quarta-feira, 1 de maio de 2024

 Ayrton Senna vive!

Arnaldo Rodrigues*

Não sou daqueles que costuma fazer idolatria a pessoas, bem como cantores, artistas,  políticos,  escritores desportistas. Resumindo não sou fã de ninguém, simplesmente admiro algumas personalidades,  meu único ídolo é somente Jesus Cristo filho do Senhor.

Hoje faz 30 anos que o piloto brasileiro de Fórmula 1, Ayrton Senna da Silva, faleceu, num trágico acidente automobilístico em um domingo inesquecível,  coincidentemente no Dia do Trabalhador. Um dia festivo em todo universo.  

Como de praxe pra quem gosta do automobilismo durante a temporada anual da F1, muitas pessoas,  assim como eu, reservávamos as manhãs de domingo para assistir o Grande Prêmio de Fórmula1, mas as vezes acontecem até as madrugadas e tardes, por conta dos fusos horários de alguns países, aonde são realizadas as provas.  

Senna nasceu no dia 26 de março de 1960, em São Paulo (SP) e morreu, aos 34 anos, durante o Grande Prêmio de San Marino, no circuito de Ímola, na Itália, em 1º de maio de 1994, e se estivesse vivo estaria hoje com 64 anos de idade. 

Aquele fim semana que antecederia a corrida já dava sinais que seria trágico marcado por acidentes na Fórmula-1. O piloto austríaco Roland Ratzenberger faleceu durante os treinos da véspera. E, antes disso, o brasileiro Rubens Barrichello sofrera um acidente na curva Tamburello, mesmo local no qual Senna, a 320 km por hora, perderia o controle de seu carro, chocando-se violentamente contra um muro. 


Eu com meus 16 anos de idade assisti ao vivo na TV, quando ocorreu o exato momento em que Senna bateu forte no muro, às 9:18, horário de Brasília.  A corrida foi interrompida, por conta do grave acidente. Dali em diante com a remoção do corpo de Senna para o hospital, começavam as especulações sobre o estado de saúde do piloto brasileiro. 

Após alguns minutos a corrida é reiniciada, a quase todo momento o narrador Galvão Bueno, juntamente com o comentarista Reginaldo Leme e o repórter Roberto Cabrini nos mantinham informados sobre o acidente. Uma nuvem de dúvidas pairou sobre os telespectadores. 

A corrida prova foi vencida pelo piloto alemão Michael Schumacher, completariam o pódio Nicola Narini em segundo lugar e Mika Hakinnen em terceiro. 

Naquela época não havia redes sociais,  às notícias não circulavam de forma instantânea como hoje em dia, nada viralizava. Éramos reféns das emissoras de TV e do velho e bom rádio. 

Foi que então às 13h:40, do domingo 1° de maio de 1994, a TV Globo anunciou a morte de Senna para os milhões de telespectadores que aguardavam ansiosamente alguma notícia do ídolo e tricampeão. mundial de Formula 1. Essa era a notícia que ninguém queria ouvir. 

Uma verdadeira comoção tomou conta do Brasil. O domingo de lazer, já não foi mais o mesmo, o churrasco ficou ficou sem graça, os jogos de futebol, sem muita vontade de assistir, os apresentadores de programas de TV, tiveram que mudar suas programações. A tristeza era visível no rosto dos apresentadores de todas emissoras. 

A morte de Ayrton Senna foi uma comoção nacional. O governo brasileiro declarou três dias de luto oficial e concedeu ao piloto honras de chefe de Estado.

Lembro-me bem que no  mesmo dia em Caxias à tarde faleceria,  um ilustre caxiense chamado José Emanoel Compasso, "O Zé Pretinho", grande mestre de obra e também um grande futebolista. Morria Senna e Zé Pretinho. Meu pai José Rodrigues de Sousa,  nasceria nesse dia, pois já não havia motivos para comemorar. 

Caxias  por sua vez faz uma singela homenagem ao piloto, dando nome a uma via publica, à Avenida Ayrton Senna, no bairro Dinir Silva. A citada via de forma pejorativa é conhecida por Rua da Carniça.

Senna deixou um grande legado social, através Instituto Ayrton Senna nasceu movido pelo sonho do tricampeão de Fórmula 1 e ídolo nacional em criar mais oportunidades para que todos possam desenvolver seu potencial.

Ficou na memória de todo o mundo o duelo com seu companheiro de equipe Mclaren, o francês Alain Prost e seu compatriota Nelson Piquet, havia ordem vinda dos boxes para deixar o companheiro ultrapassar e vencer a corrida ganhava-se  no braço. 

Era contagiante ouvir o tema da vitória e a narração  de Galvão Bueno, dizendo Ayrton! Ayrton! Ayrton! Senna  do Brasil vence de ponta a ponta. 

*Arnaldo Rodrigues, é professor de formação em licenciatura em Geografia, pelo CESC-UEMA Especialista  em Educação Ambiental, pelo IESF., membro da Comissão de Criação da UEMALESTE e filiado ao Partido Socialismo e Liberdade - Psol.