratamento dos primeiros sintomas apresentados pelos pacientes, foram medidas que ampliaram o raio de atuação e a capacidade da rede municipal de saúde.
Todas estas medidas foram importantes e continuam funcionando com sucesso, a tal ponto que fez com que a UPA, tanto por meio de altas médicas, quanto pela transferência (regulação) de pacientes para os demais hospitais da rede de saúde, chegasse nessa terça-feira (21) a zerar a quantidade de pacientes na unidade e, nesta quarta-feira (22), estivesse com apenas um paciente internado, dando assim uma dinâmica de trabalho mais estabilizada para todo o serviço de saúde, que, funcionando em sintonia, consegue dar agilidade e maior resolutividade aos casos de pessoas que precisam enfrentar a covid-19.

A UPA é a unidade de saúde referência no município para atendimento de casos de pacientes suspeitos e confirmados com a covid-19. Para o diretor da UPA, Dr. Leosk Pinto, o momento é representativo, pois mostra o esforço da gestão municipal em oferecer o melhor atendimento aos caxienses, mobilizando todos os esforços para atingir este objetivo.
“É com satisfação que venho expor que nesta terça-feira conseguimos pela primeira vez zerar o número de leitos na UPA. São 5 leitos de UTI e 20 leitos de enfermaria covid-19 sem nenhum paciente. Sabemos que estamos numa guerra contra um inimigo malicioso e covarde. Sabemos que em toda batalha, infelizmente, existem perdas, mas hoje mais do que nunca podemos ter a certeza em afirmar que a UPA de Caxias é a UPA da recuperação”, explica o diretor.
Ele agradece a Deus, a todos os colegas de trabalho e à gestão municipal, que não tem medido esforços para oferecer aos caxienses um atendimento de excelência, enfrentando com responsabilidade a gravidade da doença.
“Um agradecimento sempre em primeiro lugar a Deus, aos nossos funcionários, à gestão municipal, que me possibilitou autonomia e condições de trabalho. Sozinho ninguém vence uma guerra, mas com cautela e comprometimento conseguimos hoje diminuir praticamente a zero esses leitos ocupados na UPA”, afirma Leosk Pinto.
Ele reforça que o momento ainda é de muita atenção e, por isso, a população deve continuar tomando todos os cuidados para evitar adoecer. O momento é de união de esforços, da gestão e da comunidade, com o uso de máscaras faciais, álcool em gel 70%, lavar as mãos com água e sabão sempre que pegar em alguma superfície, manter o distanciamento social, dentre outras medidas de segurança.
“Porém, é importante ressaltar à nossa população que ainda precisamos ter total cautela, pois, como disse, é um inimigo covarde. Por isso devemos seguir todos os cuidados”, alerta o diretor da UPA.

Ascom/PMC 
Comícios e eventos devem ser proibidos durante eleições municipais de 2020
Da coluna do Mário Assunção (Portal Noca) 


Projeto de Lei (PL 3602/2020) em tramitação na Câmara dos Deputados prevê a proibição de comícios e eventos que promovam aglomerações durante as eleições municipais deste ano. Segundo a proposta, esses eventos ficam impedidos de ocorrer enquanto durar o estado de calamidade pública decretado por conta da pandemia do novo coronavírus, que se encerra em 31 de dezembro deste ano. A proposta é de autoria do deputado federal Túlio Gadêlha (PDT-PE).
De acordo com o projeto, caberá ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) editar um regulamento com medidas que garantam a segurança sanitária de mesários e eleitores durante a votação, o que inclui ações que estabeleçam o distanciamento social. O regulamento deverá ser divulgado pelo menos 30 dias antes do primeiro turno.
Eduardo Stranz, consultor da Confederação Nacional de Municípios (CNM), diz que a proposta se adequa a realidade vivida no país, mas afirma que candidatos de municípios pequenos, onde os comícios é a principal plataforma de campanha, poderão ser prejudicados. “No interior do Brasil, a eleição ainda ocorre com visitas de porta em porta, com a realização de comícios, através do contato físico com o eleitor”, disse.
Na justificativa de apresentação do projeto de lei, Gadêlha alega que há unanimidade entre especialistas de saúde em relação a medidas de isolamento social para evitar o contágio da Covid-19. Além disso, o parlamentar cita que, mesmo com um eventual controle da pandemia, é preciso garantir que novos surtos não aconteçam.
“Precisamos ter a consciência de que, tão importante quanto conter o atual surto, é essencial evitar que surjam novos.”
 Mesmo que nos próximos meses o surto mais grave seja controlado, apenas a manutenção de medidas sanitárias corretas garantirá a preservação da nossa saúde”, defende.
No começo deste mês, o Congresso Nacional promulgou a Emenda à Constituição que adiou o primeiro e segundo turno das eleições deste ano para os dias 15 e 29 de novembro, respectivamente, por conta da pandemia Segundo o calendário eleitoral, as votações iriam ocorrer em 4 e 25 de outubro. Foram meses de discussão, que envolveu o Congresso Nacional, especialistas de saúde e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para se chegar a um consenso.
Proposta de adiamento das eleições deste ano altera datas do calendário eleitoral
De acordo com a emenda, os prazos determinados no calendário eleitoral, como o registro de candidaturas e o início da propaganda eleitoral, também foram adiados. Caso julgue necessário, a partir de solicitação da Justiça Eleitoral, o Congresso Nacional pode estabelecer novas datas nas eleições em cidades com alta incidência do novo coronavírus. A data limite para realização do pleito foi fixada em 27 de dezembro deste ano.

