quarta-feira, 12 de novembro de 2025

 Governo Federal envia Força Nacional para reforçar segurança em terras indígenas do Maranhão

Ação conjunta com a Funai garante preservação da ordem pública e segurança nas Terras Indígenas Awá, Caru e Alto Turiaçu

O Governo do Brasil autorizou o emprego da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) para apoiar a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) nas Terras Indígenas Awá, Caru e Alto Turiaçu, localizadas no estado do Maranhão. A medida foi oficializada pela Portaria MJSP nº 1.062/2025, assinada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira, 12 de novembro.

O objetivo principal da operação é reforçar as atividades e os serviços essenciais para a preservação da ordem pública e a segurança das pessoas e do patrimônio nas áreas designadas. 

De acordo com a portaria, que já está em vigor, o emprego da Força Nacional ocorrerá de forma episódica e planejada, com duração inicial de 90 dias. A operação contará com o apoio logístico da Funai, responsável por fornecer a infraestrutura necessária para a atuação das equipes.

A definição do contingente de agentes que serão disponibilizados seguirá o planejamento estabelecido pela Diretoria da Força Nacional de Segurança Pública, órgão ligado à Secretaria Nacional de Segurança Pública do MJSP.

PLANO AMAS — A atuação da FNSP será realizada em articulação com os órgãos de segurança pública do estado do Maranhão e está inserida no escopo do Plano Amazônia: Segurança e Soberania (Plano Amas). O Plano fortalece a presença do Estado na Amazônia Legal, com foco no combate a crimes ambientais, conservação e ações de segurança pública, considerando as necessidades e especificidades da região.

 Câmara de São Luís aprova título de Cidadão Ludovicense ao presidente Lula

A Câmara Municipal de São Luís aprovou, nesta quarta-feira, 12, a concessão de um título de Cidadão Ludovicense ao presidente Lula (PT).

A proposta, apresentada pelo vereador Jhonatan Soares, também do PT, foi aprovada por unanimidade, e em regime de urgência.

No momento da votação, havia 19 parlamentares na Casa, e todos foram favoráveis à homenagem.

Blog do Gilberto Leda

 Deputados se esculhambam na Assembleia: “Chifreiro, mentiroso e sem palavra”

Os deputados estaduais Júnior Cascaria (Podemos) e Fred Maia (PDT) protagonizaram um embate de baixo nível na Assembleia Legislativa nesta quarta-feira, 12 – veja o vídeo no fim do texto.

A troca de xingamentos aconteceu após Maia, que é ex-prefeito de Trizidela do Vale e marido da atual prefeita de Pedreiras, Vanessa Maia (União Brasil), ter tratado de visita recente do governador Carlos Brandão (sem partido) à cidade neste último fim de semana.

Cascaria, que é ex-prefeito de Poção de Pedras e ensaiou uma candidatura em Pedreiras ano passado, ao fazer uso da palavra, disse ter sido vítima de fake news patrocinada por Maia através de um vídeo que circulou nas redes sociais e grupos de mensagem.

O parlamentar afirmou que, ao contrário do que foi dito na peça, vem trabalhando por Pedreiras e municípios da região, alocando novos recursos e viabilizando ações e obras junto ao Palácio dos Leões.

Classificou Maia como um político sem palavra, o chamando de “chifreiro” pelo fato de ter traído o deputado federal Juscelino Filho (União Brasil) e estar apoiando a pré-candidatura de Larissa DP (MDB).

Afirmou, ainda, que o ex-prefeito de Trizidela foi alvo recente de operação da Polícia Federal.

Fred Maia, por sua vez, disse que Cascaria era um mentiroso e que acionaria o mesmo na Justiça.

Blog do G Ericeira

 MPF obtém condenação de ex-gerente que simulava assaltos em agência dos Correios em Sambaíba (MA)

A Justiça Federal determinou o ressarcimento do dano e o pagamento de multa civil, que somam R$ 970,4 mil, além de perda da função pública

O Ministério Público Federal (MPF) obteve a condenação de um ex-gerente da agência da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT) no município de Sambaíba, no Maranhão, por atos de improbidade administrativa. Na sentença, a Justiça Federal considerou que, entre os anos de 2014 e 2015, o funcionário forjou três assaltos à agência, desviando a quantia total atualizada de R$ 485,2 mil.

