Mãe faz apelo para reencontrar filha...
A dona de casa Maria de Fátima Santos Cordeiro (foto), de 56 anos, moradora da Rua Bela
Vista, nº 1580 no bairro Castelo Branco em Caxias. Viúva há 4 anos, ela é mãe de
seis filhos, quatro deles por adoção. Há três anos sofreu um AVC e em questão de meses teve duas recaídas. Hoje em dia a mesma tem problemas de
locomoção, pressão alta, dificuldades para falar e ingere 8 comprimidos ao dia.
Se as coisas parecem não andar fácil para ela com todos
esses problemas de saúde, imagine a dona de casa morando somente com um neto de
apenas 11 anos. Isso mesmo, dos seis filhos que criou nenhum convive com ela. Duas filhas que residem em Caxias não fazem questão de frequentar a
residência da mãe. Os demais estão há anos sem manter e isso só aumenta a
angustia de dona Maria de Fátima.
Para piorar a situação, em março do ano passado o INSS suspendeu o beneficio que ela recebia pensionista do marido falecido que durante anos foi servidor publico estadual. Sem condições físicas e financeiras, ela
apelou para uma irmã, que passou a sustentá-la.
Outra irmã, residente em Brasília levou dona Maria de Fátima
para o Distrito Federal a fim de tratar da saúde e tentar reaver o
benefício. Internada no
Hospital Sarah Kubitschek, ela ouviu dos médicos que a situação do AVC é
irreversível. Mas, no meio de tanta notícia ruim, saiu uma ótima, dona Maria de Fátima voltará a receber nos proximos dias o beneficio do INSS que havia sido suspenso.
De volta à Caxias em dezembro do ano passado, dona Maria de
Fátima retornou com a esperança de rever a filha primogênita Ana Paula Cordeiro
Alves, que há seis anos deixou Caxias e nunca mais manteve contato.
“Ligo para o numero que tinha dela e só diz que ele não
existe”, fala emocionada Maria de Fátima, acrescentando que a única informação
é de que a filha hoje casada com Maurício Alves mora no Distrito de São Mateus em
São Paulo e tem um casal de filhos.
A dona de casa acredita que a filha, hoje com 40 anos, vai
se sensibilizar com sua situação e retornar à Caxias. “Minha filha não sabe nem
que estou doente, nesta situação”, relata chorando Maria de Fátima.
Nesta quinta-feira, 7 de janeiro, quando à visitamos em sua
residência, já passava das 17h e dona Maria de Fátima ainda não tinha almoçado.
Encontramos com ela o sobrinho, Rogério Gomes da Silva, que
compadecido com a situação, veio do Povoado Sossego para dar assistência à tia.
“Eu soube hoje que ela voltou para Caxias e vim ajudar, mas já tenho que
retornar para zona rural. Enquanto eu puder vai ser assim, venho e volto pra o
interior todos os dias, disse.
Os outros filhos de dona Maria de Fátima são: Francisco, 42
anos, há três anos sem contato, Marcos Vinícius, 32 anos, Daiane, 27 anos,
Domingos, 24 anos e Alzira, 18 anos.
Enquanto não consegue contato com a primogênita, dona Maria
de Fátima vai sobrevivendo com todas suas limitações financeiras e de saúde e
na esperança de voltar a sorrir. “Se Deus quiser vou ter minha filha aqui do
meu lado, não suporto mais essa saudade”, finalizou.
por Mano Santos