Expectativa

O analista político Creomar de Souza diz que é bastante provável que alguns candidatos das eleições deste ano vão utilizar, durante a campanha, o discurso de negação à pandemia. Ele acredita que esses políticos vão insistir na realização de eventos que geram aglomerações. “Algumas lideranças políticas vão manter os comícios e as aglomerações, pois a negação da pandemia tem um aspecto eleitoral importante. Dizer que não tem problema ou afirmar que é reduzido, é parte de um discurso que gera um impacto considerável em parte do eleitorado”, afirma.

Tramitação

A matéria ainda não começou a ser discutida na Câmara dos Deputados. Por conta da pandemia e da implementação das Sessões Deliberativas Remotas (SDRs), a maior parte das propostas encaminhadas por deputados federais e senadores são votadas e discutidas diretamente no plenário, sem a discussão nas comissões das respectivas casas.
Fonte: O Imparcial
Paulo Abade em ato solidário cobra atendimento médico 

Paulo Abade cobrando atendimento médico ao lado da esposa, filha e nora do sargento Carlos 
Em um ato onde demonstrou solidariedade e companheirismo, na terça-feira (21), o sargento da PM Paulo Abade cobrou atendimento médico ao colega de farda sargento Carlos, que se encontra enfermo e acamado em casa no bairro Nova Caxias. Ao lado da esposa, filha e nora do militar enfermo, Paulo Abade gravou um vídeo cobrando os atendentes da UBS da Nova Caxias que se deslocassem até sua residencia para fazer a troca de uma sonda. 

Na gravação, Paulo Abade e os familiares do sargento Carlos, que por conta da gravidade da enfermidade não pode sair de casa distante 300 mts da UBS, relataram seu sofrimento para conseguir atendimento médico na rede publica.

"Sargento Carlos prestou relevantes a sociedade caxiense. Hoje se encontra numa situação difícil, doente, acamado, se contorcendo de dor e praticamente humilhado, pois é uma dificuldade para a família conseguir atendimento médico pra ele. Os atendentes da UBS da Nova Caxias precisam ser pessoas mais humanos. Eu classifico como falta de amor ao próximo esse tipo de atitude de não querer prestar atendimento médico domiciliar para um paciente que não pode se deslocar de casa para o posto médico", desabafou Paulo Abade. 

Em tempo - Foi necessário a intervenção de uma guarnição da PM para conseguir o atendimento médico para o sargento Carlos. 

Equipe médica da UBS da Nova Caxias em procedimento médico na
residencia do sargento Carlos. 

Cinegrafista da TV Sinal Verde morre após acidente de moto 


Um acidente envolvendo duas, ocorrido na noite de ontem (22) ceifou a vida do cinegrafista Kleidson de Jesus Reis (foto), de 37 anos. A vitima trabalhava na TV Sinal Verde. A fatalidade foi registrada no cruzamento da rua Santa Maria com  Abel Antunes. 

Kleidson pilotava sua moto quando foi atingido por outra moto pilotada por um entregador de pizza, que evadiu-se do local após perceber a gravidade do acidente. Ele caiu no chão, bateu a cabeça e perdeu bastante massa encefálica. 

O cinegrafista foi socorrido pelo SAMU, mas não resistiu aos ferimentos. 

O corpo de Kleidson está sendo velado na Capela de Santa Rita, localizada nas proximidades do Posto de Saúde do Piquizeiro. 

Não há informações sobre o horário do sepultamento. 

Vários amigos e companheiros de trabalho lamentaram nas redes socais a morte prematura de Kleidson. 

O Blog se solidariza com a família enlutada neste momento de tristeza e profunda dor.