De acordo com as investigações, em todos os episódios, o então gerente alegou que as câmeras de segurança da agência estavam desligadas, supostamente em razão de falta de energia elétrica, circunstância que impediu o registro das ocorrências em vídeo. Além das webcams, a agência possuía, como itens de segurança, cofre com retardo e botão de pânico, que não foi acionado.

Assaltos forjados – No primeiro suposto assalto, que teria ocorrido em fevereiro de 2014, o funcionário relatou que foi abordado por dois indivíduos, durante o horário de almoço, e conduzido ao interior da agência, onde o roubo teria durado cerca de 45 minutos, tempo de liberação para a abertura do cofre.

Segundo sua versão, os assaltantes subtraíram R$ 161,6 mil e o deixaram amarrado e trancado na sala da tesouraria. O então gerente justificou a ausência de gravações alegando que o sistema de vigilância estava desligado, em virtude de queda de energia, e que o vigilante não se encontrava no local naquele horário.

Em janeiro de 2015, ele alegou ter sido abordado em frente à sua residência por três criminosos e feito refém, junto com sua família, embora nenhum de seus familiares houvesse tomado ciência do fato. Durante a ação, o gerente teria sido obrigado a acompanhar dois criminosos até a agência, permitindo a entrada deles e a abertura do cofre, que estava em modo retardo, porém, sem o bloqueio programado, que deveria ter sido configurado por ele. Nesta ocasião, o valor subtraído foi de R$ 140,1 mil.

Mais uma vez, não havia registro de imagens devido à suposta falta de energia elétrica e o réu alegou que o outro criminoso teria ficado em sua residência durante toda a ação, para ameaçar sua família, mas sua esposa e filho não o viram. Apesar de ele e os criminosos terem realizado o percurso da sua casa até a agência a pé, nenhum vizinho ou morador identificou ou viu qualquer um dos assaltantes, ainda que estivessem com arma em punho e encapuzados, como afirmou o réu em declarações prestadas à Polícia Federal.

No entanto, a sentença destaca que essas declarações divergiram significativamente da versão registrada junto à Polícia Civil. Neste depoimento, o réu afirma que teria sido acordado às 4h30 da madrugada por um conhecido local, tendo sido abordado, posteriormente, por dois indivíduos, que se juntaram a um terceiro, no caminho para a agência.

O último assalto teria ocorrido em dezembro de 2015, por volta da meia-noite, quando o então gerente retornava de um bar. Ele afirmou ter sido abordado por dois homens armados, que o obrigaram a entrar em sua residência para buscar as chaves da agência e, em seguida, levá-lo ao local do assalto, onde o cofre teria sido novamente aberto e uma quantia significativa subtraída. Assim como nas demais ocorrências, as câmeras estavam desligadas, não havia testemunhas e seus familiares não viram a ação, pois estariam dormindo.

Por coincidência, a agência não possuía alarme instalado no momento do suposto delito, mas possuía sistema de segurança de imagem webcam, que funcionou perfeitamente até a manhã do dia anterior, deixando de funcionar a partir daí. Não bastasse isso, o gerente novamente havia se esquecido de bloquear o retardo do cofre para o dia seguinte, no horário do expediente. Após o roubo, ele teria sido deixado preso na sala da tesouraria pelos supostos assaltantes, sendo solto após a chegada do vigilante no início da manhã.

De acordo com o MPF, o réu ainda teria afirmado que a agência sofreu um novo assalto, em junho de 2016, e que ele alegou não ter registrado ocorrência na Delegacia de Polícia. Na ocasião, diferença teria sido apurada por meio de procedimento administrativo dos Correios referente ao caso.

Para o MPF, o réu cometeu atos de improbidade administrativa ao causar prejuízo ao erário mediante simulação de assaltos, além de violar os princípios da administração pública, ao ter se omitido no dever funcional de proteção dos valores sob sua guarda.

Em relação à conduta do réu, a Justiça Federal considerou que “a soma dessas circunstâncias, por si, revela uma clara tentativa de construção de um álibi, em que os eventos são cuidadosamente organizados para justificar, de forma simulada, a retirada dos valores sob sua responsabilidade funcional”.

