terça-feira, 28 de dezembro de 2021

UPA, Hospital Infantil e SAMU registram aumento de atendimentos de pacientes com síndromes gripais 

A Unidade de Pronto Atendimento de Caxias (UPA), tem registrado nos últimos dias, um aumento de atendimentos de casos de pessoas com síndromes gripais. O fato tem chamado a atenção dos profissionais de saúde que atendem as demandas dos pacientes.

“Eu e minha esposa estamos sentindo febre, tonturas, náuseas, dor na garganta, dentre outros sintomas. Procuramos a Unidade para que seja feita as medicações corretas, pois não deixa de ser uma suspeita da H3N2, por isso estamos vindo para nos prevenir”, destaca Hudson Silva, enfermeiro e paciente.

“Nos últimos dias temos recebido muitas pessoas com síndromes gripais. A UPA atende os casos mais graves, já os de sintomas mais leves, podem procurar as Unidades Básicas de Saúde (UBSs)”, frisa Joely Araújo, coordenadora de Enfermagem da UPA.

Atualmente a média de atendimentos diários da UPA é de 250 e a maioria dos casos têm sido de síndromes gripais.

“O resfriado comum é mais leve, com tosse e algumas vezes febre, sendo um quadro limitado de 5 dias. A gripe já é um caso diferente, além de coriza e obstrução nasal, tem o mau estar. Casos de covid-19, há a perda do paladar, olfato e a falta de ar. A covid-19 geralmente é manifestada com 7 ou 8 dias. Nesse período de chuva, tem surgido muitos quadros de síndromes gripais, o que para a população fica difícil de distinguir. O importante é que as pessoas se hidratem bastante e procurem as Unidades Básicas de Saúde, porque a maioria dos casos se resolve em casa mesmo. A orientação que deixamos é que as pessoas evitem aglomerações, porque podem evitar que haja a transmissão ou a aquisição dessas doenças”, reforça Gabriel Costa, médico da UPA.

No hospital infantil, em plantões de 12h, há uma média de 160 atendimentos, sendo a maioria síndromes gripais. Durante o final de semana, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) também realizou atendimentos de pessoas com dores de cabeça e que precisaram ser atendidas.

“O que mais predominou foram ocorrências relacionadas a síndrome gripal. Geralmente as pessoas apresentam febre alta, dor de cabeça, tosse e coriza. Orientamos que quando as pessoas perceberem febre alta, buscarem logo atendimento médico”, destaca Hermando Neto, médico do SAMU.

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) destaca que registrou o primeiro caso confirmado por laboratório de Influenza subtipo H3N2 no Maranhão, no dia 22 de dezembro. O caso é acompanhado por equipes do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS).

A SES informa que o paciente de 10 anos, do sexo masculino, que registrou atendimento na rede hospitalar particular com quadro com sintomas de febre, tosse e obstrução nasal, evoluiu para cura.

A SES reitera que todos os municípios foram orientados acerca da Nota de Alerta da SES em conjunto com o Laboratório Central do Maranhão (Lacen), que orienta sobre a sazonalidade e o aumento de doenças respiratórias no país, bem como uma Nota Técnica, alertando sobre a circulação de Influenza A (H3N2) e outros vírus respiratórios, onde foi descrito o cenário epidemiológico da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e Síndrome Gripal (SG) por Influenza no Brasil e no Maranhão no ano de 2021.

A SES informa que o Laboratório Central do Maranhão (Lacen), enviou amostra do caso para sequenciamento genético no Instituto Evandro Chagas, no Pará, laboratório de referência para confirmação da linhagem Darwin. Para a população, a SES esclarece que em caso de sintomas gripais, o paciente deve procurar atendimento na unidade de saúde de referência municipal.

Ascom/PMC