Condenação – Embora o réu tenha sido demitido por justa causa no âmbito de processo administrativo conduzido pelos Correios para apurar os fatos, a Justiça Federal atendeu aos pedidos do MPF e condenou o ex-gerente por ato de improbidade administrativa. Na sentença, foi determinada a perda de sua função pública, o ressarcimento integral do dano ao erário, no valor de R$ 485,2 mil, a ser revertido à EBCT, e o pagamento de multa civil, no mesmo valor do dano. Os valores somados chegam a R$ 970,4 mil. Ainda cabe recurso da decisão.

Em uma ação penal pelos mesmos fatos, movida pelo MPF, o ex-gerente foi condenado por peculato, crime no qual um funcionário público se apropria de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo em proveito próprio ou alheio.

Na sentença, proferida em 2024 pela Justiça Federal, o réu foi condenado a três anos e oito meses de reclusão, pena convertida em prestação pecuniária de dois salários-mínimos e serviços comunitários, além do pagamento de reparação no valor do montante desviado.

terça-feira, 11 de novembro de 2025

 Brandão participa da abertura da COP 30 e anuncia novo programa

Foi aberta oficialmente segunda-feira (10) a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), em Belém.

O governador Carlos Brandão participou da cerimônia de abertura na chamada Zona Azul, marcada pela presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do presidente da Conferência, o diplomata André Corrêa do Lago, e de delegações internacionais.

O dia inaugural mobilizou representantes políticos, pesquisadores, lideranças sociais e jovens de comunidades tradicionais da Amazônia. Até o dia 21 deste mês, a COP30 irá reunir chefes de Estado, organizações internacionais e representantes da sociedade civil para discutir soluções frente às mudanças climáticas globais.

Em seu discurso de abertura o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a realização da conferência na região é uma “proeza”, pois se tratou de uma tarefa árdua diante dos problemas enfrentados no estado do Pará.

Fazer a COP aqui é um desafio tão grande quanto acabar com a poluição do planeta Terra. Seria mais fácil fazer a COP em uma cidade que não tivesse problema, mas a gente resolveu aceitar fazer a COP em um estado da Amazônia, para provar que quando se tem disposição e compromisso com a verdade, a gente prova que não tem nada impossível; o impossível é não ter coragem para enfrentar desafios”, afirmou Lula.

O governador Carlos Brandão reforçou, em suas redes, o compromisso do presidente Lula com a preservação do meio ambiente. “O Maranhão está presente trazendo suas contribuições em defesa do planeta. Seguiremos juntos nos próximos dias debatendo ações contra a crise climática e pela construção de um futuro mais verde e equilibrado”.

Brandão também destacou a importância da COP30 ocorrer pela primeira vez na Floresta Amazônica. “Durante a COP30 faremos um amplo debate sobre a importância da preservação ambiental. Precisamos defender a Amazônia e o desenvolvimento sustentável. Os produtores precisam entender que é possível, sim, produzir e preservar as áreas de preservação permanente, reservas florestais e matas ciliares”, declarou.

O presidente da COP-30, André Corrêa do Lago, afirmou que a conferência precisa apresentar soluções. “Este evento será um marco para ouvir e acreditar na ciência, em relação aos efeitos sociais e econômicos das mudanças climáticas. Após anos de negociações, será o momento de focar na implementação de acordos multilateralmente estabelecidos sobre o clima”, declarou.

Ainda como parte da programação do Governo do Maranhão, neste primeiro dia da COP-30, a gestão estadual, por meio da Sema, apresentou na Green Zone da COP-30, o programa Agentes Ambientais Comunitários: justiça climática e saberes tradicionais. O painel contou com representantes das secretarias de Igualdade Racial e Direitos Humanos e Participação Popular, além de organizações internacionais que vão conhecer a iniciativa.

O programa vai beneficiar comunidades tradicionais e povos originários reconhecidos no estado do Maranhão. A iniciativa prevê a concessão de 5 mil bolsas mensais no valor de R$ 300,00 (trezentos reais) cada. Além disso, os membros das comunidades que vivem em situação de vulnerabilidade socioeconômica, vão ser qualificados, reconhecendo-os como agentes provedores de serviços e valorizando seus saberes e práticas de manejo.

O projeto terá parceria com universidades, ONGs, organismos internacionais e setor privado para apoio em capacitação, monitoramento e doação de insumos e vai fortalecer práticas sustentáveis, reduzir desmatamento e queimadas, restaurar áreas degradadas e promover educação ambiental e transmissão de saberes.

O governador Carlos Brandão falou sobre a falta de investimentos de países desenvolvidos para a preservação ambiental. “Os países industrializados cobram muitos dos países amazônicos, mas pouco ajudam financeiramente e nós, no Maranhão, estamos mostrando que mesmo com poucos recursos, é possível fazer alguma coisa, como estamos fazendo com vários programas implementados, como o Agentes Ambientais Comunitários, que vai dar um incentivo a quem vive na floresta como quilombolas, indígenas e ribeirinhos, para proteger as florestas”, explicou o governador.

Flávio Dino relata habeas corpus para revogar prisão domiciliar de Bolsonaro

Caberá ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino relatar habeas corpus que solicita o fim da prisão domiciliar do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).

A ação, protocolada pelo advogado Guilherme Horácio Colombo, que não tem relação com Bolsonaro e apresentou o habeas corpus por vontade própria, pede para o STF revogar as medidas cautelares impostas ao ex-presidente no âmbito do Inquérito 4.995, conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, que apura uma suposta tentativa de obstrução das investigações da trama golpista, caso no qual Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão.

O advogado entende que o ex-presidente estaria sofrendo constrangimento ilegal, uma vez que não foi denunciado pela PGR (Procuradoria-Geral da República) — situação contrária à de Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo, também investigados no Inquérito.

Segundo a petição, a Polícia Federal concluiu as investigações e encaminhou o relatório à PGR em agosto, que optou por não apresentar denúncia contra o ex-presidente. Mesmo assim, as restrições impostas por Moraes, como prisão domiciliar, monitoramento eletrônico, proibição de uso de redes sociais e contato com embaixadores foram mantidas.

O advogado também pede o trancamento do inquérito e a liberdade plena de Bolsonaro, alegando violação ao devido processo legal e ao princípio da presunção de inocência.

Agora é com Flávio Dino, que pode decidir monocraticamente ou levar o habeas corpus a julgamento na Primeira Turma do STF.

 Ação que pode tornar Lahésio Bonfim inelegível ganha segredo de justiça

Um processo criminal que pode comprometer de forma direta o futuro político de Lahésio Rodrigues do Bonfim, ex-prefeito de São Pedro dos Crentes e nome conhecido na cena eleitoral do Maranhão, passou a tramitar sob segredo de justiça, após mais de três anos de andamento com acesso público. A informação é do site Direito e Ordem.

A ação penal, que tramita no Tribunal de Justiça do Maranhão desde março de 2022, aponta possíveis crimes que, se confirmados, podem enquadrar Lahésio na Lei da Ficha Limpa. Entre as acusações investigadas pelo Ministério Público do Maranhão estão: associação criminosa e frustração do caráter competitivo de licitação.

As investigações miram o Pregão Presencial nº 26/2018, para fornecimento de combustíveis durante a gestão de Lahésio, sob suspeita de combinação de preços, direcionamento do edital e favorecimento a empresas locais. Documentos do processo apontam ligação do ex-prefeito com os postos Auto Posto Fortaleza e Andrade & Coutinho, além de movimentações financeiras que somam cerca de R$ 44 milhões, indicando possível superfaturamento, lavagem de dinheiro e uso indevido de recursos públicos. Há ainda registros de notas fiscais incompatíveis com os pagamentos feitos pela prefeitura e indícios de armazenamento irregular de combustível, sem autorização da ANP.

Em meio ao avanço do caso, o processo passou por mudanças de relatoria no TJMA, o que pode resultar em nova distribuição interna.

O sigilo imposto ao processo adiciona um elemento de incerteza ao cenário político maranhense. Lahésio, que tenta manter viva sua projeção estadual para as eleições de 2026, pode enfrentar forte desgaste se o processo resultar em condenação — especialmente porque a ação reúne elementos que podem levá-lo à inelegibilidade.

Blog do Minard